James Stewart

10 filmes a não perder na Cinemateca Portuguesa em maio

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Eis a nossa recomendação, dos grandes filmes que serão exibidos na Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, no quinto mês de 2018. 

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David Holzman’s Diary, F.R. 2-5-21H30

Cinemateca Portuguesa
L.M. Kit Carson

Depois de ser despedido do seu trabalho, um jovem realizador independente nova-iorquino é automaticamente incluído na lotaria de recrutamento para a Guerra do Vietname. Decide dar início, então, a um diário filmado da sua vida, dos seus anseios, da sua intimidade e da cidade em que vive. Através da forma do ‘mockumentary’, DAVID HOLZMAN’S DIARY é, acima de tudo, uma obra fundamental do cinema independente norte-americano, um ‘falso documentário’ onde as formas narrativas são exploradas através do humor e da experimentação técnica para tocar, também, na consciência dos espectadores, tanto na sua perceção da realidade social e política como nos alicerces de uma indústria mediática que vive, constantemente, entre a realidade e a ficção. A apresentar em cópia digital, numa primeira exibição na Cinemateca. Com a presença de Jim McBride 




Hitler’s Hollywood”, F.R. 5-5-15H30

Cinemateca Portuguesa

O realizador de ‘DE CALIGARI A HITLER’ (apresentado no Director’s Cut de 2015) detém-se no cinema alemão de 1933-1945, refletindo sobre a era da propaganda nazi. Assente numa reveladora montagem de excertos de filmes, HITLER’S HOLLYWOOD refere a produção de cerca de mil longas-metragens nesse período, das quais um número reduzido seria propaganda declarada e um número ainda mais reduzido podia considerar-se entretenimento inofensivo. “O cinema do Terceiro Reich era uma indústria fortemente censória simultaneamente marcada pelo desejo de ser uma fábrica de sonhos alemães. Olhamos para estes filmes e para as pessoas que os fizeram. Para como os estereótipos do ‘inimigo’ e os valores do amor e do ódio conseguiram ser plantados no espírito dos espectadores, através dos ecrãs.” Com a presença de Rüdiger Suchsland 




“Blow-Up”, F.R. 7-5-15h30 | L.P. 14-5-18h30

Cinemateca Portuguesa
Sarah Miles e David Hemmings

O célebre filme de Michelangelo Antonioni, que captou a espírito da ‘swinging London’ dos anos sessenta, a partir de um conto de Júlio Cortázar, é um espantoso exercício de reflexão sobre o ato de ver e sobre as possibilidades da representação fotográfica. As peripécias de um fotógrafo que, de ampliação em ampliação, descobre um crime, são o móbil da ação, em que o protagonista procura uma prova confrontando-se com uma imagem. BLOW-UP é o filme que fixa o face a face de um homem com uma fotografia. 




“O Conto da Princesa Kaguya”, L.P. 8-5-18H30

Cinemateca Portuguesa
Princesa Kaguya

Através da história de uma criança minúscula que cresce rapidamente mas tem de enfrentar o seu destino, esta última obra-prima de Takahata representa fielmente o espírito de fantasia, o respeito pelo imaginário clássico japonês e a deslumbrante beleza plástica que serão sempre associados à sua obra. Primeira exibição na Cinemateca.




“Tout Va Bien”, F.R. 8-5-21h30 | 11-5-18h30

Cinemateca Portuguesa
Jane Fonda

Fonda e Montand são as duas estrelas que vão permitir a Jean-Luc Godard elaborar uma outra forma do seu discurso político, num efémero regresso ao cinema comercial após alguns anos de filmes militantes (Godard só regressaria de vez aos circuitos comerciais em meados dos anos oitenta). O discurso, porém, é o mesmo. TOUT VA BIEN é quase a exposição didática de uma greve numa grande empresa, com o sequestro do patrão, e os seus reflexos na jornalista e no cineasta que a testemunham. Pelo uso de vedetas e pela relativa “normalidade” da sua produção, ficou como a mais conhecida, mas também a mais atípica, das colaborações Godard/Gorin no seio do Grupo Dziga Vertov, que de resto só se manteria para mais um filme, LETTER TO JANE (a mesma Jane Fonda que encontramos em TOUT VA BIEN).




“Os 400 Golpes”,  F.R. 9-5-19H | F.R. 28-5-15H30

Cinemateca Portuguesa
Jean-Pierre Léaud

Filmado a preto e branco e em formato panorâmico, o filme de estreia de Truffaut é um dos atos fundadores do cinema moderno, instaurando uma nova relação com os atores, com o espaço e com a narrativa. Parcialmente autobiográfico, conta a história de um adolescente mal-amado, que comete pequenos delitos e é friamente mandado pelos pais para um reformatório, de onde acaba por fugir, numa célebre cena, que tem tanto de realista como de simbólica. É o filme que termina com uma das mais belas imagens fixas da história do cinema, um paralítico sobre o rosto do muito jovem Jean- -Pierre Léaud, que nos olha de frente. 




“Kill Bill Vol.1” + “Kill Bill Vol.2”, F.R. 12-05-15H30

Cinemateca Portuguesa
Uma Thurman e Quentin Tarantino

Rodada como se de uma obra se tratasse, KILL BILL acabaria por ser dividido em dois volumes para facilitar a sua distribuição nas salas de cinema. Tarantino, por sua vez, acabaria por montar dois tomos diferentes mas reveladores dos caminhos da sua obra cinematográfica. No primeiro volume, o realizador brinca com as suas inúmeras referências cinéfilas (o western e o ‘western spaghetti’, os filmes de samurais e de artes marciais) para iniciar, num filme de ação de enorme deleite para os sentidos (com uma sequência em “anime”), a história da vingança de “The Bride” contra os mercenários que tentaram assassiná-la a pedido de Bill. Uma Thurman, no papel da sua vida, regressa num segundo volume revelador da qualidade shakesperiana dos argumentos de Tarantino e dos filmes que se seguiram, fazendo, dos seus diálogos, a força motriz de um filme antes da chegada do seu êxtase (e o espectador para lá se encaminha, nesta tremenda viagem, ao som da música do eterno Ennio Morricone). 




“Rear Window”, F.R. 12-05-21H30 | F.R. 21-05-15H30

filmes na tv
James Stewart

Pode chamar-se-lhe um “filme de câmara”, de tal forma tudo se circunscreve à visão a partir da sala onde o protagonista, um fotógrafo imobilizado por um acidente que lhe deixa uma perna engessada (James Stewart), passa o tempo bisbilhotando a vida dos vizinhos até ao momento em que se depara com um crime. A notável articulação entre os espaços do interior do apartamento de Stewart e o pátio e as trasei- ras dos vizinhos é o resultado de um dos mais fabulosos trabalhos de ‘set designing’ da história do cinema. É também um filme que convoca uma reflexão sobre o voyeurismo, em que a câmara fotográfica é um instrumento de observação mas também de ação. 




“As Vinhas da Ira”, Palácio Foz 19-05-15h

Cinemateca Portuguesa
Henry Fonda, Jane Darwell, e Dorris Bowdon

Um dos retratos mais duros do cinema americano sobre a terrível situação de muitos agricultores americanos durante a Grande Depressão. THE GRAPES OF WRATH adapta o romance homónimo de John Steinbeck sobre o périplo dos agricultores do Oklahoma arruinados por uma desastrosa seca na década de trinta e expulsos das suas terras pelos bancos, rumo à “terra prometida” da Califórnia. No papel principal, Henry Fonda tem uma das maiores criações da sua carreira. Um filme duro, com um tom inegavelmente “de esquerda” (“We are the people”), que mostra que John Ford, embora conservador, tinha as suas contradições. Foi o segundo Óscar de Ford como melhor realizador e o filme em que Jane Darwell conquistou o Óscar de melhor atriz secundária. 




“Ma Vie De Courgette”, Palácio Foz 26-05-15h

Cinemateca Portuguesa
Personagens de “A Minha Vida de Courgette”

Um menino chamado Ícaro, mais conhecido pela sua alcunha de Courgette, vai para um orfanato após a morte trágica da mãe. Depois deste terrível revés na sua vida e das dificuldades que tem em integrar-se no seu novo lar, vai ter uma preciosa ajuda do polícia Raymond e dos seus amigos, Camille e Simon. Primeira longa-metragem do suíço Claude Barras, A MINHA VIDA DE COURGETTE é um filme de animação em ‘stop motion’ adaptado da obra Autobiographie d’une Courgette (2002), do escritor francês Gilles Paris. Estreou na edição de 2016 do Festival de Cinema de Cannes e foi nomeado para o Óscar de Melhor Filme de Animação na edição de 2017. 

Mais informações sobre a programação podem ser consultadas no jornal da programação disponível aqui

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