Tom Cruise em em Missão Impossível 3

12 Stunts que provam que Tom Cruise é a estrela de ação que merecemos

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O fabuloso sexto capítulo de Missão Impossível já está nas nossas salas e pareceu-nos a ocasião perfeita para celebrar o deus da ação na Terra: Tom Cruise.

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Não obstante ter provado as suas aptidões dramáticas em pesos-pesados como Jerry Maguire (1996) e Magnolia (1999) – afinal nunca esqueceremos o inolvidável monólogo do “especialista em sedução” Frank Mackey, nas últimas duas décadas Cruise tem vindo a solidificar-se como uma das mais reputadas e rentáveis estrelas em atividade em Hollywood.

No regresso à pele de Ethan Hunt, Tom Cruise retorna também aos incríveis stunts que o tornam, provavelmente, a derradeira super-estrela de ação em Hollywood.

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Hoje prestamos o nosso tributo à coragem e visão de Cruise, mas também à sua audácia e rebeldia enquanto estrela de ação que se recusa a deixar que um duplo lhe tome o lugar.

Senhoras e senhores, apertem os cintos e segurem-se bem, pois podemos ser confrontados com turbulência, altas velocidades e atos que desafiam a própria morte: eis os 10 stunts mais incríveis da carreira de Tom Cruise.

 

O momento icónico, em Missão Impossível (1996)

Passaram seis filmes e mais de 20 anos desde o início da saga de Ethan Hunt, mas a sequência mais icónica de Missão Impossível permanece confortavelmente no já clássico de 1996: no ecrã, Cruise surge pendurado a descer do teto na sede da CIA evitando disparar uma série de alarmes e sensores de calor e pressão enquanto tenta obter informações confidenciais de um terminal de informação.

Com o contexto de todos os feitos que Cruise atingiu nas duas décadas subsequentes, esta “simples” sequência parece uma entrada menor no seu cânone de ação, mas desenganem-se: o realizador Bryan De Palma e o coordenador de stunts Greg Powell reafirmam veementemente nos comentários de Blu-Ray que esta sequência envolveu um trabalho complexo da parte de Cruise e que foi efetivamente a cena mais difícil de gravar neste filme – afinal, estar pendurado durante largas horas e ainda parecer “gracioso” não é uma tarefa nada, mas mesmo nada fácil.




O aquário, em Missão Impossível (1996)

De novo, é muito provável que hoje muitos espectadores olhem com desdém perante a “simplicidade” desta cena de Missão Impossível de Bryan De Palma. Afinal, é só um tipo a fugir de uma explosão, certo? Quantas vezes vimos isso?

Bom, nestas condições, provavelmente não muitas!

Nesta sequência, Ethan Hunt, explode intencionalmente um enorme aquário para possibilitar uma distração e uma consequente fuga rápida. Tudo isto parceria absolutamente normal para um grande filme de Hollywood… se a explosão não fosse mesmo verdadeira e Cruise tivesse de escapar ileso a cerca de 16 toneladas de água em movimento. Um fabuloso prenúncio das inimitáveis e célebres cenas de ação com que Cruise viria a brindar-nos ao longo dos anos!




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A portentosa escalada, em Missão Impossível II (2000)

É verdade que a esmagadora maioria de Missão Impossível 2 está melhor num baú esquecido do que propriamente ao lado das restantes entradas na série. A visão de John Woo parece não ser totalmente confluente com a dos outros realizadores da saga e a disputa com o estúdio pela versão final do filme certamente também não ajudou aos muitos problemas que a película final apresenta – a primeira versão do realizador tinha cerca de 3h e meia, mas o estúdio obrigou-o a reduzir até duas horas, o que pode explicar a infinidade de problemas e plot holes que vamos descobrindo ao longo do filme.

Contudo, pode dizer-se que a fantástica sequência inicial justifica a inteira existência do filme. Totalmente filmada no Dead Horse Point no Utah, esta cena vê Cruise a protagonizar uma portentosa escalada, uma vez mais, praticamente sem a ajuda de duplos. Evidentemente o ator estava preso por cabos que foram digitalmente removidos, mas o duplo que estava no set e que era supostamente o protagonista de alguns dos planos mais aparatosos acabou por ter muito, muito pouco que fazer.

Cruise escalou a montanha e foi ele que vestiu a pele de Ethan quando este pulou de uma rocha para outra e balançou por um braço, sem rede de segurança. O resultado foi, evidentemente, de tirar o fôlego.

Mesmo tendo rompido um músculo num dos movimentos, Cruise não deixou de conseguir esboçar um sorriso engatatão como só ele sabe. E isso, caros amigos, é a essência de representar.




A cena na discoteca, em Colateral (2004)

No thriller de Michael Mann, Cruise surge pela primeira vez como um assumido vilão, uma espécie de máquina de matar a trabalhar para o dark side.

Numa sequência que serve mais como derradeira prova das capacidades de Cruise como estrela de ação do que como uma das suas habituais caminhadas entre a vida e a morte, a superestrela segue num desfile de esfaqueamentos, tiroteios e força bruta física que exibe com clareza a natureza cruel e fria de Vincent.

Quem apoia uma battle entre esta máquina de morte e o também saudoso e virtuoso das discotecas, John Wick?




Os saltos em Shanghai, em Missão Impossível 3 (2006)

Com J.J. Abrams no leme, fresquinho da explosão de popularidade de Perdidos, Missão Impossível 3 segue mais um dia, mais uma voltinha nas experiências de perigo mortal que Tom Cruise tanto adora.

Desta feita, observamos a superestrela a desafiar a gravidade em surpreendentes saltos entre magnânimos edifícios em Shanghai – bom, é certo que desta vez estamos a falar de algum green screen a agraciar o ecrã, dada a logística complexa de criar estes stunts num setting real e, ainda por cima à noite, mas não deixa de ser um salto aterrador e uma acrobacia de encher o olho!

E Abrams fez questão de começar a sequência com um close-up bem fechado no rosto de Cruise para que o público soubesse exatamente quem era o protagonista da acrobacia. Para ver com maior detalhe abaixo, a partir dos 14m40s.




O Burj Khalifa, em Missão Impossível: Operação Fantasma (2011)

Há poucas estruturas que façam realmente jus ao nome “arranha-céus”, mas com mais de 820m de altura que se dividem por 160 andares habitáveis, o Burj Khalifa no Dubai é, definitivamente, o mais excelso representante da espécie. E para quem julgava uma missão impossível a inclusão de uma grande sequência de ação neste gigante arquitetónico, é melhor sentarem-se e beberem uma aguinha com açúcar.

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Rindo-se categoricamente face ao perigo, Tom Cruise escalou o edifício mais alto do mundo sem qualquer intervenção de uma equipa de duplos. Obviamente preso por cabos de proteção que foram digitalmente removidos da peça final, Cruise não deixou de estar longas horas pendurado a centenas de metros do chão, a gravar várias cenas sob vento forte que ainda o levaram a protagonizar algumas colisões aparatosas.

Brad Bird foi, desta feita, o realizador a apoiar a “loucura” de Cruise – o realizador que chegou com grande pompa e circunstância ao seu primeiro filme live-action depois de orquestrar animações como Os Incríveis e Ratatui.

Este permanece, sem sombra de dúvida, um dos momentos altos da saga Missão Impossível e uma das sequências de ação mais impressionantes do cinema moderno.




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As incríveis perseguições, em Jack Reacher (2012)

Tom Cruise sabe conduzir, e as repetidas provas que temos no grande-ecrã não deixam mesmo margem para grandes dúvidas, mas Jack Reacher ultrapassou todas as expectativas. Em cada curva, contra-curva, embate ou drift, o foco está constantemente na cara Cruise como que se de um lembrete constante da sua coolness se tratasse.

Uma vez mais, Cruise fez todas as suas cenas e estas incluíram sequências facílimas como investidas em contra-mão, choques frontais e um tutorial de como amassar um carro.

Sai da frente, Velocidade Furiosa.




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As explosões recorrentes, em No Limite do Amanhã (2014)

No Limite do Amanhã trouxe uma refrescante novidade que colocou Tom Cruise numa posição marcadamente distinta: mesmo sendo o manifesto protagonista do filme, é ele o “pendura”, o aprendiz de uma experiente – e muito rija! – Emily Blunt.

Além de requerer de ambos os atores uma performance tremendamente física, onde foram repetidamente colocados em “zonas de guerra” onde tinham de fazer todo o tipo de combate, corrida e fuga a explosões, Cruise ainda apanhou um valente susto quando gravava uma cena onde Blunt conduzia. Em várias entrevistas ela recorda a experiência que quase matou o seu colega de profissão e os levou a embater violentamente numa árvore: “a certa altura ouvi-o dizer ‘trava, trava, trava!’. Quando ele me disse aquilo pensei para mim ‘oh, cala-te’, como se soubesse mais de condução e de stunts do que o Tom!”.




6 Minutos sem respirar, em Missão Impossível: Nação Secreta (2015)

Em 2015, Christopher McQuarrie foi o realizador escolhido para orquestrar Missão Impossível: Nação Secreta (2015), que coloca Ethan Hunt e o IMF em confronto com uma espécie de “evil twin” chamado Sindicato. Algures no decorrer do enredo, Hunt tem de entrar sorrateiramente numa espécie de cofre aquático e substituir rapidamente uma disquete, numa cena que requer que Cruise sustivesse a respiração por três minutos.

Já parece bastante desafiante, não é?

Mas vamos complicar: o coordenador Wade Eastwood e o próprio Tom Cruise já sublinharam em diversas ocasiões que, para completar a cena, o ator teve, na verdade, de suster a respiração por mais de seis minutos em várias ocasiões – entre o tempo de retirar as máscaras de oxigénio e esperar que as bolhas de ar desaparecessem para o plano poder ser iniciado. Sim, seis minutos. Seguidos. E com complexas coreografias de movimentos envolvidas nesta caldeirada.

Haja super-pulmões que aguentem isto!




Pendurado num avião, em Missão Impossível: Nação Secreta (2015)

É mais ou menos assim que imaginamos o racional de Tom Cruise: “epá neste filme já fiz sequências de perseguição onde arrisquei a pele, também já sustive a respiração durante seis minutos… hum… acho que só me falta… ficar pendurado num avião”.

Uma vez mais, Cruise descartou a sua equipa de duplos e chegou-se à frente numa sequência onde Ethan Hunt fica pendurado num Airbus A400M enquanto este levanta voo, sem a ajuda de efeitos visuais. A sequência de 90 segundos demorou 48 horas a filmar e envolveu 8 decolagens e respetivas aterragens. Para conseguir desenvolver esta cena, a equipa técnica teve ainda de desenvolver lentes especiais para que Cruise conseguisse manter os olhos abertos numa sequência a alta-velocidade e em grande altitude – em alguns momentos, a mais de 5.000 pés!

O coordenador de duplos admitiu mesmo que “na maior parte dos filmes, esta seria uma cena onde ninguém teria pensado duas vezes: seria sempre gravada em ecrã verde e com uma ventoinha. Mas o Tom acredita no ‘method acting’ dos stunts”.

Há coisas que realmente só vendo para crer. Be our guest:




O HALO jump, em Missão: Impossível – Fallout (2018)

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Temos de admitir uma posição mista aquando da receção de Missão Impossível: Fallout – por um lado jurávamos a pés juntos que não seria possível criar stunts mais extremos e espetaculares do que tínhamos visto até aqui, por outro, a capacidade de reinvenção desta saga não nos deixava acreditar realmente que o que teríamos no sexto episódio da saga era “mais um” genérico action flick.

Qualquer que fosse a nossa posição, nada podia preparar-nos para aquilo a que assistimos em Fallout, e a terminal manifestação da genialidade dos efeitos práticos que são empregues na saga atinge um clímax orgásmico na sequência do Halo Jump. E que desserviço será se alguma fatia dos telespectadores brindados com este glorioso plano de ação assumirem simplesmente que aquele pedaço de história cinematográfica se construiu do ecrã verde do costume. Pensem de novo, por favor.

Esta sequência foi a última a ser gravada na produção do filme, mas foi a primeira a ser desenhada, e envolveu mais de um ano de preparação. Na verdade, a equipa de filmagens tinha apenas 3 minutos por dia para captar a luz perfeita para o plano, sendo que o resto do dia era dedicado a fazer múltiplos saltos para acertar a coreografia. Numa logística que envolveu mais de 100 saltos de um avião, Cruise, McQuarrie e a equipa de Missão Impossível engendram um HALO Jump (também conhecido por Salto de Alta Altitude e Baixa Abertura) totalmente captado com efeitos práticos. E assim, nas calmas, durante um salto a 25.000 pés, Cruise enfrenta o perigo de mal funcionamento de equipamentos e hipoxia, tudo enquanto representa cenas fisicamente complexas em queda-livre.

Assombroso.




As acorbacicas no helicóptero, em Missão: Impossível – Fallout (2018)

Nesta altura do campeonato, já estamos de todo: “é claro que o Tom Cruise aprendeu a conduzir um helicóptero para este filme”. Mas desenganem-se se pensam que “o hábito da surpresa” diminui mais um feito histórico desta superestrela americana.

A vigorosa perseguição de helicóptero no último ato de Fallout é, inequivocamente, o clímax de uma inebriante experiência de cinema de ação. Com mais de 2000 horas de formação e voo no currículo – que foram especificamente adquiridas para este stunt – Cruise executou mais uma incrivelmente perigosa acrobacia ao pilotar o seu próprio helicóptero, sozinho, rodeado de câmaras, rodeado de perigosas montanhas nórdicas e ainda se aventurou num temerário mergulho em espiral.

E sim, agora já podes recolher o teu queixo do chão. Aproveita e vê como tudo se passou neste glorioso featurette.

Qual é tua stunt favorita?

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