Coexistir Não é Fácil

5 Razões para não perderes a comédia francesa deste Verão: Coexistir Não é Fácil

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A comédia francesa deste Verão, “Coexistir Não é Fácil”, coloca um produtor musical em desespero para encher o Olympia e salvar o seu emprego. A solução? Criar uma banda constituída por um rabino, um padre e um imã. Só que eles estão longe de serem bem-comportados e… isto tem tudo para dar errado!

O terceiro filme do humorista Fabrice Eboué parece geniunamente uma má ideia musical e cinematográfica, mas não é bem assim. O trio de atores Jonathan Cohen, Ramzy Bedia e Guillaume de Tonquédec cantam (quase) bem e fazem rir… muito, nesta que promete ser a comédia de sucesso neste Verão.

O tom de “Coexistir Não é Fácil” parece uma piada duvidosa: um imã, um rabino e um padre estão reunidos para cantar e, seguindo a linhagem dos cantores/pregadores, vendem milhares de discos. A ideia é reciclada por Fabrice Eboué, que assina aqui a sua terceira longa-metragem, sendo que ele prórprio também é um personagem no seu filme: interpreta um produtor à deriva, que tem de esgotar o Olympia em seis meses para salvar o seu emprego. Ao seu terceiro filme, Eboué tenta reduzir as tensões sociais usando o riso, destacando-se um humor despreocupado mas nunca moralista.

Eis 5 razões porque não podes (mesmo) perder este filme!

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O humor despreocupado e anti-moralista

Os três membros da banda – o padre, o imã e o rabino – não são o pináculo da moralidade. Como tal, são de esperar tiradas de humor potencialmente ofensivas para os mais sensíveis (há uma que envolve uma criança e que pode ser vista no trailer), negando por completo a veia moralista que se estaria à espera de ver num filme com esta permissa. O foco princial de “Coexistir Não é Fácil” é o produtor musical em busca da salvação da sua carreira e vida pessoal, e não tanto no grupo peculiar de músicos. Isto acaba por salvar o filme de um peso moral que este poderia facilmente ter adotado. Os protagonistas são mais mestres que se vestem contra o brilho do show business do que verdadeiros homens de Deus. Assim, Fabrice Eboué permite que não seja levada tão a sério a complexa questão das tensões comunitárias.

Coexistir Não é Fácil
Coexistir Não é Fácil




Comunhão de religiões e uma mensagem de aceitação

Em vez de abraçar os clichés sobre comunidades religiosas, o ator/realizador Fabrice Eboué diverte-se a brincar com a maneira como esses clichés ainda são ainda usados. Apesar de, acima de tudo, Eboué não procurar declamar grandes discursos moralizadores e não advogar pelo conceito de “convívio” de religiões diferentes (incitando o bom humor), acaba por residir em “Coexistir Não é Fácil” uma mensagem  subliminar de comunhão e aceitação entre religiões que é importante para os tempos que vivemos.

Coexistir Não é Fácil
Coexistir Não é Fácil




Um trio do inferno

Fabrice Eboué tem no seu principal elenco um verdadeiro trio do inferno. Guillaume de Tonquédec é um padre convencido da sua fé mas que não deixa insensível Sabrina, a assistente um pouco ninfomaníaca do personagem de Fabrice Eboué; Jonathan Cohen é um rabino viciado em cocaína e deprimido devido a uma fracassada circuncisão (!); e Ramzy Bedia é um falso-imã que nunca é um imã credível – é mais um falhado cantor raï (música folk argelina), amante prostitutas e whisky que finge falar árabe para parecer um imã legítimo. Um inferno, portanto.

Coexistir Não é Fácil
Coexistir Não é Fácil




O exemplo de outras comédias francesas estreadas em agosto

Por esta altura do ano, em que os emigrantes regressam a Portugal para umas merecidas semanas de férias, a aposta em comédias francesas tem sido forte. Nos últimos anos, são muitos os casos de sucesso, a começar por “A Gaiola Dourada”, mas não se extinguindo nesse título que tem muito de português. Outros exemplos são: “De Braços Abertos” (2017), “Dois é Demais… Ou Talvez Não” (2017), “Alibi.com” (2017), “Mas Que Família é Esta ?!” (2016) ou “A Família Bélier” (2016). Será “Coexistir Não é Fácil” mais um caso de sucesso a juntar à lista? Estamos em crer que sim!

A Gaiola Dourada
A Gaiola Dourada

 




A música e a banda sonora inusitada

A união do Cinema e da Música é uma constante em “Coexistir Não é Fácil“, mas sua banda sonora original é sem dúvida peculiar: contém temas instrumentais compostos por Guillaume Roussel (o mesmo compositor que participou em “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas”, “Grace do Mónaco”, ou “Piratas das Caraíbas: Por Estranhas Marés“), mas também temas originais cantados pela banda que nasce dentro do filme, Coexister. Há ainda espaço para canções inusitadas como “Pink Kalash”, um rap oriundo da comunidade gay. Se isto não lhe despertar a curiosidade, não sabemos o que o fará.

Coexistir Não é Fácil
Coexistir Não é Fácil

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“Coexistir Não é Fácil” chega aos cinemas portugueses dia 2 de agosto!

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