Bandas Sonoras | A força da natureza de Buika
Poucos são os que conhecem o verdadeiro caminho desta espanhola natural de Palma de Maiorca, com influências do flamengo, soul e jazz. Concha Buika, nem cigana, nem africana – do mundo.
Fugimos um bocadinho do que são as Bandas Sonoras mainstream para olhar para uma artista que tem vindo a ganhar terreno no mundo da música e do cinema.
María Concepción Balboa Buika, nasceu em Maio de 1972, em Palma Maiorca e foi criada no seio de uma família de exilados da Guiné Equatorial. Era a única negra num bairro de brancos, com uma forte comunidade cigana, que a introduziu no flamenco e na restante música cigana. Ouvia temas africanos qua a família cantava, lado a lado com canções de flamengo e a colecção de discos de jazz da mãe.
Não se sente cigana, nem nunca pisou África. Começou a cantar em clubes maiorquinos e em Ibiza, assim como em alguns casinos em Las Vegas, onde prestava tributo a Tina Turner. Mudou-se para Miami, mas visita frequentemente a sua terra natal. Leva o ecletismo para o palco, onde reina a sua voz rouca e visceral.
Um dos principais contributos do cinema, foi com Pedro Almodóvar, em 2011, no filme La Piel Que Habito, com Banda Sonora Original de Alberto Iglesias.
“Ouvir Buika provocou-me, desde a primeira vez, uma comoção muito parecida, em intensidade e emoção, à que me provocava Chavela Vargas. As duas pertencem a uma estirpe de cantoras que já não existe”.
KM. 0
- Título Original: Km. 0
- Realização: Yolanda García Serrano, Juan Luis Iborra
- Música: Joan Bibiloni
- Ano: 2000
- Tema: “Room 2000”
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BIENVENIDO A CASA
- Título Original: Bienvenido a Casa
- Realização: David Trueba
- Música: André Calamaro, Javier Limón
- Ano: 2006
- Tema: “Love”
INATÍNGIVEL
- Título Original: Hors de Prix
- Realização: Pierre Salvadori
- Música: Camille Bazbaz, David Hadadj
- Ano: 2006
- Tema: “Jaleo”
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A PELE ONDE EU VIVO
- Título Original: La Piel que Habito
- Realização: Pedro Almodóvar
- Música: Alberto Iglesias
- Ano: 2011
- Temas: “Por el amor de amar”, “Se me hizo fácil”
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Concha Buika é como um camaleão numa constante procura por novas cores. E sortudos foram os que já viram um espetáculo da artista ao vivo, que promete sempre ser uma autêntica festa.
Buika abre portas para este mundo da música, em que temos de nos deixar absorver por ela mesma, sentir e tentar perceber a paixão por detrás de cada artista. E na verdade, tudo fará sentido.
“Esperança é para aqueles que esperam, eu tenho fé. Já não me sinto assustada, nem com medo de mim mesma, das minhas coisas, do meu próprio medo, ou de qualquer outra coisa. E isso é a essência da música.”