Call of Duty: Black Ops 2 (PS3) em análise

 

Editora: Activision Produtora: Treyarch Género: FPS Plataformas: PlayStation 3, Xbox 360, PC, Wii U   Classificação  Enredo: 9/10 Jogabilidade: 9/10 Gráficos: 8/10 Som: 9/10 Nota Final: 9/10

 

Será, certamente, um dos jogos mais vendidos do ano, continuando assim o sucesso que o nome “Call of Duty” tem tido nos últimos anos. Mas com cada vez mais FPS de enredo militar no mercado, ainda há espaço para melhorar, ou estará este género gasto nesta geração?

Enredo: Campanha, multiplayer e zombies! “Black Ops II” dá-nos um pouco de tudo e acreditem, terão muitas horas de jogo pela frente.

Em primeiro lugar, a campanha continua muito boa, tal como a do jogo anterior. Um bom vilão e uma história intensa e cheia de surpresas, levam-nos a jogar sem parar. O enredo é muito bem conseguido, sendo essencial conhecer a história do jogo anterior, e rapidamente nos vemos a lutar em 2025 e a voltar ao passado, compreendendo melhor toda a trama e evolução da história.

Com estas duas narrativas distintas, a história encaixa na perfeição mas peca pela forma como nos é dada. Tudo é muito rápido, sem grandes explicações no início, e tudo se torna um pouco confuso nas primeiras missões… mas no fim, vemos como o enredo resulta muito bem.

O facto de existirem vários finais possíveis, consoante as nossas ações, dá uma responsabilidade extra ao jogador, e torna-se uma excelente adição, que deverá ser explorada nos próximos jogos.

Jogabilidade: Ao alternarmos entre presente (2025) e passado, a jogabilidade ganha uma grande importância. “Black Ops II” arrisca ao apresentar um futuro tecnológico, onde os veículos não-tripulados fazem a diferença, e uma vez mais, consegue-o com sucesso. Formas distintas de combate e uma boa variedade de tecnologia à disposição, são um dos trunfos deste jogo, pois leva-nos a atuar de formas nunca antes presentes neste género de jogo.

Gráficos: Apesar de cheios de adrenalina e ação, os gráficos de “Black Ops” apresentam alguma idade. É verdade que o jogo nunca sai prejudicado com essa “idade” nem se perde a intensidade que o jogo tenta transmitir, mas em comparação a outros jogos, está ligeiramente atrás.

Som: Aqui pouco há a dizer. Banda sonora de grande nível, tal como no jogo anterior, ajuda toda a ação a ganhar ambiente, numa perfeita mistura de música e efeitos sonoros. As vozes estão muito boas, com algumas a conseguirem oferecer uma qualidade que poucos jogos apresentam.

Infelizmente a secção sonora fica manchada pelo facto de os soldados e povo angolano falar português do Brasil. Uma falha que talvez apenas nós, portugueses, consigamos identificar.

Com um modo multiplayer renovado e melhor em todos os aspetos, também o modo Zombies está mais vasto e com mais opções, apresentando ainda uma história mais complexa. Entrem dentro do autocarro com mais três amigos e tentem sobreviver, ou corram pelas ruas e alguém ficará pelo caminho!

Os vários finais possíveis prolonga uma campanha que podia ser maior, mas o multiplayer e Zombies ajudam a tornar este jogo num produto que ficará muito tempo na vossa consola!

Claro que nem tudo é bom e algumas missões são confusas, principalmente aquelas em que controlamos todo um pelotão de soldados, uma adição muito interessante e que peca apenas por ser confusa ao início.

“Black Ops II” é a prova que este género ainda pode evoluir, apresentar algo novo e continuar viciante. Tem algumas falhas, mas é também um jogo muito consistente. Se gostam de FPS e de vestir a pele de um soldado, então este é o vosso jogo.

Pontos fortes:

• Vários finais possíveis
• Zombies e multiplayer estão melhores
• Grande jogabilidade, como sempre
• Jogo pode tornar-se quase inesgotável graças aos vários modos de jogo
• Grande banda sonora

Pontos fracos:

• História é boa, mas confusa
• Angolanos a falar português do Brasil
• As missões Strike Force são confusas e requerem alguma prática

LP