Catherine (Xbox 360)

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Editora: Deep Silver

Produtora: Atlus Persona Team

Género: Puzzle

Plataformas: PlayStation 3, Xbox 360

Classificação Etária: 18+

Data de Lançamento: 10 de fevereiro de 2012


 

A maioria dos jogos que são editados ao longo do ano ou são sequelas ou recorrem a fórmulas já testadas porque a inovação exige maior investimento e mais tempo de produção e as editoras preferem apostar em projetos que garantam o retorno do seu investimento.

Por vezes surge um jogo com uma premissa diferente e uma fórmula original que o faz imediatamente destacar-se dos restantes títulos disponíveis no mercado. “Catherine” da produtora Atlus, responsável pela aclamada série “Persona”, é um desses jogos. Pode-se gostar ou não da nova fórmula, mas os jogadores acabam por respeitar o esforço desempenhado pela produtora na criação de um jogo diferente e inovador.

“Catherine” é um jogo com uma história interessante e pessoal que procura desenvolver as personagens e respetivas motivações. Ao aliar-se este fator a um conjunto de puzzles desafiantes e a um sistema de moralidade diferente do habitual (temos que optar entre a Ordem e o Caos em vez do Bem e o do Mal), o jogador tem a certeza que está perante uma experiência original e marcante. No entanto, essa experiência pode não ser apreciada por todos, pois os puzzles apresentam um nível de dificuldade algo intimidante e o jogo tem alguns problemas ocasionais de câmara e de jogabilidade.

Vincent é um homem dividido entre duas mulheres. A sua atual namorada, Katherine, começou a falar sobre compromissos a longo prazo, algo que o assusta. No entanto, a sedutora Catherine aparenta ser uma mulher libertina. O protagonista tem que optar entre uma dessas mulheres através de uma série de escolhas que afetam o final do jogo, enquanto tenta também sobreviver aos seus terríveis pesadelos.

Ao longo dos seus pesadelos, Vincent tem que escalar uma torre durante um tempo limitado. Como a torre vai-se desfazendo, o protagonista morre se o jogador não for suficientemente rápido a superar os puzzles. Os jogadores terão que fazer várias tentativas até que superem os diferentes desafios, o que torna a experiência de jogo mais repetitiva e até frustrante. Mas uma coisa é certa: é sempre bom para o ego quando se consegue chegar ao topo da torre.

“Catherine” tem um modo multijogador competitivo, mas ao contrário do que é habitual este só é desbloqueado quando os jogadores terminam a campanha a solo. À medida que o jogador vai subindo a torre, este tem que pensar em estratégias que afetem as ações do seu adversário.

A temática do erotismo e um visual estilo anime memorável tornam este título num dos mais originais dos últimos anos.

Com “Catherine”, a Atlus apresenta aos jogadores um produto inovador. As pessoas que gostam de um desafio vão apreciar os puzzles e a história bem trabalhada, mas a natureza repetitiva do jogo aliada ao nível de dificuldade vão afugentar muitos dos possíveis interessados nesta estranha aventura nipónica.

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