Carrega no play | The Great Gatsby

A versão de Baz Luhrmann da obra eterna da literatura americana de F. Scott Fitzgerald era merecedora de uma demorada ode estética, porque é um deleite visual. No entanto, não é esse o intuito deste artigo. O nosso objectivo é mostrar que as músicas que serviram de som de fundo ao filme é igualmente imensa.

Luhrmann é um realizador que gosta de misturar música contemporânea às história com fortes características históricas. Já o havia feito com Romeo + Juliet e com Moulin Rouge. Para este The Great Gatsby, o realizador australiano formou equipa com o rapper e produtor Jay-Z. Desta parceria resultou uma das mais incríveis bandas sonoras dos últimos tempos. A dupla juntou no mesmo CD, música electrónica, jazz, indie, pop e hip hop.

A banda sonora de The Great Gatsby estreou em segundo lugar na lista dos álbuns mais vendidos na Billboard e na altura do seu lançamento foi um dos cinco álbuns mais comercializados nos EUA.

Qual a conjugação magistral para este sucesso comercial? Foi esta:

The Great Gatsby OST

The Great Gatsby OST

Jay-Z – 100$ Bill
A primeira música do CD foi escrita por Jay-Z especialmente para o filme. O rapper viu a cena na qual as personagens comentem atos ilegais e criou a música sobre a fama, o poder e o dinheiro – a letra perfeita para o drama da personagem Gatsby.

Andre 3000 & Beyoncé – Back to Black
É uma cover da famosa música de Amy Winehouse pela voz de Andre 300  (dos Outkast) e Beyoncé. Esta música gerou alguma polémica, sobretudo porque o pai de Winehouse declarou que achava esta versão muito confusa.

will.i.am – Bang Bang
O músico dos Black Eyed Peas reuniu-se com o realizador Baz Luhrmann enquanto este ainda escrevia o argumento. will.i.am mostrou interesse em unir jazz à música contemporânea. É a primeira música da banda sonora que literalmente mistura o “novo” e o “velho”.

Fergie, Q Tip & GoonRock – A Little Party Never Killed Nobody (All We Got)
Fergie segue a mesma estratégia do companheiro dos Black Eyed Peas. A música, A Little Party Never Killed Nobody mistura elementos de jazz com música contemporânea para criar uma composição à medida da pista de dança. Ideal para que os convidados das festas de Gatsby dancem.

Lana Del Rey – Young and Beautiful
Na América dos anos 20, as divas brilhavam. Nesta banda sonora,  Lana Del Rey é a diva. Young and Beautiful é o tema que ilustra a solidão de Daisy e o seu interesse romântico em Gatsby. Melancolia e nostálgica, encaixa perfeitamente no argumento do filme. de todas as músicas de Lana e que deve funcionar muito bem com o ar nostálgico do filme.

Florence + the Machine – Over the Love
Coube a Florence Walsh, vocalista do Florence + The Machine ser protagonista da música mais dramática da banda sonora de The Great Gatsby. A gravação da música foi feita enquanto a cantora assistia a cenas do filme numa tela e uma orquestra tocava. Jay-Z registou os bastidores desta gravação em vídeo. Vejam aqui.

Emeli Sandé & The Bryan Ferry Orchestra – Crazy in Love
A música é de Beyoncé recebe toques de jazz e a voz da cantora escocesa Emeli Sandé. O resultado é uma sonoridade divertida e completamente diferente da música original.

Jack White – Love Is Blindness
Para a autora destas palavras, esta é a melhor música da Banda Sonora. Love is Blindness é uma cover dos U2. E felizmente superou em tudo a música original.

Gotye – Hearts a Mess
O autor do sucesso mundial Somebody That I Used To Know, Gotye marcou presença no filme com uma música apenas instrumental.

Bryan Ferry com The Bryan Ferry Orchestra – Love is the Drug
Originalmente gravada pelos Roxy Music em 1975, tem como missão resgatar a sonoridade clássica do jazz nesta banda sonora. A banda de jazz de Brian Ferry – a The Bryan Ferry Orchestra – é responsável por todas as músicas instrumentais do filme.

The xx – Together
Baz Luhrmann é um fã assumido dos The XX. Facto que ajudou a que a banda e o realizador entrassem em contacto. Primeiro, a banda cedeu uma música do álbum Coexist, mas depois de verem algumas cenas do filme, a banda escreveu Together exclusivamente para esta ost. Além da música, a banda também contribuiu com riffs da guitarra que servem de sonoridade ao filme em vários momentos.

Nero – Into the Past
Foi criada especialmente para o filme. Jay-Z e Luhrmann pediram ao trio de música electrónica que criassem uma música triste e confusa para um dos momentos mais tristes da história. O resultado da criação é  uma composição cheia de texturas e caos.

Sia – Kill and Run
Baz Luhrmann pediu à cantora australiana que lhe mostrasse algumas canções para complementar cenas que ainda não estavam sonorizadas. Quando ouviu Kill and Run, teve certeza de havia encontrado a música perfeita para os créditos finais. Segundo Baz, a letra e a voz de Sia fecharam com chave de ouro as emoções que ele tentou transmitir no filme.

Kanye West & Jay-z – No Church In the Wild
Esta música só está incluída na versão de luxo da banda sonora. Foi a música que deu sonoridade aos trailers e foi por causa desta música que Baz  Luhrmann contactou Jay-Z e o convidou para produzir a ost. No Church In the Wild não é a minha música favorita desta banda sonora porque  é a minha favorita do álbum Watch the Throne – o primeiro álbum da parceria Jay-ZKanye West.

E agora caros leitores, fica o convite: carreguem no play…

 

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