Hunters | Primeiras Impressões T1

“Hunters” é uma adaptação do livro “Alien Hunter” de Whitley Strieber, que nos oferece um “twist” no rodado argumento de uma invasão terrorista em solo americano.

“Hunters” é a mais recente aposta do canal Syfy americano – que tem sido pródigo em algumas séries originais “b-grade” com potencial inegável. E, esta, até tem do seu lado o pedigree respeitável de possuir a impressão digital dos produtores de “The Walking Dead” e “12 Macacos”, mas será que a matéria prima e capacidade humana conseguem vender “Hunters” ao espetador mais exigente? É o que vão saber já de seguida!

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“Hunters” até arranca numa cadência eletrizante, com uma mulher nua em cativeiro e uma equipa de intervenção policial a emborrachar uns quantos “ciganos”. Rapidamente ficamos elucidados quanto à natureza da ameaça exterior, que motiva a existência de uma “task force” ou “E.T.U” para lidar com uma espécie de terrorismo extraterrestre em solo americano. O chefe da unidade até pode dar uns ares de “Skinner” dos “Ficheiros Secretos”, mas Truss Jackson (Lewis Fitz-Gerald) soa mais a um “Johnny English” que se tornou competente. E não poderia faltar a “femme fatale” Regan (Britne Oldford) para colocar os egos masculinos no devido lugar, sobretudo quando temos um Nathan Phillips (Flynn) com pouca paciência para interrogatórios.

É em torno dele que gravita o cérebro da narrativa, que se concentra na premissa do rapto da sua esposa Abby (Laura Gordon). Mas se à primeira vista “Hunters” parece adornar o seu enredo com os habituais clichés policiais, o cenário deixa-nos pistas que sugerem algo mais refinado e polido pelos standards sci-fi, com o badass caçador alienígena McCarthy (Julian McMahon) a revelar aquele olhar sádico e perverso tão habitué de “Nip Tuck”.

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“Hunters” tem potencial, mas deixa-se ferir por alguns erros sintomáticos da sobrecarga argumentativa do género. Contudo, estamos em crer que a presença andrógina de Regan, o carisma de Flynn e o olhar malévolo de McCarthy – com toda a parafernália de armas sónicas e escavação dos laços afetivos das personagens em foco -, possam conferir a este thriller/sci-fi uma oportunidade de evolução e sedimentação em termos de audiência.

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MS

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