Crouching Tiger, Hidden Dragon: Sword of Destiny | O trailer da nova produção Netflix
A Netflix mantém a sua aposta em longas-metragens originais, desta vez sobre a forma da sequela para um dos filmes mais acarinhados do género de artes marciais: “Crouching Tiger, Hidden Dragon”.
O filme original realizado por Ang Lee foi lançado há 16 anos e conseguiu exceder as expectativas da indústria quer a nível financeiro quer crítico, sendo galardoado com quatro Óscares, incluindo Melhor Filme Estrangeiro. Por essa mesma razão, muitos esperavam por ver uma sequela mais cedo, especialmente tendo em conta que o material de origem (The Crane-Iron Pentalogy, escrito por Wang Dulu) é bastante rico em diferentes aventuras e diferentes personagens.
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Em Sword of Destiny, apenas Michelle Yeoh regressa ao seu papel original como Yu Shu Lien, agora uma guerreira veterana que procura um novo grupo de aliados para poder proteger a lendária espada «Destino Verde» que pertence ao falecido Li Mu Bai (interpretado por Chow Yun-Fat no filme original). O antagonista é um senhor de guerra chinês Hades Day, interpretado pelo alumni de Glee, Jason Scott Lee.
Naturalmente o filme tem sido recebido com algum cepticismo, especialmente porque não se acredita que a sequela possa viver às expectativas deixadas pelo filme original. Sword of Destiny tem como realizador um dos maiores coreógrafos do género de artes marciais – Woo-Ping Yuen – que com mais de 40 anos de experiência promete trazer solidez ao lado da acção que se espera desta sequela. Analisando o trailer, o filme parece ser bastante exposto ao CGI com visuais tremendos, mas o toque de Ang Lee faz a sua falta no ambientar das personagens e da sua história – sendo substituído pelo lado mais comercial que apesar de sólido, deixa a desejar a todos os fãs da longa original. O argumento foi desenvolvido por John Fusco – um parceiro já em vários projectos da Netflix, tais como Marco Polo e The Last Kingdom e que, parece afastar-se sempre do material original em que se baseia.
O filme pode ainda surpreender, mas a verdade é que com o que já tivemos acesso, há varias razões para se duvidar da sua qualidade – no espectro geral os “originais Netflix” podem tornar-se épicos como Beasts of No Nation ou anedotas para toda a indústria como Ridicolous 6. Só resta esperar para ver onde esta sequela se encaixa e se, de facto, consegue corresponder às expectativas.
