Do super rock dos Deftones à super festa de Fatboy Slim

Na última noite do Super Bock Super Rock os Deftones fizeram muitos dos seus fãs felizes, Seu Jorge deu-nos David Bowie e Fatboy Slim  uma super festa.

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Depois de uma primeira noite, dominada pelo funk-rock, em que os Red Hot Chili Peppers foram senhores e reis do dia; e de uma segunda noite, de hip-hop, onde pudemos assistir à magia dos London Grammar, para a despedida ficaram reservadas uma mão cheia de surpresas, envolvidas numa panóplia de ritmos que foi desde o pop dos Foster the People, às guitarras dos Deftones, havendo, ainda, espaço para os Fatboy Slim transformarem o Meo Arena numa pista de dança gigante.




Bruno Pernadas / Taxiwars

O sol estava reluzente quando surgiram, ainda em jeito quase que envergonhado, as primeiras sonoridades deste dia em que o palco secundário do Super Bock Super Rock cruzou, na perfeição, o rock e o jazz. Os primeiros acordes viinham de Bruno Pernadas que actuava debaixo da pala de Siza Vieira, e virado para um dos lagos artificiais mais bonitos da cidade.

Em palco estavam nove músicos que tocavam ritmos entre o pop e o jazz, havendo ainda espaço para o afrobeat. Proporcionaram verdadeiras viagens num carrossel que juntou amantes do rock a pessoas mais voltadas para o pop, ou até mesmo para o jazz.

Bruno Pernadas
Foto @ Super Bock Super Rock

Mais tarde na actuação dos Taxiwars,  vimos um Tom Barman, vocalista dos  dEUS, muito descontraído e muito feliz por estar a tocar para o público. O principal destaque desta actuação, como seria de esperar vai para Barman que nos transmite juventude. Em palco apresentaram canções do seus dois álbuns, o homónimo TaxiWars de 2015, e Fever by Taxiwars do ano passado.

Os Taxiwars são um projeto dos belgas Tom Barman, mais conhecido e muito acarinhado por cá pelos dEUS, e Robin Verheyen, um músico de jazz belga radicado em Nova Iorque. Ao contrário dos dEUS, os Taxiwars são uma banda de free jazz, ou como costumam dizer, uma banda de jazz com energia punk.




Foster The People

Já tinha caído a noite sob o Meo Arena, quando os Foster The People nos presentearam com o seu espectáculo de indie pop.  O palco, “esculpido” a rigor para os receber, contava com uma grande estrutura luminosa, onde, ao fundo se poderia ler  “Sacred Hearts Club”, o nome do terceiro álbum da banda que vai ser editado na próxima semana.

Houve ainda espaço para um momento de consciencialização social, em que Mark Foster apelou a uma mudança do mundo através da música.  Depois veio “Pumped Up Kids”, canção pela qual se começaram a mostrar ao mundo. Com “Coming of Age” levaram o Meo Arena ao rubro, fizeram música ( da boa) onde os instrumentos catalisaram a actuação. Foram felizes e nós também!




Deftones: Uma viagem por várias gerações

Os Deftones são muito acarinhados pelo público português e são raras as pessoas que não os conhecem. Para percebermos este amor reciproco basta dizer que em 2010 a banda esteve três vezes em Portugal. Sim, três vezes no mesmo ano e ontem mostraram-se contentes por estar de volta.

Por detrás do som elétrico e hipnotizante das guitarras estão trinta anos de carreira e oito álbuns de estúdio. 30 anos que tiveram de ser resumidos a uma hora e poucos minutos, e ainda houve tempo para o mais recente álbum, Gore, de 2016. Por onde passam espalham bom humor e diversão. Divertimo-nos muito e ficamos de coração cheio por termos conseguido perceber que também se divertiram, no meio de uma actuação com um clima meticulosamente pensado, onde as luzes abrilhantaram, ainda, mais o cenário. Vimos Chino a saltar e a gritar “Knife Prty”, vimos uma interacção contagiante com o público, um vocalista que saltou do palco e nos fez lembrar porque vieram três vezes a Portugal no mesmo ano. Porque, afinal, não é para todos!

O público recebeu carinhosamente uns Deftones de Around the Fur, com temas como  Headup ou My own Summer (shove it). Houve, também, tempo para temas como Swerve city e Digital bath.

Quiseram para matar saudades deste público desejoso que o tempo parasse ali, durante alguns instantes, e ofereceram músicas dos ano 90. As músicas de Gore, surgiram aqui ou ali, por entre os grandes hits da banda.

Os Deftones mostraram que são uma banda (ainda) cheia de juventude, transversal a qualquer idade.

Deftones
Foto @ Super Bock Super Rock



Seu Jorge

Sabe contar histórias como  (quase) ninguém e fá-lo juntando a sonoridade da viola. O resultado é incrível e isso viu-se no Palco EDP. Tentou a difícil tarefa de encher este palco, e proporcionou um concerto intimista.

Apresentou “The Life Aquatic: tributo a David Bowie” e, à medida que o tempo passava conseguiu fazer com que o EDP estivesse completamente cheio. Aliás foi em Seu Jorge que o Palco EDP teve a maior enchente.

Ainda assim, era nítido que muitas pessoas que ali estavam não estavam interessadas na actuação do cantor já que o ruído  destas sobrepunha-se, muitas vezes, à do cantor que nunca aumentou a sua voz.

Foto @ Super Bock Super Rock



Fatboy Slim

Em Fatboy Slim tivemos um Meo Arena completamente cheio, num espectáculo  onde o cantor mostrou porque é um dos DJ mais bem pagos de sempre. Com um jogo de imagens surpreendente, aliás como vem sendo hábito nas suas actuações, Slim transformou o palco principal do Super Bock Super Rock numa pista de dança gigantesca. Viveu-se um clima de verdadeira festa, o público, em apoteose dançava e gritava.

Quem o foi ver não teve um minuto de descanso, como se tivesse carregado no play e não nos permitisse quebrar a ligação que estabeleceu connosco.

Pelo meio não faltou Praise youThe Rockafeller skank (mais conhecido por “funk soul brother”),  Right here, right nowBlitzkrieg bop (Hey ho, let’s go!), dos Ramones, ou de Radio gaga, dos Queen.

Estava ali para fazer a festa e conseguiu superar as expectativas.

Slim
Foto @ Super Bock Super Rock

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