Especial Fringe: Part II – Em Análise

 

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  • Título Original: Fringe
  • Produtores: J.J. Abrams, Alex Kurtzman,
    Roberto Orci
  • Elenco: Anna Torv, Joshua Jackson, John Noble, Jasica Nicole, Lance Reddick, Blair Brown, Leonard Nimoy
  • Género: Drama, Sci-fi, Mystery, Thriller
  • 2009| EUA | FOX HD | Terça-Feira | 23:10


Classificação:
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“Se Eu Sou Uma Cópia De Ti, Quantos Pais Copiados É Que Tenho?”

 

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Com a maquinação das tramas caóticas a avolumarem-se em catadupa entre universos paralelos, seria espetável que a terceira temporada elevasse ainda mais a fasquia das surpresas inesperáveis. E não ficámos nada desiludidos com o primeiro episódio “Olivia”, em que a mesma, aprisionada nos laboratórios científicos de “Walternate”, o Secretário Da Defesa no mundo paralelo, tenta desesperadamente escapar àquele cativeiro tortuoso. Por seu turno, no universo primordial, a falsa Olivia “Fauxlivia”, vai assumir a identidade da sua cara-metade, dissimulando tudo e todos com a sua farsa ambiciosa e propositada.

No oitavo episódio “Entrada”, abrem-se as portes para o regresso da verdadeira Olivia e consequente exposição da sua cópia infiltrada, que de malas aviadas para a sua realidade de mundo, não deixa de provocar elevados danos colaterais. Daqui em diante, a estória será pródiga em brindar o espetador com o festim perverso das intenções egocêntricas dos congéneres humanos daquele mundo distorcido, enquanto Walter e “Walternate” conspiram mano a mano pela destruição e sobrevivência de um dos mundos.

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O penúltimo episódio “The Last Of Sam Weiss”, vai focalizar-se no verdadeiro propósito da existência de Peter, reclamando para si a designação de um “Deus Ex Machina”, criado com o objetivo principal de equilibrar a descompensação espácio temporal entre os dois universos em rota de colisão. A terceira temporada encerra com o episódio “The Day We Died”, deixando antever o presságio de um futuro pouco risonho para ambas as realidades simétricas.

A quarta temporada vai começar a fabricar algumas conclusões interessantes com o primeiro episódio “Neither Here Nor There”, atestando um aparente desaparecimento de Peter da linha temporal vigente. Mas nem tudo são más notícias, já que os dois universos semelhantes vão conseguir encontrar uma forma de coexistir pacificamente. O nono episódio “Enemy Of My Enemy”, vai trazer de volta um vilão adormecido, David Robert Jones (Jared Harris), estreitando ainda mais os laços de comunicação e cooperação entre as duas realidades análogas. Os derradeiros episódios “Brave New World: Part I e “Brave New World: Part II”, trazem consigo algumas revelações chocantes, sobretudo no tocante aos poderes especiais de Olivia.

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Já aqui analisámos as prestações interpretativas das três personagens mais influentes desta primorosa série televisiva, mas um papel principal necessita sempre de uma ajuda secundária para brilhar e, nessa perspetiva, parece-nos oportuno invocar um trio de nomes muito peculiar: Astrid Farnsworth, Phillip Broyles e Nina Sharp.
Começando pelas mulheres, Astrid Farnsworth (Jasica Nicole), uma agente júnior do FBI, especializada em criptografia e ciência da computação, será o braço direito de Walter Bishop e a cúmplice ideal de todas as suas experiências científicas mais rocambolescas. Com uma personalidade ponderada e acessível, esta personagem será fundamental para suportar os “vipers” do cientista extasiado e um ombro amigo para os restantes membros da equipa. De um ponto de vista interpretativo, a “Astro” de Walter, vai conseguir encarnar o figurino com grande precisão, numa prestação bastante convincente e agradável.

Já o grande chefão e líder da divisão Fringe, Phillip Broyles (Lance Reddick), vai perfilar-se como o oposto em termos psicológicos. Com um semblante carregado e ar carrancudo, o coronel vai revelar uma frieza quase assustadora, que na altivez da sua altura de basquetebolista, consegue impor um respeito imediato. Mas temos de dar a mão à palmatória, pois o ator americano vai acertar na muche em termos representativos, com uma atuação verdadeiramente imaculada, sobretudo no trabalho despendido na introversão da sua personagem.

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E para último reservamos um pequeno comentário para a meNina Sharp (Blair Brown), a poderosa diretora executiva da multinacional bilionária “Massive Dynamics”. A ruiva homóloga da nossa conhecida Paula Bobone, vai revelar a sua faceta matreira que, à semelhança de uma velha raposa, consegue manipular e ludibriar com grande astúcia e inteligência. Com a sua própria agenda em destaque, não irá obstruir as investigações da equipa Fringe, mas não deixa de dar a entender que terá sempre algo a esconder, impressão que aliás é partilhada na presença do seu amigo Broyles. Mas sejamos claros, a atriz americana irá fazer um figurão ao longo desta série, fazendo perpassar a imagem de uma mulher excêntrica  e misteriosa, altamente diplomática nas suas abordagens e com algo obscuro inerente à sua pessoa fictícia. Mais um hino à representação e uma prova inequívoca do casting de luxo que compõe Fringe.

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P.S – To Be Continued…

MS


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