Os melhores Filmes de Terror de Halloween... passados no Halloween!

15 filmes de terror para ver neste Halloween

É a noite mais assustadora do ano, e por isso, como a manteiga convém ao pão acabadinho de torrar, os filmes de terror encontram nesta data uma razão especial para o seu ser.

Estamos outra vez naquela altura do ano.

A tradição teve origem nos povos antigos da Grã-Bretanha e Irlanda, cuja crença repousava na certeza de que, na véspera do Dia de Todos os Santos, os espíritos regressavam a casa – que é a forma simpática de dizer que os mortos voltavam da sepultura para aterrorizar os vivos.

O costume continua a encontrar maior proeminência nos países anglo-saxónicos, mas a nova e divertida celebração começa a incrustar-se cada vez mais nas restantes culturas do mundo.

Multidões passeiam-se sob disfarces de vampiros, monstros ou assassinos renomados, pregando partidas pela noite dentro, quando o macabro é a palavra de ordem. Mas é na altura em que o psicopata, ou um louco foragido, ou um verdadeiro monstro sai à rua, irreconhecível nesta procissão de figuras disfarçadas, que a contagem de mortos dispara.

É a noite mais assustadora do ano, e por isso, como a manteiga convém ao pão acabadinho de torrar, os filmes de terror encontram nesta data uma razão especial para o seu ser. Hoje revisitamos os 15 Melhores Filmes de Terror para ver neste Halloween.

A única regra? Têm de se passar (total ou parcialmente) no Halloween. And now we shall celebrate the Horror.

CREEPSHOW 1/2  (1982/87)

Ambos são antologias de terror (contam várias histórias ligadas entre si), e ambos são imperdíveis. Especialmente pelo tributo que prestam ao género. Isto além de que, obviamente, não há lista de terror que se preze que não refira pelo menos uma das crias do génio do terror, George A. Romero.



A NOITE DOS DEMÓNIOS (1988)

Uma espécie de clássico de culto do terror que expõe a glória dos anos 80 – diálogo coxo, más interpretações e conteúdo pouco cuidado, banhados a sangue – apesar de encontrar sequelas e remakes entre 1994, 1997 e 2009. Um grupo de jovens tem a brilhante ideia de dar uma festa de Halloween numa casa assombrada. Pode ser que fique tudo bem… ou então um demónio vai possui-los e transformá-los em seres dentuças, de aspeto apodrecido e voz grossa.



CEMITÉRIO VIVO (1989)

Recentemente os Creeds mudaramse para uma nova casa nos arredores de Chicago. A casa seria perfeita se não fosse um pormenor… peculiar: existe um misterioso cemitério no bosque atrás da casa. Também não é por acaso que os vizinhos mostram tanta cerimónia a falar do cemitério… Rapidamente os Creeds percebem a verdade e ficam chocados ao saberem do perigo que toda a família corre.

É verdade que, se há Halloween aqui, não é lá muito; mas não há cá batotas, porque ele está lá – mais proeminentemente na sequela, mas vamos focar-nos no génio original. Stephen King é o autor de algumas das obras de literatura mais arrepiantes da história, desde ‘Carrie’ a ‘Shining’, ou ‘A Coisa’ até ‘O Cemitério’, que aqui hoje se apresenta. Apesar de ser horrífico (no bom sentido) nas ideias que apresenta, infelizmente, não potencia as possibilidades do cemitério de animais que o título promete – não há tartarugas carnívoras, ou hamsters mutantes, ou coelhos anões estripadores. Mas há um gato zombie e um bebé assassino, o que é prémio de consolação mais do que suficiente. ATENÇÃO ao remake que ganhou, há poucos dias, o primeiro trailer oficial.



JACK-O (1995)

Tem de ser um dos piores filmes que já existiram, o que por sua vez o eleva à restrita categoria do “é tão mau que até é bom”. O indivíduo titular tem cabeça de abóbora (literalmente) e é um demónio lendário do Halloween. Quando é trazido de volta para os tempos modernos, Jack-O começa a chacinar tudo o que mexe à sua frente para assombrar o jovem Sean Kelly e a sua família. A qualidade das interpretações é dolorosa, mas fica a garantia de uma das séries de mortes mais hilariantes alguma vez concebidas no Cinema.



VHS (2012)

E sai mais uma antologia de histórias de terror, todas no formato de “found footage” que estão compiladas numa misteriosa cassete VHS. O último segmento passa-se justamente no Halloween, numa espécie de casa assombrada onde está a decorrer um exorcismo. E porque é dia 31 de outubro… os garotos que entram nesta casa por engano pensam que isto é tudo uma encenação – pobres almas. A inclusão da data que nos traz a esta lista é um sucesso e acaba por fechar o filme a chave-de-ouro!



LADY IN WHITE (1988)

Esta pérola esquecida dos anos 80 é uma mescla de Poltergeist e ET com um thriller atmosférico e contemplativo, criminalmente subvalorizado. No enredo, estamos em pleno Dia das Bruxas, e  Frankie vê o fantasma de uma criança abusada e assassinada há uma década. A partir daqui, embarca numa jornada para encontrar o criminoso. Muito bem filmado e produzido, mistura terror e fantasia de uma forma sombria numa história de fantasmas verdadeiramente… à antiga – no melhor sentido da expressão!




DONNIE DARKO (2001)

Donnie Darko já dispensa apresentações e já muito se escreveu sobre ele, mas nada tão iluminado como “Donnie Darko desafia qualquer tentativa de descrição”. É isso mesmo. Tentar explicar o enredo é um tiro nos dois pés, mas vamos fazer um esforço (que é, na verdade, a sinopse oficial mas não contem a ninguém): Donnie é um jovem esquizofrénico paranóico que teme as mensagens do dia do Juízo Final, proferidas por um coelho gigante. O que parece absurdo de início é na verdade uma misteriosa e encantadora viagem pela mente atormentada de Donnie, isto é, até o conceito da viagem no tempo transformar para sempre a sua percepção da vida e o destino das pessoas que o rodeiam.  A história desenvolve-se à volta da época de Halloween – com particular destaque para uma festa que tem alguma relevância para a história – e é uma intrigante interpretação da atmosfera do dia das bruxas… onde coisas impossíveis se tornam… menos impossíveis.




SINISTER (2012)

Quando um autor de romances criminais encontra uma caixa com filmagens antigas de crimes horrendos, resolve investiga-los… mas ao mesmo tempo a sua família torna-se o alvo de uma entidade maligna. Ethan Hawke protagoniza este fantástico thriller que é uma exploração subtil e quase poética do poder hipnótico do sofrimento e do horror. Quando o Halloween bate à porta, o nosso protagonista tem de lutar ainda mais pela própria sanidade enquanto os filhos ficam compreensivelmente entusiasmados com a ocasião. Um valente e sólido piscar de olho a The Shining que oferece terror low-tech que não nos insulta a inteligência. Win!




THE AMITYVILLE HORROR (1979)

Tudo começou em 1977 com o lançamento do livro “The Amityville Horror” por Jay Anson. Hoje, 41 anos depois, já mais de 15 filmes volvidos sobre o quase-verídico-mas-nem-por-isso escrito… parece quase impossível que ainda queiramos falar dele, certo? Errado. Sem grande margem para dúvidas, aquele em que devem investir o vosso tempo (e cérebro) é a versão original lançada apenas dois anos depois do livro. No enredo, a família Lutz muda-se para uma casa aparentemente tranquila, mas que guarda segredos (onde é que já vimos isto?). Quando um padre vai abençoar a residência, começam a acontecer coisas MUITO estranhas e os novos moradores passam a viver um verdadeiro terror. Já está visto e sabido que nada disto pode acabar bem, particularmente na noite de Halloween…




31 (2016)

31 joga com a ideia tenebrosa de que a noite de Halloween é aquela em que mais pessoas são dadas como desaparecidas, colocando cinco pobres almas reféns num labirinto subterrâneo para participar numa espécie de Hunger Games dos pesadelos sobrevivendo a uma horda palhaços assassinos. Para os mais sensíveis, fica a informação: há hiperviolência a rodos (e claro que Malcolm McDowell tinha de vir cá dar uma perninha).




GINGER SNAPS (2000)

Os lobisomens enchem as carpetes de pelos e baba, mas Tentadora Maldição (ou Ginger Snaps no título original e como preferimos) é um dos mais eficientes filmes de terror que já vimos com eles, e é diversão gore e folclore no seu melhor. Duas irmãs fascinadas pela morte aventuram-se na noite e uma delas acaba atacada por um lobisomem. A metamorfose começa, mas ela ainda consegue ir a uma festa de Halloween, parcialmente transformada, sem dar nas vistas. No fundo, é tudo uma metáfora para a puberdade e a inconveniência das borbulhas . Com um enredo engenhoso e original, Ginger Snaps conquistou – justamente! – muitos fãs ao longo dos anos e permanece hoje como uma viagem nostálgica e deliciosamente arrepiante adição que não podíamos deixar de fazer à nossa lista.



MAY (2002)

A crónica da espiral de loucura de uma jovem que sempre foi esquisita por vários motivos – incluindo um olho meio avariado e um gostinho especial pelo macabro. Na noite de Halloween, Os ticos e tecos entram em curto-circuito, e May decide criar um amigo… com as partes mais bonitas das pessoas que conhece.Parte Carrie, parte Frankenstein, desdobra-se com uma elegância arrepiante a fazer lembrar o terror de Dario Argento. Mas fica o aviso: não recomendado a indivíduos com digestão mais sensível.



A CASA DOS 1000 CADÁVERES (2003)

Quando quatro espíritos jovens e inconsequentes querem divertir-se às custas de uma loja de horrores na beira da estrada, acabam por conhecer a lenda do Dr. Satan, um médico que matava lentamente as suas vítimas. Como é lógico, a inteligência não abençoou as alminhas dos protagonistas dos filmes de terror, que decidem ir procurar o local onde o médico desapareceu. Também é lógico que é de noite. E que está a chover. E que vão ficar encalhados no meio do nada. E que vai haver sangue e tripas. Junte-se uma família arrepiante, mortes aversivas e um palhaço assassino, e o prato – um nadinha indigesto – está pronto a servir.



TRICK ‘R’ TREAT (2007)

Mais uma antologia de terror, que desta feita conta uma série de histórias que se centram no dia 31 de Outubro. Cada uma baseia-se numa parte da mitologia do Halloween e encontra elementos que a interligam com as outras. Ao invocar tradições e superstições – enquanto ao mesmo tempo introduz novas lendas – A Noite de Todos os Medos (título PT) é um filme verdadeiramente apaixonado pelo Halloween, e isso sente-se, tendo-se mesmo tornado um pequeno clássico de culto que brinca com as nossas expectativas no género de terror. Moderno, nada aborrecido (a estrutura ajuda) e surpreendente. E, afinal, garotos com sacos de batatas na cabeça são das coisas mais assustadoras que se pode encontrar nesta vida.




Halloween (1978-2018)

A resposta é não; não pode dizer que celebra o Halloween condignamente se não vir o filme de John Carpenter (1978), ou alguma das sequelas e remakes que lhe têm vindo a declinar a aparente qualidade, mas não a relevância nos últimos trinta anos – agora até temos a recente sequela direta do clássico original que (felizmente) ignora a esquizofrénica cronologia de todas as outras sequelas. Além de ser um dos melhores filmes de terror de sempre e de apresentar uma das mais icónicas máquinas de matar do Cinema, continua a captar na perfeição o sentimento de mistério e horror do dia. E apesar de ser sobre um grupo de jovens a serem violentamente assassinados, há qualquer coisa nele capaz de nos fazer sentir em casa neste dia tão especial. Se não o tiverem visto pelo menos uma vez em algum Halloween das vossas vidas, tememos que algo de muito errado se passe convosco.

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Algum clássico fora da lista? Que outros filmes gostas de ver no Halloween?

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