Fora de Série: episódio 16 (Spartacus T03E10)

5 de Junho de 20136 de Junho de 2013 Magazine.HD APS Portugal, Daniel Feuerriegel, Dustin Clare, FOX, FOX HD, Liam McIntyre, Magazine.HD, Manu Bennett, Simon Merrells, Spartacus, Spartacus: A Revolta dos Escravos, Spartacus: War of the Damned, Steven S. DeKnight

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Spartacus: War of the Damned T3E10 – “Victory” (FOX HD)

Crassus: “Desejava que tivesses nascido romano e lutasses a meu lado.”

Spartacus: “Dou graças por não ter sido assim.”

A série mais épica de sempre chegou ao fim. Era grande a esperança, pelo menos da minha parte, que Steven S. DeKnight, o homem à frente de Spartacus, escrevesse uma estória diferente da horrível realidade, que conduzisse Spartacus à vitória e que os escravos derrotassem o enorme exército de Crassus. Mas não foi isso que aconteceu na vida real.

A vida é assim, dura e crua e foi este o desfecho que o Steven delineou. Foi um episódio cheio de momentos marcantes, não só pelas mortes, extremamente sentidas, mas também pelos diálogos e discursos. A cena entre Spartacus e Crassus está excelente. Crassus tem um enorme respeito por Spartacus e isso fez-me adorar este vilão. Se realmente fizerem um spin-off com o Caesar como se ouve por aí, espero que o Crassus faça parte porque foi uma excelente personagem, interpretada por Simon Merrells. Os dois terminam a conversa com um aperto de mão. Respeito. Na batalha, Spartacus mostrou ter alguns truques na manga, o que levou à morte de uma grande percentagem de romanos e me fez colar ao ecrã e acreditar cada vez mais na vitória dos escravos, primeiro com a cova escondida, depois com as escadas, também escondidas, e finalmente, com o ataque de Gannicus pela retaguarda.

Um episódio impróprio para cardíacos, devo dizer. Termino esta última análise como comecei a primeira, cimentando que “este” Spartacus esteve realmente um demónio e dá-me imensa pena que tenham cancelado a série por ele não ter conseguido calçar logo as botas do Andy Whitfield pois, para mim, o Liam McIntyre teve apenas de se habituar ao papel. Não é fácil substituir um protagonista tão adorado como o Andy! No entanto, nesta temporada final, o Liam esteve excelente. Os discursos com voz grossa, a forma artística como despachava os romanos e as caras que ele fez ao Crassus com uma sede de sangue e um ódio imensuráveis convenceram-me completamente.

Todos sabemos que o grande Andy iria fazer um excelente trabalho durante mais três ou quatro temporadas, como almejava o Steven, mas tivemos um Spartacus imponente e emocionante que me fez agarrar ao ecrã, e é isso que se deseja numa série, que fiquemos agarrados ao ecrã. Despeço-me com uma linguagem bela e arcaica que foi um dos pontos fortes da série: Gratitude!