Os melhores e piores posters da semana (08/01-14/01)
Um conto-de-fadas recriado para a era digital, a feminilidade reprimida de uma distopia e uma personalidade fraturada aparecem nos melhores posters da semana e nos piores.
Podemos estar no auge da Awards Season mas parece que finalmente o mundo dos posters de cinema está finalmente a livrar-se da enchente de cartazes para filmes de prestígio sedentos por Óscares e triunfos críticos dos grandes festivais de cinema. Em vez disso, temos posters para alguns dos filmes que estão a ser promovidos como os primeiros grandes sucessos do ano, assim como um dos mais ambiciosos projetos televisivos do momento.
OS MELHORES POSTERS DA SEMANA
Na nossa seleção dos melhores posters começa então por essa produção televisiva, antes de começarmos a aventurar-nos pelos posters de cinema.
Estamos a referir-nos pois claro a The Handmaid’s Tale e ao seu maravilhoso cartaz, onde Elisabeth Moss, filmada num plano contrapicado paralelo ao chão, é reduzida a elementos geométricos desumanizados e tornados num complemento à decoração do pavimento. Para quem conhece a proposta futurista do romance no qual esta série é baseada, tal objetificação e desumanização feminina é uma genial ilustração das suas assustadoras ideias centrais.
Seguidamente, temos uma proposta cinematográfica com um minimalismo semelhante para John Wick: Chapter 2. Aqui, a simplicidade, a severidade contrastante das cores, o mini Keannu Reeves e o farrapo de fumo, ora de um cigarro, de uma chama ou de uma arma acabada de disparar, compõem uma imagem impactante na sua simplicidade.
Quase tão simples como essa proposta gráfica é o novo poster para Split. Aqui, a premissa de um psicopata com múltiplas personalidades é visualizada de um modo tão simplista que é quase ofensivo. É claro que ninguém está à espera de complexidade psicológica num filme de M. Night Shyamalan e, no final, a imagem é poderosa o suficiente para justificar o cliché pseudo freudiano.
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OS PIORES POSTERS DA SEMANA
Depois dos melhores posters da semana, chegamos aos piores e vamos começar por uma escolha com quem muitas pessoas poderão discordar, a não ser que sejam capazes de arrancar da sua face as lentes da doce nostalgia.
Referimo-nos a um dos novos cartazes para o remake de A Bela e o Monstro protagonizado por Emma Watson e Dan Stevens. Sinceramente, se o filme for um turbilhão de ruído visual tão atafulhado, mal composto, enfaticamente exagerado e francamente feio como este cartaz, então a Disney cometeu um crime capital contra aquele que é um dos seus maiores triunfos animados de sempre.
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Um poster igualmente ruidoso e feio é este novo cartaz para The Great Wall. Se bem que, neste caso, nem é tanto o uso hiperbólico de retoques digitais e detalhes a mais que perturba, mas sim a expressão facial de Matt Damon que deveria estar a sofrer de um valente caso de obstipação quando tirou as fotografias para esta campanha promocional.
Finalmente, temos um cartaz que peca pela sua natureza genérica e banal. Afinal, não culparíamos ninguém por confundir este poster de Youth in Oregon com os cartazes de Sideways ou Uma Família à Beira de um Ataque de Nervos, ou, na verdade, cerca de outras cinquenta comédias dramáticas dos últimos quinze anos.
Será que A Bela e o Monstro se vai redimir na próxima semana, ou voltaremos a ser conquistados pelo primor da Awards Season? Vem descobrir!
