Metal Gear Solid V: The Phantom Pain – (PS4) | Análise

 

 

É uma das melhores sagas de sempre dos videojogos e, ao que parece, o seu mestre, Hideo Kojima, terá aqui o seu último Metal Gear Solid. Será a derradeira obra prima?

 Metal Gear Solid V  

  • Editora: Konami
  • Produtora: Kojima Productions
  • Plataformas: PS4, Xbox One, PS3, Xbox 360, PC

 

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Na mítica Playstation 1 o mundo dos videojogos rendia-se a uma saga que já tinha alguns jogos mas que agora se tornava em algo que mudaria a indústria. Metal Gear Solid é um dos mais importantes videojogos da História, introduzindo conceitos de realização e aproximando os jogos e filmes de uma forma que todos viriam a copiar. Adiando consecutivamente o fim da saga, a Konami foi lançando novos jogos, todos eles fantásticos, e o génio de Kojima foi cada vez mais notado. Muito poucos homens deram tanto a esta indústria como Kojima deu. A sua originalidade e a sua capacidade de criar enredos complexos rodeados de temas fortes são apenas alguns de vários trunfos que o acompanham. Mas será Metal Gear Solid V um fantástico jogo?

 

Sim, tal como se esperava. Kojima oferece um jogo fantástico a todos os níveis, mas vamos por partes!

 

 

Em primeiro lugar olhemos para a componente gráfica. MGSV é um portento visual! As suas personagens estão extremamente bem criadas, os cenários são vastos e cheios de detalhe, onde tudo parece encaixar e nada está fora do sítio. Em termos de design também devemos aplaudir, mas, como sempre, é na realização que Metal Gear Solid V atinge o topo da sua apresentação, com fantásticas sequências e ângulos de camera que nos transportam para um filme, aumentando a intensidade da cena, explorando as características das personagens e, como sempre, criando ligações entre os restantes jogos.

 

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São muitos os momentos em que paramos apenas para ver os cenários. A mudança entre dia e noite está perfeita e os efeitos climatéricos são um estrondo visual, mas também na forma como alteram a jogabilidade. Se chover os nossos passos serão abafados pelo ruído, de noite o alcance de visão dos inimigos é inferior tal como a nossa capacidade para focar um alvo distante. Se apanharmos uma tempestade de areia, os nossos passos serão apagados e estaremos protegidos de olhares menos atentos, mas também deixaremos de ter suporte aéreo e poderemos mesmo bater contra um inimigo quase sem dar por isso.

 

 

Toda a jogabilidade de Metal Gear Solid V está perfeita e não só por estes detalhes. A forma como todo o jogo se adapta ao que fazemos é simplesmente incrível. Sentimos o nosso personagem e veículos com uma precisão assombrosa e o prazer de jogar aumenta. Em relação ao enredo, este não é o Metal Gear Solid mais marcante, mas, tal como se esperava de Kojima, é muito bom. Metal Gear Solid V apresenta momentos surpreendentes que ficam na memória e que alteram a nossa noção da história e claro que os temas fortes estão presentes. Morte e guerra andam de mãos dadas e Kojima não se inibe de explorar o sacrifício de alguns para que muitos tenham paz nas suas vidas. É, essencialmente, um enredo de sacrifícios e conflitos internos misturados com os interesses políticos e económicos que a saga sempre apresentou.

 

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De forma global, Metal Gear Solid V responde a muitas perguntas e cria uma ligação quase perfeita entre os vários jogos da saga. Big Boss é um personagem fascinante e está rodeado de outros personagens memoráveis, como Ocelot que aqui é explorado de forma muito bem conseguida. Com todas as suas reviravoltas o enredo consegue fazer o seu trabalho, mas não podemos esquecer tudo o resto que o jogo nos oferece. Aliás, Metal Gear Solid V levará a qualquer jogador umas 35 horas até ser completado, mas poderá ser muito mais se quisermos explorar.

 

 

Como sub enredo teremos como missão recrutar soldados para os nosso exércitos, questioná-los, treiná-los e definir missões onde possam evoluir. Teremos de explorar o mapa e recolher armas, animais, veículos e muitos mais. Tudo para o nosso exército. O detalhe aqui também é impressionante e  só não damos exemplos concretos para não estragar verdadeiras surpresas. É notável como esta necessidade de criarmos um exército altera toda a forma de jogar, pois tudo pode ser recrutado para o nosso exército, quer seja uma cobra ou um cão. Agora tentamos matar menos soldados e recrutar mais, levando a um stealth ainda mais marcante. Queremos evoluir, queremos pesquisar, queremos desbloquear conhecimento. Se virmos um tradutor ou um médico, matar será a pior opção, pois serão sempre uma mais valia para o nosso exército… e assim o jogo avança de forma suave, sempre com algo para se fazer.

 

 

Em termos sonoros apenas devemos aplaudir tanto a banda sonora como o trabalho de vozes. Os efeitos sonoros são quase perfeitos, principalmente neste brutal mundo aberto. Todavia, é na adaptação do jogo a nós que este jogo se torna numa obra prima. Tal como já indicámos, o jogo adapta-se a nós, quer na bem conseguida inteligência artificial, quer no próprio ambiente. Existem tantas formas diferentes de se fazer uma missão que é impossível não ficar espantado com o leque de opções que Kojima nos oferece. O resultado é executarmos uma missão e ao falarmos com um amigo percebermos que ele fez quase tudo diferente para atingir o mesmo fim. O simples facto de os guardas terem turnos, leva-nos a olhar para as horas, a estudar os seus ritmos, as suas manias e qual o melhor momento do dia para a infiltração. O detalhe é impressionante e aqui mencionamos apenas a ponta do iceberg!

 

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Este mundo não tem o tamanho de outros grandes jogos desta geração, mas não precisa, pois a enorme variedade torna o que nos rodeia em algo muito completo. Com vida constante em qualquer parte de cenário, existe a permanente sensação de insegurança. Como tal não basta planear o ataque ou infiltração, mas também ter sempre um recurso de saída. O plano de fuga é realmente importante, tal como pode ser, por exemplo, ter um cão connosco em certas missões para criar diversões no inimigo.

 

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Ao fim de quase 40 horas é difícil arranjar adjetivos para este jogo. Metal Gear Solid V é a demonstração de até onde vai a visão de Hideo Kojima. A forma como o jogo nos obriga a jogar, a forma como nos pede para pensarmos no que fazemos, a forma como nos mostra que este enredo é criado por nós, é incrível. Somos nós que fazemos o jogo avançar de uma forma difícil de ser descrita, mas qualquer jogador não precisará de muitas horas para perceber que o paradigma da interação entre jogo e jogador acabou de ser alterada.

 

Metal Gear Solid V é uma obra prima e um jogo obrigatório. Para além disso é o mais forte candidato a jogo do ano e também candidato a melhor jogo desta geração até agora. Um jogo fantástico em todos os aspetos e mais uma obra prima de uma saga que nunca falhou. Kojima e a sua equipa merece o nosso aplauso e também a nota perfeita. Simplesmente obrigatório!

 

Pontos fortes:

  • Open world fantástico
  • Grande enredo com grandes personagens e temas fortes
  • Jogabilidade redefine como o jogo se adapta a nós
  • Inteligência artificial
  • Número impressionante de formas para se avançar no jogo
  • Gráficos de topo
  • Muito para se fazer e colecionar

Pontos fracos:

  • (Nada de significativo a salientar)

 

Hardware usado pela MHD para teste de jogos:

PS4:

  • PlayStation 4 Glacier White
  • DualShock 4 White
  • Razer Leviathan Sound System

PC:

  • Headphones Razer Carcharias
  • Keyboard Razer Epic Chroma

Luís Pinto

 


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