Monster Hunter Generations (Nintendo 3DS) | Análise

A Capcom volta a trazer a franquia de caça de monstros à Nintendo 3DS, com algumas novidades e melhoramentos, será Monster Hunter Generations capaz de ultrapassar Monster Hunter 4 Ultimate?


Monster Hunter Generations

Editora: Capcom

Plataformas:  Nintendo 3DS

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A primeira característica que se deve notar é que Generations não inclui um número no título, o que pode levar muita gente a questionar-se se este título se insere na série numerada ou se é um spin-off. A resposta é simples, e vem espelhada no título Generations, esta nova entrada na série serve como uma homenagem a todos os títulos anteriores, com aldeias, monstros, armas, missões e mecânicas dos títulos anteriores a regressarem numa nova e esplendorosa forma.

Aqueles que jogaram o Monster Hunter original na Playstation 2 vão com certeza recordar a Kokoto Village, assim como a Pokke Village e a Yukumo Village também regressam de Monster Hunter: Freedom Unite e Monster Hunter: Portable 3rd. Estas três vilas, junto com a nova Bherna, constituem as quatro vilas que os jogadores podem explorar em Generations. Grande parte do conteúdo é acessível através de qualquer uma das quatro vilas, à exceção das side-missions, que terão de ser ativadas dos NPC localizados em cada uma das vilas.

Dos títulos anteriores regressam também 14 tipos de arma. Long Sword, Hammer, Bow, Insect Glaive e todas as armas presentes em Monster Hunter 4 Ultimate regressam em Generations, que para colmatar a falta de novas armas introduz uma nova mecânica: Os Hunting Styles e as Hunter Arts.

Os Hunting Styles dividem-se em quatro categorias que alteram a forma de caça do jogador. Com o Guild Style, o caçador comporta-se como nos jogos anteriores, sendo a escolha ideal para os fãs do gameplay clássico da franquia. Permite equipar duas Hunter Arts. O Striker Style permite ataques poderosos, e é possivelmente o mais simples para iniciantes uma vez que permite equipar três Hunter Arts e é muito mais rápido a carregar as mesmas. O Aerial Style é o ideal para aqueles que procuram montar os monstros de uma forma mais fácil, uma vez que permite que o caçador dê um pequeno salto e ataque na vertical. Permite equipar uma Hunter Arts. Por fim o Adept Style é possivelmente o mais complicado de dominar, uma vez que se foca em esquivar dos inimigos no ultimo segundo possível para realizar poderosos contra-ataques. Permite equipar uma Hunter Art.

As Hunter Arts são habilidades especiais semelhantes como stamina ilimitada por um período de tempo, defesas, ataques poderosos, entre muitas outras. Algumas das Hunter Arts são compatíveis com os quatro Hunting Styles, enquanto outras são exclusivas para cada um dos estilos. Há também algumas Hunter Arts exclusivas para cada uma das armas. As Hunter Arts devem ser carregadas atacando inimigos antes de poderem ser activadas.

Generations inclui ainda uma nova mecânica de jogo: o Prowler Mode. Pela primeira vez os felinos conhecidos como Palicoes que serviam de suporte ao caçador são agora personagens jogáveis. No entanto para os veteranos da série este modo não traz grandes novidades uma vez que o gameplay é muito simplificado face ao do Hunter Mode. Este modo é no entanto aconselhável aos iniciantes que estão a aprender a navegar pelo universo Monster Hunter. Os Palicoes não utilizam stamina ou itens, os ataques e mecânicas são simplificados e permitem duas tentativas extra depois de derrotados pelos inimigos.

O ritmo de progressão de Generations é lento, e levará algumas horas até começar a verdadeira caça aos grandes monstros. Mesmo com o ritmo lento, algumas mecânicas não são as melhores para quem se aventura pela primeira vez no universo Monster Hunter. O Prowler mode ajuda os iniciantes no gameplay, mas algumas mecânicas, especialmente no que diz respeito à troca de equipamento e estilos de combate, não são explícitas e podem levar a que os principiantes se sintam perdidos no jogo.

A história nunca foi um dos pontos principais da franquia, e Generations não fica de fora, com uma história superficial e que não acrescenta nada de novo à série. No entanto é algo que a Capcom compensa com o excelente gameplay e modo multiplayer que há vários anos caracterizam a série.

Em termos gráficos o jogo contínua a puxar o hardware da 3DS ao máximo, com cenários coloridos, modelos detalhados e texturas interessantes na portátil da Nintendo. 2016 tem sido um ano com diversos jogos que mostram todo o poder gráfico da Nintendo 3DS, e Monster Hunter Generations é sem dúvida um desses jogos.

Monster Hunter Generations é até ao momento a experiência mais completa da franquia Monster Hunter. Com dezenas de monstros para caçar, missões e quests para explorar,  um excelente modo multiplayer, e dezenas de conteúdos extra gratuitos lançados todos os meses, Generations é sem dúvida um dos grandes jogos deste ano e uma óptima adição ao já vasto catálogo da Nintendo 3DS.

Pontos fortes:

  • Hunting Styles e Hunter Arts
  • Referências nostálgicas a títulos anteriores
  • Excelente modo multiplayer
  • DLC gratuito lançado mensalmente

Pontos fracos:

  • Início lento
  • Algumas mecânicas não são explícitas para iniciantes

Hardware usado pela MHD para esta análise:

  • New Nintendo 3DS

Gualter Santos


 


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