France Gall

Morreu a artista francesa France Gall

France Gall era um dos nomes mais famosos do yé-yé dos anos 1960. A cantora faleceu vítima de um cancro.

A cantora francesa France Gall morreu este domingo, aos 70 anos, vítima de cancro. Figura da canção francesa e emblema dos “anos ye-ye”, os anos 60, France Gall deixou músicas que marcaram diferentes gerações.

Oriunda de uma família de músicos, France Gall gravou o primeiro disco aos 15 anos e conheceu o sucesso aos 16 anos. Em 1965 venceu o festival Eurovisão da canção, pelo Luxemburgo, com a música “Poupée de cire, poupée de son”, escrita por Serge Gainsbourg.

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Em 1973, a sua carreira estava numa espécie de banho-maria quando conhece Michel Berger. O encontro vai mudar-lhe a vida. Berger escreve-lhe o tema “La Déclaration d’Amour”, que se torna um êxito em 1974. Casam-se em 1976, e até à morte prematura dele, em 1992, vítima de um ataque cardíaco, France não interpreta canções de mais ninguém. “Ça Balance Pas Mal à Paris” (1976), “Musique” (1977), “Débranche” (1984), “Babacar” (1987) e “Ella, Elle L’a” (1987) foram alguns dos sucessos. A dupla chegou ao seu pináculo em 1979, com a ópera rock “Starmania”, composta por Berger e Luc Plamondon, da qual saíram êxitos como “Il Jouait Du Piano Debout” (1980) e “Résiste” (1981).

Gall estava retirada dos palcos há 20 anos. Depois do marido, perdeu a filha em 1997, vítima de fibrose cística. E, entre os dois infortúnios, foi-lhe diagnosticado um cancro da mama. O seu oitavo e último álbum de estúdio levava o seu nome e foi lançado em 1996.

Embora afastada dos palcos, nunca abandonou as causas humanitárias a que se dedicava. Na hora da sua morte, o presidente francês, Emmanuel Macron, elogiou o que disse ser o “exemplo de uma vida dedicada aos outros, àqueles que amava e àqueles que ajudava”. Nos seus obituários publicados ontem nos jornais, do “Le Monde” ao “Guardian”, há uma ideia que prevalece: Paris perdeu mais um ícone.

Para o cantor Dan Inger dos Santos, France Gall é um “ícone da canção francesa” e deixou músicas que marcaram gerações.

“Há palavras que não gostaria de pronunciar nunca. France Gall foi ao paraíso branco após ter desafiado durante dois anos, com discrição e dignidade, a recaída de seu câncer”, afirmou em um comunicado Geneviève Salama.

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