Os três pastorinhos, versão 2.0.

 

Os três pastorinhos serão as estrelas de um ambicioso projeto português, que contará com a participação de alguns dos profissionais de Avatar, Maléfica e Harry Potter.

Foi há sete meses, durante uma visita ao Santuário, que Rui Pedro Oliveira – um empreendedor do Porto, de 41 anos – teve uma ideia original para assinalar a comemoração do centenário das aparições de Nossa Senhora de Fátima aos três pastorinhos, em 2017: um filme de animação totalmente digital, com avatares ou hologramas tridimensionais, em vez de atores.

“Pensei numa coisa moderna, que pudesse ser vista por crianças e adultos, e que fosse feita ao melhor estilo da Pixar [empresa de animação digital, pertencente à Disney, e autora de sucessos de bilheteira como Nemo ou Toy Story]”, explicou Rui Pedro. Decidido a levar o projeto adiante, falou com o vereador da câmara local, reuniu-se com o reitor do Santuário para obter o seu aval para o filme, aproveitou uma ida aos EUA para contatar profissionais de empresas de animação, procurou equipas e até já foi recebido no Vaticano.

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Das 30 pessoas já contratadas para este projeto, muitas puseram logo mãos à obra, como Marco di Lucca, Virginie Bourdin e Félix Balbas – os escultores digitais que fizeram parte da equipa criativa de “Avatar”, “Harry Potter” ou “Cinderela” – que já estão instalados em Portugal para trabalharem com Miguel Abreu, dono da Sketchpixel, empresa responsável pela produção cinematográfica do filme. Outro núcleo, coadjuvado pelo Instituto Politécnico de Tomar, tem a cargo a investigação histórica necessária para reconstituir os acontecimentos de há 100 anos junto a uma azinheira.

Quanto à banda sonora sabe-se que esta será elaborada por “um ilustre compositor e maestro português, cuja identidade ainda não pode ser divulgada por motivos contratuais”, com a participação da orquestra DIVAN (composta por palestinianos e judeus), sediada em Sevilha, e chefiada por um judeu argentino, amigo do Papa Francisco. Os primeiros bonecos/ avatares dos protagonistas Francisco, Jacinta e Lúcia também já estão desenhados, embora ainda possam vir a sofrer algumas aliterações até ganharem vida no ecrã.

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A ideia era que o filme fosse difundido em canal aberto e Rui Pedro – que já pensa no merchandising, nos DVD’s com extras e, quem sabe, em minisséries – gostava que fosse o Papa a dar ordem de difusão e que os lucros do filme revertessem a favor de algumas instituições de apoio a crianças.

Os três pastorinhos

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