Risen 3: Titan Lords (PS3) | Análise

 

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  • Editora: Koch Media
  • Produtora: Piranha Bytes
  • Plataformas:  PS3, PC, Xbox 360

Classificação  [starreviewmulti id=8 tpl=20 style=’oxygen_gif’ average_stars=’oxygen_gif’]

 

Risen 3 é, globalmente, um jogo de 20 a 22 horas de jogo e que a cada instante nos deixa a sensação que é uma boa e divertida aventura, mas também nos deixa com o pensamento que poderia ter sido melhor.

 

Começando pela parte gráfica, Risen 3 tem como cenário o mesmo arquipélago que serviu de palco em Risen 2. Com várias ilhas onde existe muito para explorar, devemos salientar o bom trabalho dos seus criadores em oferecer identidades distintas a cada ilha, proporcionando uma sensação de plenitude em vários aspetos, que passam por flora, fauna, ou até a própria economia usada em cada ilha, demonstrando detalhes interessantes de forma constante. No entanto, Risen 3 não apresenta gráficos de luxo, somos brindados com contornos fracos em algumas personagens e sombras, mas compensa com diversidade, principalmente se olharmos para os monstros que habitam cada ilha, com designs muito bem conseguidos.

 

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Ainda na parte gráfica, existe algum desequilíbrio, e se por um lado temos paisagens bonitas, noutros locais tal não acontece. O mesmo se passa com personagens onde podemos encontrar movimentos e expressões faciais de bom nível, e outros momentos em que tal não acontece. Todavia, de forma geral e onde tem grande peso o desempenho durante as batalhas, Risen 3 porta-se bem, sem nunca deslumbrar, mas também nunca sendo mau.

 

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No enredo o jogo perde-se um pouco em alguns momentos. Risen 3 é um daqueles casos em que parece que a história vai, a qualquer momento, dar um passo em frente, mas tal não acontece, e se por vezes temos bons diálogos, noutros momentos nada oferecem ao enredo. Também aqui fica a sensação que ficámos bastante perto de jogar algo épico, mas que na realidade não o é. A base está bem criada e é interessante, ao ponto de agarrar o jogador desde o primeiro momento, mas não consegue ser consistente por forma a oferecer uma boa experiência a cada instante.

 

 

Passando agora para a jogabilidade, Risen é competente, mas, uma vez mais não é muito bom. O primeiro problema será a inteligência artificial, pois ao fim de algumas horas percebemos que com uma estratégia adequada será fácil avançar neste jogo, pois a IA não tem grande capacidade de resposta. Nos nossos companheiros a IA responde melhor durante uma luta em terra, não sendo tão eficaz nos combates navais. Todavia, os nossos companheiros pecam por movimentos repetitivos durante as lutas contra monstros, contrastando com a muito agradável variedade de poderes que a nossa personagem principal irá alcançar. Regressando ao tema das batalhas navais, estas ajudam o jogo a tornar-se mais global, e apesar de não serem o topo do género nos videojogos, sabe sempre bem destruir um monstro do tamanho do nosso barco.

 

 

Sendo um RPG é muito importante mencionar o sistema de evolução. Risen 3 apresenta um sistema complexo e bastante grande, sendo indicado para os fãs do género. Quem não seja um jogador assíduo deste género poderá perder-se no início, sentindo que não está a usufruir de tudo o que o jogo oferece, mas é sempre bom ver que ao fim de algumas horas podemos definir a nossa evolução com coerência, resultando numa interessante variedade de poderes que iremos usar e num sistema de luta que facilmente dominamos.

 

Ainda no sistema de evolução devemos dizer que Risen 3 obriga-nos a tomar decisões e que tais escolhas irão influenciar as nossas possibilidades de evolução. Apesar de ser sempre bem vindo a possibilidade de vermos a nossa personagem crescer com os nossos atos e de sentirmos o peso de uma decisão, por vezes o resultado dessas escolhas (pontos para o personagem) não são coerentes, ficando um sentimento de frustração por não termos um retorno que faça sentido.

 

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Em termos sonoros o jogo apresenta-se ao nível das outras componentes. A banda sonora é interessante mas sem criar um ambiente épico e o trabalho de vozes vai do bom em alguns personagens e o mau noutras. Todavia, tal como em todos os outros aspetos do jogo, também aqui se nota uma boa evolução de Risen 2 para Risen 3.

 

risen 3

 

No geral, este é um jogo aceitável que consegue evoluir bastante em relação ao seu anterior. Infelizmente este é um jogo que poderia ser algo mais, pois tem a base para o conseguir. É equilibrado porque todos os aspetos estão ao mesmo nível, não existindo nada realmente mau, mas também não conseguimos ver algo que o coloque num nível mais alto. Risen 3 é um jogo para os fãs de RPGs e piratas e será muito bem vindo pelos fãs da saga. Com este grau de evolução, o futuro da série pode ser risonho, mas ainda falta um pouco para Risen escrever o seu nome nos grandes jogos do ano.

 

Pontos fortes:

  • Cenários diversificados
  • Pelo menos 20 horas de jogo e muitas mais para explorarem tudo
  • A base da história é interessante
  • sistema de luta e evolução

Pontos fracos:

  • Enredo perde-se em alguns momentos
  • Personagens secundárias
  • Trabalho de vozes desequilibrado, com momentos bons, mas outros maus

LP


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One thought on “Risen 3: Titan Lords (PS3) | Análise

  • É sério que este jogo foi lançado em 2014? Tem certeza que esse troço é para play3 e xbox 360? Acho que até o Legend of Dragoon do play 2 é melhor, putz, gráfico de playstation 2 e a jogabilidade uma bosta. Pior investimento que fiz em 2014. Tentarei vendê-lo enquanto ainda é tempo^^

    Tentaram imitar o Kingdom of amalur reckogning mais sem verba. (parece isso^^)

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