“The Musketeers” em analise | Parte I

 

Criada por Adrian Hodges para o canal BBC1, numa co-produção da BBC America com a BBC Worldwide, “The Musketeers” é uma abordagem fresca e contemporânea à obra icónica de Alexandre Dumas, protagonizada por Luke Pasqualino (D’Artagnan), Tom Burke (Athos), Santiago Cabrera (Aramis), Howard Charles (Porthos) e Peter Capaldi (Cardinal Richelieu), que, segundo o seu criador, pretende fazer regressar “os heróis à moda antiga dos romances de cavalaria” a um espectro televisivo repleto de anti-heróis.

Segue-se a questão óbvia: inspirado numa das obras literárias que mais adaptações conheceu, quer no cinema quer na televisão, que pode afinal “The Musketeers” trazer de novo?

The Musketeers 1

1. A atmosfera: Longe de ser uma adaptação literal da obra de Dumas, “The Musketeers” tem sobretudo a preocupação de captar a “essência” do clássico e fá-lo com toda a qualidade que seria de esperar de uma produção da BBC. O problema com grande parte das séries históricas é a capacidade de recriar o devido contexto envolvente da época. Em “The Musketeers” esse problema praticamente não existe, uma vez que a série foi gravada em vários locais europeus que, ajudados pelo excelente cenário montado, transportam-nos para Paris do século XVII. Além disso, as próprias roupas e adereços, fogem às caracterizações mais “teatrais” que normalmente acompanham este género de produções. Do mesmo modo, os efeitos visuais da série são poucos e estão bem aplicados, contribuindo para o maior realismo físico da série.

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2. As cenas de acção: Obviamente cruciais neste tipo de aventura, as lutas de espadas em “The Musketeers” são um verdadeiro gozo para os fãs deste género! Além de estarem muito bem coreografadas, são apresentadas com planos cuidadosamente detalhados que elevam esta produção a outro patamar. Ainda mais importante é o facto de, ao contrário do que acontece noutros romances de “capa e espada”, existir um sentimento de “relevância” e “consequência” associado a cada confronto que nos faz investir e preocupar-nos genuinamente com o destino dos personagens. O resultado? Excelentes cenas de acção, que combinam a dose certa de drama e diversão.

[continua…]

The Musketeers 2

Leia aqui a segunda parte

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