The Walking Dead T04 E06: “Live Bait” – em análise

O Governador está de volta! Ou não…

Depois de no final do episódio anterior termos visto de novo o Governador (David Morrissey), é nos mostrado o que lhe aconteceu após o seu breakdown que o levou a matar grande parte do seu grupo. Mas ele já não é aquele homem sem escrúpulos que está sempre pronto para matar tudo o que lhe aparecer à frente. Agora ele é um homem que perdeu o seu objectivo e já não sabe que caminho percorrer. Até que se cruza com uma família que de certa maneira o acolhe e lhe dá algo pelo qual lutar.

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Não dá para perceber bem onde é que eles querem levar a personagem com esta nova “vida”. Parece que lhe estão a dar tudo o que ele já teve e que o querem fazer voltar a ser aquele homem impiedoso. No final do episódio 5, nós vemos o Governador perto da prisão e isso passou logo a ideia de que ele se iria vingar ou fazer algo contra ela no episódio seguinte, o que não aconteceu. Mas sabemos que ele vai voltar à carga, apesar de já ter esquecido a razão da sua revolta. Ele agora é um homem querido que tem como prioridade proteger os que ama. Como é que ele vai passar disso para alguém que não se preocupa com o que a vingança poderá trazer? Há sempre a hipótese de estarmos errados…

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É interessante pensarmos que há duas personagens que perderam as suas filhas, mas que lidaram com a situação de maneira diferente. Sim, estamos a falar de Carol (Melissa McBride) e do Governador. Após a morte de Sophia, Carol ficou de certa forma apática, acabando por desaparecer um bocado. Na segunda metade da T2 e na T3 inteira pouco se ouvia falar da Carol. Tendo chegado a uma altura em que já nem sabíamos se estava viva ou morta. Mas agora voltou a ter um certo destaque, como uma mulher fria e que não olha a meios no que toca à sobrevivência. Já o Governador, após a morte da sua filha (zombie… ah não, walker, porque zombies é demasiado mainstream), primeiro fica louco e faz de tudo para vingar a morte da filha e depois é  que fica apático. Também é verdade que a Carol sempre se achou fraca e por isso, apesar de culpar Rick pela morte da sua filha, nunca tentou fazer nada, mas ambos passaram por fases bastante parecidas mas por ordem diferente. O mais interessante é que agora ambos tiveram a oportunidade de “substituir” o que lhes tinha sido tirado, mas lidaram com isso de maneira completamente diferente. Enquanto que Carol insistia com Lizzie para não lhe chamar de “mãe” e que é ela que se tem de se proteger a si mesma, o Governador, apesar de não o dizer, quer que a menina que o encontrou o veja como um pai e um protector. É interessante ver que a personagem que conseguiu “largar-se” da sua filha à mais tempo é aquela que continua presa a ela, ao contrário da outra que vivia obcecado com a filha e não era capaz de a “largar”.

 

Até agora foi o episódio mais fraquinho da temporada, mas dá uma direcção interessante ao rumo deste vilão. No mundo ideal, ele deixaria o grupo de Caesar após este ter feito alguma coisa que tenha posto em causa a segurança das suas meninas e se junte a Rick para tentarem deitar abaixo aquele grupo.

 

RM


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