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IT | 10 diferenças entre o livro e o filme

O primeiro e o segundo capítulo de “IT” são os destaques deste mês do Canal Hollywood, mas sabes o que os filmes têm em comum com o livro?

Embora ambos capítulos de “IT” sejam um bom resumo do livro de Stephen King, a verdade é que Andy Muschietti deixou de parte algumas cenas icónicas. Certo que é preciso ter em conta que a versão original de King foi escrita como sendo um só volume, no entanto falamos de mais de 1000 páginas, o que não facilita a tarefa.

Apontado por muitos como A obra do icónico escritor, “IT” narra a história de um grupo de amigos de Derry, no Maine, conhecidos como o Clube dos Falhados, que se vêm assombrados por um palhaço demoníaco. A ação decorre em duas linhas temporais, 1957-1958 e 1984-1985, que delimitam os filmes, mas não o livro. Entramos então na primeira grande diferença:

Contém spoilers!

AS LINHAS TEMPORAIS DE IT

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Jaeden Lieberher, Wyatt Oleff, Jeremy Ray Taylor, Sophia Lillis, Finn Wolfhard, Jack Dylan Grazer e Chosen Jacobs | © Warner Bros. Pictures

Como referimos, a história de “IT” está dividida entre duas épocas, retratadas, respetivamente, no primeiro e segundo filme. Contudo, de forma a aproximar o conteúdo das novas gerações, a década de 50 foi substituída pelo final dos anos 80, mais concretamente 1988 e 1989. E, a de 1984-1985, por 2016. Por isso, no primeiro filme, se prestares atenção, o cinema de Derry tem em cartaz “Batman” e “Arma Letal 2” – ambos estreados em 89.




NARRATIVA LINEAR

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Wyatt Oleff em “IT” | © Canal Hollywood

À semelhança da “atualização” das décadas para períodos mais próximos, também o próprio fio da narrativa foi alterado. Na sua obra, Stephen King oscila, ao longo de toda a história, entre o passado e o presente, exigindo uma atenção extra por parte do leitor. Um dos efeitos desta forma de narrativa, é que ficamos a saber os destinos das versões adultas do Clube dos Falhados, à medida que navegamos pela sua infância. O suicídio de Stanley Uris (Wyatt Oleff/Andy Bean) é um desses exemplos, uma vez que sabemos de antemão que ele não se chegará a reunir com os restantes membros 27 anos depois dos primeiros eventos.




MATURIN, A TARTARUGA

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© Canal Hollywood

Sim, leste bem, existe uma tartaruga em “IT.” Apesar de soar um pouco estranho, foi este réptil que salvou o dia. Maturin, a Tartaruga, desempenha um papel fulcral para o universo de King, no entanto, Andy Muschietti e Gary Dauberman (responsável pelo argumento) optaram por o tirar de cena. No livro, é Maturin que diz ao jovem Bill (Jaeden Martell/James McAvoy) como derrotar Pennywise, explicando-lhe o ritual de Chüd. Por sua vez, no filme há apenas uma breve referência às tartarugas nas águas dos esgotos, assim como um modelo LEGO no quarto de Georgie – irmão de Bill




GEORGIE

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© Canal Hollywood

Na adaptação, o corpo de Georgie nunca é encontrado. Apesar da cena de abertura de “IT” se manter fiel aos eventos imaginados por King, existem alguns detalhes que mudaram. A ausência de um corpo ou testemunhas, leva Bill a pensar que Georgie pode ainda estar vivo nos esgotos ou nos Barrens, tendo sido arrastado pela tempestade. Este pormenor contrasta com a versão de King onde Georgie não só é encontrado e recuperado, como o próprio assassinato é visto por um vizinho enquanto fazia jardinagem.




PATRICK HOCKSETTER

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Owen Teague | © Warner Bros. Pictures

Patrick Hocksetter protagoniza, para nós, uma das melhores cenas do livro de Stephen King. Infelizmente, a mesma não chegou a ver o grande ecrã. Nele, Patrick é apenas um dos amigos de Henry Bowers, que acaba por ser uma das vítimas de It. No entanto, no universo de King, o jovem é uma das personagens mais perturbadoras. Nas páginas de “IT”, Patrick é um psicopata que mata animais ao trancá-los num frigorífico abandonado no meio da lixeira, ficando a espera que estes morram. Ironia de King, é assim que também acaba por morrer, ao encontrar sanguessugas voadoras numa das vezes em que o abre, as quais o devoram, proporcionando um espetáculo de sangue. Posteriormente, Pennywise aparece e arrasta-o para os esgotos.




AS TRANSFORMAÇÕES DE IT

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© NOS Audiovisuais

Muito do que acontece em “IT” deve-se ao quanto acreditas. Pennywise só pode fazer mal se acreditares que ele existe, daí que se materialize sob a forma do teu pior medo. Contudo, uma vez que muitas das referências originalmente utilizadas por King não seriam (possivelmente) reconhecidas pelas novas gerações, Andy Muschietti e Gary Dauberman fizeram algumas alterações.

Por exemplo, em vez de ver uma múmia, inspirada na personagem do ator Boris Karloff, Ben (Jeremy Ray Taylor/Jay Ryan) vê uma monstruosa aparição de uma das vítimas da explosão da fábrica de Derry. Já Richie (Finn Wolfhard/Bill Hader) não é assombrado pelo lobisomem de “I Was A Teenage Werewolf” (1957), mas sim por um quarto repleto de objetos de palhaços, incluindo o próprio Pennywise. A única materialização do palhaço demoníaco mais fiel ao original é o leproso que persegue Eddie (Jack Dylan Grazer/James Ransone), e o incidente da Beverly (Sophia Lillis/Jessica Chastain) na casa de banho com as vozes.




O PASSADO DE MIKE

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Bev (Jessica Chastain) e Mike (Isaiah Mustafa) | © NOS Audiovisuais

De todos os membros do Clube dos Falhados, Mike (Chosen Jacobs/Isaiah Mustafa) foi aquele que sofreu mais alterações. Para começar, no livro os seus pais ainda estão vivos. A rivalidade entre o pai de Mike e o pai de Henry (Nicholas Hamilton/Teach Grant), Butch, é no entanto real nas duas versões, sendo esse o motivo do ódio irracional que Henry sente por Mike.

Por outro lado, a história do incêndio, também figura no livro e no filme, ainda que de diferentes formas. Nas palavras de King, o pai do Mike conta-lhe uma história de como ele escapou a um ataque de fogo posto por parte dos supremacistas quando era mais novo, durante o seu serviço militar. Já no filme, os seus pais morreram durante um incêndio.




O PAI DE HENRY

Jake Sim, Owen Teague, Nicholas Hamilton e Jaeden Martell | Photo by Brooke Palmer – © IT (2017)

Falando nos Bowers, existe outro detalhe que Andy Muschietti e Gary Dauberman acrescentaram. Existem várias diferenças na versão livro e na versão filme no que diz respeito a Henry. No entanto, uma das mais significantes é a alteração da dinâmica da relação entre pai e filho. Não só não vemos em cena os abusos de que Henry era vítima, como Butch Bowers não é apenas um louco racista, proprietário de uma quinta, como descrito na obra de King. No filme, ele é um dos membros do departamento da Polícia de Derry, que acaba por morrer às mãos do filho.




O RAPTO DE BEV

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Sophia Lillis como Beverly Marsh © 2016 Warner Bros. Entertainment Inc.

Esta cena não acontece no livro. Os Falhados são na mesma perseguidos por Henry no esgoto, mas Bev está entre eles, nunca chegando a ser raptada por Pennywise. Contudo, o rapto na adaptação serve para levar novamente o Clube aos esgotos, bem somo para dar um vislumbre sobre a verdadeira forma de It.




A DERROTA DE IT

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Bill Skarsgard como Pennywise | ©Warner Bros.

Digamos que fazer uma rodinha para enxovalhar Pennywise, o qual, à medida que os insultos, vai diminuindo até se tornar uma massa, fica muito aquém do que realmente se passou a 31 de maio de 1985. No livro, Bill aprende o Ritual do Chüd através de Maturin, a Tartaruga. Como tal, através do referido ritual, o poder psíquico do Clube dos Falhados ajuda a derrotar Pennywise, sendo Bill a romper pelas suas entranhas como se fosse um atacante de futebol americano. Porém, na adaptação, o resultado do grande confronto é um subproduto da força física e da vontade de fazer frente a It.

Já leste a obra de Stephen King? Que cenas gostavas de ter visto no grande ecrã?

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