Como ser um Super-Herói (parte 2)

 

6. BÓLIDE

bolide

Se no vosso inventário de super-poderes não estiverem a velocidade ou a capacidade de voar, uma das coisas mais importantes na vossa lista de necessidades é arranjar um veículo digno para o efeito. Para o bem do ambiente, até vos recomendavamos transportes públicos, mas o mais provável é que só chegassem ao local do crime no dia seguinte, o que se revelaria profundamente ineficiente. Sendo assim, e com o dinheiro que por esta altura já devem ter arrecadado do euromilhões, toca a desembolsar num bólide bonitinho e poderoso. Pode ser um carro, um avião, uma nave, um triciclo a motor… o que quiserem. Só tem de ser rápido… e estiloso – o Batman não era assim tão cool se chegasse num Fiat Uno cinzento com 30 anos, pois não?

 

 

 7. SIDEKICK

sidekick

Combater o mal nem sempre é uma tarefa fácil, pelo que saber que podemos ter alguém a lutar ao nosso lado pode, em algumas instâncias, não ser uma má ideia. Há, contudo, várias notas mentais que devemos tomar:

  • A sua fatiota deve ter cores completamente distintas da vossa – não vão querer ser confundidos com a personagem secundária, decerto;
  • Nunca deve ter poderes ou habilidades superiores às vossas – era embaraçador se fosse ele a ter de vos salvar de cada vez que houvesse sarilho;
  • Nunca deve ser mais bonito e/ou interessante do que vocês – não querem que vos fique com o interesse amoroso, certo?
  • Deve estar sempre preparado para as tarefas menos queridas ao herói – afinal, nem todos são ricos como o Batman para contratar uma legião de empregados para limpezas e tarefas menos nobres do que salvar gatinhos presos em árvores, e o bólide tem de estar um brinco…

 

 

8. INTERESSE AMOROSO

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Este elemento serve apenas para enaltecer a vossa vida sofrida, uma vez que não podem, em nenhuma instância juntar-se a ele ou contar-lhe o vosso segredinho, prevenindo assim um eventual ataque do vilão (outra peça essencial, já lá iremos!). Mas ei, há que manter a esperança, e talvez num futuro livre de maus da fita possam ter o vosso pôr-do-sol na praia – fazemos figas para que nenhum transeunte seja picado por um peixe-aranha e terem de entrar ao serviço.

 

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 9. VILÃO

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Como disse um dia Billy Crystall, e bem, “o tamanho do vilão determina o tamanho do herói; sem o Golias, o David seria só um parvalhão que atirava pedras”. Para a coisa não parecer demasiado ridícula, daquele tipo que podia ser resolvido pelo garoto do Sozinho em Casa, convém que o vilão seja inteligente e forte, e que os vossos encontros se cinjam à regra dos três simples (não, não tem nada que ver com a fórmula matemática, é só mesmo porque são três): 1º encontro – apresentação do vilão ao herói em roupas civis e sem ação física mas com ameaças; 2º encontro – primeira cena de ação onde o vilão sai vencedor; 3º encontro – segunda sessão de luta onde o vilão está prestes a triunfar de novo mas dá-se o twist final e o herói leva a bicicleta.

 

 

10. CÓDIGO MORAL & IDENTIDADE SECRETA

identidade

Se desejam ardentemente ser um super-herói, têm de estar preparados para os momentos difíceis. Apesar de nos sonhos mais distantes pensarmos que toda a gente nos vai achar a “última bolacha do pacote”, a verdade é que os super-heróis são, por norma, marginalizados. Portanto, toca a trabalhar numa moral de ferro e que não seja afetada por insultos de terceiros.

Outra questão importante neste ponto é a da identidade secreta. Se não querem que o vilão vos apareça à porta às 4 da manhã depois de ter descoberto onde vivem através do Google Maps, é melhor arranjarem um “disfarce diurno”. Uma coisa importante… no mundo real, tirar os óculos e fazer um caracol na poupa não nos torna irreconhecíveis – aprende qualquer coisinha, Clark Kent.

Por fim, uma motivação é sempre importante, e se querem ser um super-herói digno, ela será sempre lutar pelo bem maior. Se quiserem ser um super-herói mascarrado, podem usar a da vingança, mas eventualmente cedam ao bem maior. É sempre mais seguro.

 

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