Nier Automata (PS4) | Análise

Quem conhecer a série Nier sabe que estamos perante algo único. Mas ser diferente de tudo, não significa que seja bom. Vamos então tentar perceber o que torna Nier tão especial.

 

 

  • Editora: Square Enix
  • Produtora: Platinum Games
  • Plataformas: PS4

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Nier Automata é uma brutal e viciante mistura de acção com RPG, e agora que cheguei ao fim do jogo posso dizer que nunca vi nada igual. É realmente um jogo diferente de tudo o que já joguei.

 

 

Começando pelo enredo, estamos perante uma história que nos empurra para um futuro mesmo muito longínquo, e deixo o resto para vocês descobrirem. Numa fase inicial até se pode pensar, caso não se conheça a saga, que estamos perante um enredo simples em que robots controlados por nós tentam destruir as máquinas criadas por invasores extra terrestres. Mas é muito mais do que isso. Passado largos anos após o anterior jogo, não é necessário conhecermos a história do jogo anterior para jogar este Nier Automata. A história é confusa e complexa em grandes doses, e será necessário estarmos concentrados para perceber tudo o que o jogo nos pode oferecer nas entre linhas, principalmente nas missões secundárias. Após mais de 40 horas de jogo, a verdade é que ainda tenho algumas missões secundárias para fazer, e todas elas merecem ser feitas, por oferecem sempre uma visão mais alargada deste mundo, de como funciona e do que realmente se passou. É verdade que a cada minuto de história se cria uma nova pergunta na nossa mente, mas outras acabam por ter resposta, mesmo que no fim ainda fique muito por explicar.

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Outro brutal aspeto deste jogo é a sua banda sonora. Aliás, 2017 tem sido um grande ano nesta componente, com Horizon e Zelda, por exemplo, em grande nível, e também Nier está muito bem, com grande variedade, muita qualidade e capaz de se adaptar ao que vai acontecendo no ecrã.

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Na parte gráfica, é preciso dizer que este jogo está muito bem na PS4 Pro. Com um ritmo avassalador e sem quebras, facilmente nos perdemos a admirar o frenético ritmo deste jogo. O design está muito bom e as sequências de acção são brutais e diversificadas, tal como se esperava. Claro que com tal ritmo, a jogabilidade não poderia falhar, e não falha. O que temos aqui é uma jogabilidade única, capaz de responder como poucos jogos, de forma inteligente e intuitiva. Numa fase inicial as possibilidades nas batalhas podem parecer estranhas, mas rapidamente se entranham, principalmente porque encaixam muito bem no que este mundo permite. A isto junta-se a possibilidade de programarmos comportamentos da nossa personagem para que certas acções sejam feitas durante a batalha, dando a possibilidade de nos focarmos no essencial durante a batalha, onde tudo é muito rápido.

Pelo meio há muito para evoluir e coleccionar, e quando morremos temos de voltar ao local da nossa morte para recuperar a experiência que se perdeu, aumentando assim o desafio.

Nier Automata é um jogo estranho com algumas ideias de génio pelo meio. Demorei bastante a sentir qualquer tipo de ligação com a personagem que controlava e por vezes percebia que o enredo não me estava a contar tudo, obrigando-me a um esforço adicional para tentar perceber tudo o que acontecia, procurando respostas que originavam novas perguntas. No entanto o melhor está mesmo na parte final, com os vários finais possíveis e que elevam a qualidade do jogo e também do enredo.

Este é um jogo que facilmente se recomenda, mas é preciso jogar de espírito aberto. É um jogo com uma filosofia e uma visão única, e que obviamente não agradará a todos, mas é uma experiência que vale a pena. No fim deste ano, talvez não esteja entre os melhores do ano, mas é de certeza um dos mais memoráveis.

 

 

HARDWARE USADO PELA MHD PARA TESTES DE JOGOS

PS4:

  • PlayStation 4 Glacier White
  • DualShock 4 White
  • Razer Leviathan Sound System

PC:

  • Headphones Razer Carcharias
  • Keyboard Razer Epic Chroma
  • Mouse Razer Naga Epic Chroma

 

Luís Pinto


 

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