Estas 7 perguntas são muito mal recebidas pelo ChatGPT
A inteligência artificial transformou-se num dos instrumentos mais utilizados do mundo digital. Escreve textos, resume relatórios, sugere ideias e até responde a perguntas complexas em segundos. No entanto, o fascínio pelo poder do ChatGPT pode fazer esquecer um detalhe crucial: esta ferramenta não pensa, apenas prevê o que deve dizer a seguir com base em padrões linguísticos. E é precisamente aí que começam os riscos.
A IA da OpenAI é capaz de soar confiante mesmo quando está errada. Pode inventar dados, distorcer factos ou apresentar respostas com um ar profissional que, na prática, são incorretas. Em áreas sensíveis, um erro destes não é apenas uma curiosidade, pode ter consequências reais. Saber o que nunca se deve perguntar ao ChatGPT é, por isso, essencial para usar esta tecnologia de forma segura e responsável.
Nem todas as respostas do ChatGPT devem ser seguidas

Entre os erros mais comuns está o de tentar obter diagnósticos de saúde. Muitos utilizadores descrevem sintomas e esperam que a IA indique o que se passa. O problema é que o ChatGPT não tem formação médica, não faz exames e não distingue entre uma simples constipação e algo grave. A única coisa que realmente pode fazer é ajudar a preparar perguntas para um médico, mas nunca substituir a consulta profissional.
Também é perigoso recorrer à inteligência artificial para lidar com problemas de saúde mental. Embora o ChatGPT consiga sugerir exercícios de respiração ou frases de apoio, falta-lhe empatia, contexto emocional e a capacidade de reconhecer sinais de risco. Conversar com uma máquina pode dar a ilusão de companhia, mas em momentos críticos, o apoio humano é insubstituível.
É um risco em maioria das situações

Outro erro recorrente é usar o ChatGPT para tomar decisões financeiras ou fiscais. O chatbot não conhece o rendimento, as dívidas nem o perfil de investimento de cada pessoa. Além disso, pode basear-se em dados desatualizados, o que conduz facilmente a más escolhas. Questões de impostos, investimentos e planeamento financeiro exigem sempre a análise de um profissional qualificado.
A privacidade é outro ponto crítico. Colocar informações pessoais, contratos, dados bancários ou documentos confidenciais no ChatGPT é um risco real. Tudo o que é introduzido na caixa de texto pode ser armazenado em servidores externos e, potencialmente, utilizado para treinar futuros modelos. Quando a informação é sensível, o princípio deve ser simples: se não se colocaria num fórum público, também não se deve colocar num chatbot.
Muitos utilizadores recorrem ainda à IA para obter ajuda em trabalhos escolares. Embora o ChatGPT possa explicar conceitos, usá-lo para escrever textos completos é considerado fraude académica. As instituições estão cada vez mais equipadas para detetar conteúdos gerados por IA, e as penalizações podem ser graves. A ferramenta deve servir para aprender, não para copiar.
Outro risco prende-se com decisões legais. Redigir um contrato, um testamento ou qualquer documento oficial com base em texto gerado pelo ChatGPT pode invalidar por completo o conteúdo. Pequenas omissões ou erros de formulação são suficientes para anular um documento. Neste caso, o chatbot pode ajudar a compreender termos jurídicos, mas nunca substituir o trabalho de um advogado.
Não substitui um ser humano

Por fim, confiar na IA para criar arte e apresentá-la como própria levanta um debate ético cada vez mais intenso. O ChatGPT pode inspirar ideias, mas não sente nem interpreta o mundo como um ser humano. O resultado pode ser tecnicamente correto, mas vazio de autenticidade.
O ChatGPT é, sem dúvida, uma das ferramentas mais poderosas do nosso tempo. Mas o seu verdadeiro valor depende da forma como é utilizado. Saber quando não usá-lo é tão importante como dominar as suas capacidades. A inteligência artificial pode ser uma excelente aliada, desde que não se espere dela aquilo que só um humano pode oferecer.


