Este filme de Sacha Baron Cohen deixa Charlize Theron no hospital de tanto rir
Quantos filmes podem gabar-se de ter enviado uma estrela de Hollywood como Charlize Theron diretamente para o hospital?
Charlize Theron, atriz premiada com um Óscar e dona de uma carreira inegavelmente repleta de papéis exigentes, não é alheia a desafios. Desde transformações físicas radicais até cenas de ação arriscadas, já enfrentou quase tudo. Mas há um episódio peculiar na sua biografia que poucos antecipariam: uma ida às urgências… por causa de uma sessão de cinema. Sim, leste bem. E não, não foi um thriller de terror que a assustou até à paralisia. Foi uma comédia.
Borat enviou Charlize Theron para o hospital (e ela nem viu o final)
Em 2006, Charlize Theron decidiu dar um tempo aos dramas intensos e juntou-se a amigos para ver “Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan“, a sátira polémica de Sacha Baron Cohen. Assim, o que parecia uma noite descontraída transformou-se num episódio digno de um relatório médico. A meio do filme, as gargalhadas tornaram-se tão violentas que o pescoço da atriz travou. Literalmente. “Ri-me tanto que o pescoço bloqueou, e uma ambulância teve de levar-me para o hospital”, confessou ao apresentador Seth Meyers. Cinco dias internada e um filme por terminar — eis o saldo de uma noite que devia ser de diversão.
Mas por que razão um excesso de riso causou tanto estrago? Assim, a resposta está num passado recente que Charlize Theron tentava esquecer. Um ano antes, durante as filmagens do fracassado “Æon Flux” (2005), um acidente durante uma cena de ação deixou-a a milímetros de uma paralisia total. A recuperação foi longa, mas a atriz julgava-se curada… até que o corpo decidiu lembrá-la de que algumas cicatrizes são mais teimosas do que outras. Assim, o riso descontrolado em “Borat” reativou a lesão cervical, transformando uma comédia num thriller pessoal.
Ironia das ironias: “Borat” tornou-se um fenómeno cultural em 2006, arrecadando 250 milhões de dólares e rendendo a Cohen um Globo de Ouro. Charlize Theron, porém, nunca descobriu como termina a história do jornalista. “Nunca acabei o filme”, admitiu. E quem a censuraria? Entre frases icónicas como “Very nice!” e cenas absurdas, cada piada podia ser um gatilho para o pescoço da atriz.
O acidente que quase paralisou uma estrela
Antes de “Borat”, houve “Æon Flux” — um filme que Charlize Theron descreve como “um fracasso” desde o primeiro dia de filmagens. A adaptação do desenho animado homónimo foi um desastre crítico e financeiro, mas o pior aconteceu nos bastidores. Durante uma cena de ação, um erro técnico fez com que Theron caísse de modo a comprimir a coluna cervical. O estúdio suspendeu as filmagens por quase um mês, enquanto a atriz se recuperava de uma lesão que, segundo médicos, quase a deixou paralítica.
Anos depois, o pescoço de Charlize Theron parecia ter virado página. Até que o humor inegavelmente subversivo de Cohen entrou em cena. A combinação de gargalhadas intensas e movimentos bruscos durante a sessão de cinema reabriu feridas — físicas e emocionais. Para uma mulher habituada a controlar cada detalhe da sua imagem pública, a vulnerabilidade de ser levada de ambulância após uma comédia deve ter sido… humilhante? Irónica? Trágica? Só Theron saberá dizer.
E assim, “Æon Flux” — enterrado como um dos piores filmes da década — ganhou um legado indireto através de “Borat”. Se o primeiro quase a incapacitou, o segundo provou que inegavelmente até os momentos mais leves podem esconder perigos. A atriz, é claro, seguiu em frente, mas o episódio permanece como uma curiosidade macabra na sua carreira: quantos podem dizer que uma comédia lhes hospitalizou?
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