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Stephen King revela a pior adaptação para cinema dos seus livros

Stephen King já viu muitas adaptações das suas obras ao cinema, mas há uma em particular que considera absolutamente desinspirada

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Stephen King é, sem dúvida, um dos escritores mais adaptados do universo cinematográfico. Com dezenas de obras levadas ao grande ecrã, o mestre do terror já viu os seus livros ganharem vida de formas muito distintas — umas mais bem-sucedidas que outras. No entanto, entre tantas versões, há uma que King nunca perdoou: “Firestarter”, de 1984.

Realizado por Mark L. Lester e protagonizado por uma jovem Drew Barrymore, “Firestarter” acompanha a história de uma menina com poderes pirocinéticos, perseguida por uma agência governamental secreta. À partida, o argumento parece seguir de perto o enredo do romance publicado em 1980. No entanto, e apesar dessa fidelidade aparente, o autor revelou-se profundamente desiludido com o resultado final.

“Uma das piores…”, diz Stephen King

stephen king no programa Eli Roth's History of Horror
Stephen King (Eli Roth’s History of Horror / Killer Creatures) © Asylum Entertainment

De forma clara e sem rodeios, King descreveu o filme como “uma das piores adaptações” da sua carreira literária, chegando mesmo a compará-lo a “puré de batata de cantina” — insosso, sem graça, sem alma. O problema, segundo o escritor, não estava apenas na qualidade das interpretações ou do guião, mas na total ausência de estilo, emoção e impacto.

Importa ainda recordar que “Firestarter” não foi a única obra adaptada com a qual King se mostrou descontente. O autor já teceu duras críticas a “The Shining”, de Stanley Kubrick — curiosamente, um filme que hoje é considerado uma obra-prima do terror. Porém, na sua opinião, mesmo com as suas falhas, “The Shining” ainda conseguiu manter uma certa força visual e narrativa que, segundo ele, “Firestarter” nunca alcançou.

Assim, torna-se evidente que, para Stephen King, uma boa adaptação não depende apenas da fidelidade ao texto. É essencial, acima de tudo, captar a essência, a atmosfera e o espírito da obra original. Isto é algo que, na sua visão, “Firestarter” falhou redondamente em fazer.

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