Já são conhecidos os primeiros resultados da Digi em Portugal
Já são conhecidos os primeiros resultados da Digi em Portugal. Se o serviço móvel está em velocidade de cruzeiro, o fixo teima em não arrancar.
A Digi Portugal encerrou o seu primeiro trimestre completo de operação no país com sinais mistos: um forte crescimento no serviço móvel, mas dificuldades em descolar no segmento fixo. Segundo o relatório trimestral da casa-mãe Digi Communications, apresentado esta quinta-feira, a operadora contabilizava, no final de março de 2025, um total de 389 mil clientes móveis e 137 mil clientes fixos.
Desde 31 de dezembro de 2024, a Digi registou um crescimento líquido de 68 mil clientes móveis, o que representa uma subida de 21,18%, enquanto o número de clientes fixos aumentou apenas 10 mil, uma progressão de 7,87%. Estes números evidenciam uma forte procura pelos serviços móveis da operadora, contrastando com a dificuldade em captar utilizadores para os pacotes de internet fixa.
A análise torna-se ainda mais relevante quando se compara com os dados herdados da aquisição da Nowo, em agosto de 2024. Nessa altura, a Nowo contava com cerca de 270 mil clientes móveis. Desde então, a Digi conseguiu um aumento líquido de 119 mil utilizadores móveis, mesmo com uma cobertura de rede inferior à dos principais operadores incumbentes.
Digi (ainda) com saldo negativo
Já no serviço fixo, a evolução tem sido mais lenta. A operadora reporta agora 137 mil clientes fixos, apenas mais 7 mil do que os 130 mil que a Nowo detinha aquando da aquisição. Este crescimento modesto é explicado pela perda de clientes durante o período de transição até ao lançamento oficial da marca Digi em Portugal.
Do ponto de vista financeiro, a Digi Portugal gerou 17,7 milhões de euros em receitas no primeiro trimestre de 2025. No entanto, os custos operacionais ascenderam a 26,4 milhões de euros, o que demonstra que a operação ainda não atingiu o ponto de equilíbrio.
Durante a apresentação dos resultados, o CEO da Digi Communications, Serghei Bulgac, sublinhou que “tudo o que temos em Portugal é um trabalho em curso”, apelando à paciência dos clientes. Segundo o gestor, para alcançar a sustentabilidade financeira, será necessário duplicar a base de clientes móveis e fixos.
Apesar da aposta forte no mercado português, a Digi não prevê recorrer a operações de fusões e aquisições em 2025. “Não esperamos M&A em Portugal este ano”, garantiu Bulgac, durante uma conferência via Zoom.
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