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The Studio, a Crítica | Seth Rogen criou a série perfeita para os fãs de cinema

A nova série da Apple Tv+ “The Studio”, de Seth Rogen, tem sido amplamente elogiada pela crítica, contando com 93% o Rotten Tomatoes.

“The Studio” estreou na Apple Tv+ a 23 de março. Sendo que foi lançado um episódio por semana, todas as quartas, a série terminou esta semana, a 21 de maio. A série foi criada pelo ator de comédias Seth Rogen, que também interpreta o protagonista da história.

Assim, é uma série de comédia, que conta com dez episódios de trinta minutos. Em cada episódio satiriza e crítica um aspeto relacionado com o universo do cinema.

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Nesse sentido, acompanha o fictício “Continental Studio”, a partir do momento em que a personagem de Seth Rogen se torna o diretor do estúdio. A personagem é, então, um grande cinéfilo, que vive para aquele estúdio. No entanto é, também, um grande despassarado, que comete erros constantemente.

Além de Seth Rogen, a série conta com Chase Sui Wonders, Ike Barinholtz, Kathryn Hahn, Catherine O’Hara e Bryan Cranston no elenco principal. Para tornar tudo mais realista e engraçado, todos os episódios há um número de cameos, para dar mais dinâmica à história. Martin Scorsese, Zoe Kravitz, Ron Howard e Dave Franco são apenas alguns dos convidados de “The Studio”.

Uma abertura em grande para The Studio

The Studio com Seth Rogen
© Lionsgate Television

Esta é uma série de nicho, ideal para os grandes fãs de cinema, que estão por dentro dos problemas, desafios e atualidade da indústria. Tem um humor muito característico, sarcástico e satírico que nos deixa a refletir sobre um universo que tanto adoramos mas que, claramente, tem os seus problemas.

Assim, a série tem uma continuidade mas, cada episódio foca-se num tema específico e há episódios que se destacam. O primeiro, “The Promotion”, é quando conhecemos o elenco e as personagens, tal como a sua personalidade.

Conhecemos a caótica personagem principal e a forma como consegue atrair problemas. É, então, uma crítica aos blockbusters de hoje em dia, em confronto com um cinema mais sério. Nesse sentido, o episódio utiliza Martin Scorsese como essa divisão entre filmes que geram muito dinheiro e narrativas mais cuidadas.

O segundo episódio é o favorito da audiência. Filmado num só take, é meia hora de puro caos, em que Matt (Seth Rogen) vai visitar as filmagens de um filme. Enquanto brinca com o mudo do cinema, apresenta-nos um visual incrível, com aquele efeito de película e cenas gravadas num carro, que são muito tarantinescas.

Não há dois sem três e o terceiro episódio é hilariante por tocar num tema muito atual, os épicos com mais de três horas, por vezes pretensiosos e self-centered.


Mais episódios em destaque

The Studio com Seth Rogen

Do terceiro episódio saltamos para o sexto. Este episódio de “The Studio” leva a análise da importância da medicina VS o entretenimento ao limite. É um completo exagero da realidade, não deixando de ter os seus pontos verdadeiros e estereótipos realistas.

No oitavo episódio entramos nos bastidores dos Golden Globes, com um elevado número de cameos hilariantes. Este episódio é a epítome da carência de Matt e da necessidade de aprovação que tem, para além de brincar com a competição em Hollywood e a falta de seriedade destas premiações.

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Por fim, destacamos, ainda, o último episódio da temporada. Uma excelente conclusão para uma série que já foi renovada para a segunda temporada. Este décimo episódio é quando Matt percebe o que é mais importante para si. Além disso, Dave Franco e Zoe Kravitz estão incríveis como convidados do episódio.


O metacinema em The Studio

Depois da série “The Franchise” ser cancelada na Max, por não ter recebido as audiências esperadas, “The Studio” vem mostrar como se faz uma série sobre cinema. E que ainda consegue fazer humor com as suas fragilidades.

O ponto que torna esta série tão boa, é o facto de aparentar ter uma total liberdade criativa, algo difícil nos dias de hoje. The Studio consegue consegue colocar atores e realizadores a gozar com si próprios. É uma série da Apple Tv+ que tem a liberdade de brincar com outros streamings, como a Netflix, e ainda conseguir que o CEO Ted Sarandos entre na brincadeira.

Mesmo sendo uma série de humor, a qualidade de produção é extraordinária. A cinematografia é cuidada, visualmente bonita e, apesar de não ser filmada em película, mas sim em digital, consegue imitar o tom e textura da película. “The Studio” é, ao mesmo tempo, uma sátira e uma carta de amor ao cinema.

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