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Nem ler nem xadrez, este passatempo surpreendente vai salvar a tua mente

Nem todos os passatempos são iguais e alguns escondem segredos poderosos para ajudar a exercitar teu cérebro.

Talvez seja a jardinagem, talvez seja o tricô. Talvez seja apenas o sudoku da revista do quiosque. No entanto, o que têm todos estes passatempos em comum? O potencial oculto de moldar, preservar e até fortalecer a nossa mente. A busca pelo passatempo ideal tornou-se mais do que um luxo ou lazer — passou a ser um investimento sério na nossa saúde cognitiva. E não, ler ou xadrez não são as únicas cartas deste baralho.

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O passatempo que os especialistas recomendam

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Numa altura em que a saúde mental e a longevidade cognitiva estão cada vez mais no centro das atenções, uma descoberta chamou a atenção: investigadores destacam os passatempos que estimulam o cérebro não apenas pelo conhecimento ou destreza que envolvem, mas pelo desafio e envolvimento mental que promovem. E entre eles, um destaca-se: a genealogia. Sim, investigar as tuas raízes familiares é eficaz para o teu cérebro.

De acordo com a Earth, os passatempos que envolvem organização, pesquisa e resolução de problemas têm um impacto cognitivo mais profundo do que atividades rotineiras ou puramente recreativas. A genealogia, de acordo com a British Psychological Society, obriga-nos a conectar informações, lidar com dados, usar plataformas tecnológicas e manter um raciocínio crítico constante. Este passatempo requer habilidades que estimulam intensamente o cérebro.

Não é apenas o conteúdo da atividade que importa, mas sim o seu formato. Como explica o National Institute on Aging, atividades desafiantes que requerem aprendizagem progressiva e envolvimento regular estão associadas a um melhor desempenho cognitivo ao longo do tempo.

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Treinar o cérebro com jogos? Nem sempre resulta

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Apps de “brain training”, jogos de memória e programas digitais prometem mundos e fundos. Mas a ciência, por vezes, prefere a moderação à promessa impossível. Um artigo da Harvard Health afirma que os ganhos de habilidade observados em jogos de treino cerebral muitas vezes não se traduzem em melhoria generalizada da memória ou função cognitiva no mundo real. Passatempos como estes muitas vezes falham na aplicação prática das habilidades adquiridas.

A diferença está na transferência de competências. Um jogo pode ensinar-nos a reconhecer padrões num ecrã, mas isso não significa que seremos mais rápidos a lembrar-nos o que fomos buscar ao supermercado. Como resume um artigo da Medical News Today, as atividades que têm impacto duradouro no cérebro são aquelas que desafiam a mente de forma variada e crescente, como aprender um novo idioma, tocar um instrumento ou resolver problemas complexos.

Mesmo assim, isso não significa que jogos são um desperdício. São, antes, uma peça do puzzle. Crucial é que o desafio seja adaptado e que haja progressão – ou seja, que a mente esteja sempre a ser chamada a sair da sua zona de conforto.

O que realmente funciona

puzzle dificil
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Ao contrário do que se pensa, a passividade é inimiga do cérebro. Atividades como ver televisão por longos períodos estão associadas ao declínio cognitivo. O foco deve estar em passatempos com envolvimento ativo, mesmo que sejam realizados sentados. Segundo a Health, passatempos sedentários mas mentalmente ativos, como artesanato ou quebra-cabeças, apresentam melhor desempenho cognitivo em adultos mais velhos.

Entre os favoritos da comunidade científica estão: tocar instrumentos, aprender uma nova língua, escrever memórias ou histórias familiares, jogos como Scrabble ou Sudoku e, claro, a já mencionada genealogia. Todos eles envolvem múltiplas áreas do cérebro e forçam o usuário a sair da rotina.

A interação social também é uma chave que não deve ser ignorada. Atividades em grupo, clubes de debate, aulas presenciais ou mesmo telefonemas frequentes com familiares são tão importantes como os desafios lógicos. Afinal, a mente também se nutre de empatia, humor e surpresa humana. Assim, passatempos que envolvem socialização podem ter efeitos adicionais positivos.

Qual é o teu passatempo favorito? E achas que ele está a treinar a tua mente ou apenas a distraí-la? Partilha connosco nos comentários!



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