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Qual foi o grau de dificuldade do Exame Nacional de Matemática deste ano?

Mais fácil ou difícil que os exames de Matemática A dos anos passados? Descubra a opinião de alunos e de especialistas.

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O Exame Nacional de Matemática A do 12.º ano foi realizado em Portugal no passado dia 30 de junho. Esta prova é, todos os anos, uma das mais determinantes para os alunos do Ensino Secundário, principalmente devido ao seu forte peso nas candidaturas ao Ensino Superior.

Em 2025, o exame voltou a gerar debate. A prova provocou reações distintas entre estudantes, professores e especialistas da área.

O que acharam os alunos da dificuldade do Exame de Matemática?

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Segundo uma reportagem da RTP, muitos alunos consideraram o exame mais difícil do que estavam à espera. À saída das escolas, vários estudantes descreveram a prova como trabalhosa e exigente. Houve também dúvidas na escolha das perguntas opcionais, o que gerou ainda mais tensão num dia já marcado pela ansiedade associada ao acesso ao Ensino Superior. O ambiente vivido nas escolas foi de grande pressão emocional. Muitos alunos mostraram sinais de cansaço e já assumiam irem à 2ª fase do exame.

Qual é a opinião dos especialistas sobre a dificuldade do Exame?

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Por outro lado, a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) apresenta uma leitura algo diferente. Para esta entidade, e também para vários professores ouvidos, a prova de 2025 foi mais fácil do que a do ano passado, ainda que adequada ao que é esperado. Segundo a SPM, as perguntas obrigatórias eram acessíveis e os itens mais complexos estavam entre os opcionais, o que reduzia a exigência real da prova.

A principal crítica da SPM, porém, não se dirigiu tanto ao conteúdo da prova, mas sim ao modelo de correção adotado desde 2020. A estrutura atual permite responder a dezoito questões, sendo doze obrigatórias e seis opcionais. No final, só contam as três melhores respostas entre as opcionais, e as piores não contam. A SPM considera que este modelo promove uma “inflação artificial dos resultados” e dificulta a distinção entre alunos com desempenhos realmente diferentes. Isso compromete a seriação justa no acesso ao Ensino Superior.

A sociedade também apontou falhas pedagógicas na construção da prova. Criticou o uso ambíguo da expressão “sem calculadora” em certas questões, o que poderia induzir alunos em erro sobre o uso de calculadora nas restantes questões (não sendo permitido).

Assim, o Exame Nacional de Matemática A de 2025 gerou perceções contraditórias. Enquanto muitos alunos o acharam cansativo e longo, os especialistas consideraram-no acessível e até mais fácil do que o exame de 2024. No centro da controvérsia está o modelo de correção, cuja manutenção continua a levantar sérias dúvidas sobre a justiça e rigor do processo avaliativo.

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O que achaste da dificuldade deste exame este ano?



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