Sou Potterhead e esta mudança vai definir a nova era de Harry Potter na Max
Nem todas as grandes mudanças no mundo de Harry Potter acontecem com magia, às vezes, começam com o assobio de uma velha locomotiva.
Quando J.K. Rowling criou o Expresso de Hogwarts para Harry Potter, inspirou-se nas majestosas máquinas a vapor que, durante décadas, cortaram os campos verdes da Grã-Bretanha. Mas se há algo que a magia do cinema nos ensinou, é que até os objetos inanimados ganham alma quando lhes é dada uma boa história. E esta tem tudo para ser memorável.
Wightwick Hall vai ser o novo Hogwarts Express
Pois é, caros muggles. A 6989 Wightwick Hall, uma locomotiva GWR Hall conservada no Buckinghamshire Railway Centre, foi escolhida para substituir a famosa Olton Hall (que protagonizou os filmes originais) na nova série de Harry Potter da HBO. A máquina, construída em 1948, vai assumir o papel da 5972 Hogwarts Castle, a puxar o Expresso Escolar na tão aguardada adaptação televisiva.
A escolha não é inocente. A Wightwick Hall é, tal como a sua antecessora, uma “Hall Class” — modelo que a produção sempre quis associar a Hogwarts pela sua elegância vintage. E, convenhamos, há algo de poeticamente britânico em ver uma relíquia real a ser eternizada na ficção enquanto celebra o legado de Harry Potter.
Mas não penses que a Wightwick Hall é uma estreante. Esta velha senhora já apareceu em documentários e eventos históricos, mas nada se compara ao brilho (e ao orçamento) de uma produção potteriana. Resta saber se os fãs vão notar a diferença.
Porque é que esta escolha faz perfeito sentido
Há quem diga que, em Hollywood, nada acontece por acidente. E, neste caso, a afirmação é particularmente certeira. A Olton Hall já não está em condições de voltar aos trilhos (pelo menos, não sem uma intervenção cara), e a Wightwick Hall é uma das poucas “Hall Class” ainda operacionais. Além disso, a sua restauração impecável faz dela a candidata perfeita para um set de filmagens onde os detalhes contam como o de Harry Potter.
Mas há outro fator: nostalgia. A nova série quer recriar o visual dos filmes originais, e a silhueta da Wightwick Hall é quase idêntica à da sua “irmã” cinematográfica. Para os puristas, é um aceno de respeito; para os produtores, é uma garantia de que ninguém vai reclamar no Twitter.
E, falando em puristas, é engraçado notar como a cultura ferroviária e a cultura Harry Potter se entrelaçam. Ambas têm fãs obcecados por detalhes, debates intermináveis sobre cânone, e uma paixão por preservar o passado. Se a Wightwick Hall conseguir cativar tanto os entusiastas de comboios quanto os potterheads, então a HBO acertou em cheio.
O futuro de Harry Potter
Se há algo que esta notícia prova, é que o legado de Harry Potter está longe de terminar. A série pode até alterar partes do história, mas alguns ícones — como o Expresso de Hogwarts — são intocáveis. E, ao optar por uma locomotiva real em vez de CGI puro, os produtores estão a enviar uma mensagem clara: a magia começa no mundo real.
Para o Buckinghamshire Railway Centre, esta é uma vitória. Exposições estáticas são bonitas, mas nada atrai visitantes como a fama de Hollywood. E, convenhamos, há um certo charme em saber que uma peça de história industrial vai ganhar vida nova numa fantasia no mundo de Harry Potter.
O que é que acham desta escolha? Deixem a opinião nos comentários.