Morgan Spector reage ao episódio mais surpreendente de Gilded Age
The Gilded Age sempre foi sobre aparência. Mas nem mesmo os salões dourados conseguem esconder o som do estrondo do novo episódio.
Na era dos grandes industriais e da alta sociedade americana, tudo parecia possível, menos um atentado à queima-roupa na sala de estar de George Russell. The Gilded Age, a série da HBO, conhecida pelo seu requinte estético e conflitos de etiqueta, decidiu mudar de tom no penúltimo episódio da terceira temporada. E Morgan Spector, o ator por detrás do poderoso magnata, diz-se entusiasmado.
Um tiro que abalou os alicerces
No sétimo episódio da terceira temporada de The Gilded Age, a trama fez o impensável. Tudo começou com uma entrega comum, ou assim pensávamos. “Tenho uma entrega para o Sr. George Russell”, disse um mensageiro anónimo ao entrar em cena. Mas em vez de um telegrama ou convite social, o que saiu do casaco foi uma arma. Disparou sobre o fiel mordomo Jones e, logo a seguir, contra o próprio George. Sim, foi mesmo isso.
Logo, Morgan Spector, em declarações ao TVLine, disse-se “entusiasmado” com o momento: “Isso aconteceu”, afirmou, referindo-se à veracidade histórica de ataques a figuras poderosas no século XIX. O ator menciona o assassinato de Jim Fisk em 1872 como inspiração plausível, um barão do dinheiro que, tal como George, acumulou aliados e inimigos em igual medida.
Mesmo assim, Spector admite que este tipo de acontecimento “não parecia algo que aconteceria em The Gilded Age”. O mesmo poderia ter sido dito sobre o choque da semana anterior: o acidente de carroça que matou inesperadamente John Adams. Mas segundo o ator, estas surpresas são essenciais: “Fico entusiasmado sempre que podemos expandir este mundo”. Assim, para ele, a série está a adicionar novas cores à sua paleta narrativa e balas, pelos vistos, também contam.
Um episódio cheio de despedidas
Mas a tentativa de assassinato de George não foi o único choque neste episódio de Gilded Age. A despedida de John Adams, embora mais trágica e poética, revelou um gesto profundamente íntimo: deixou uma casa e uma herança a Oscar como símbolo do seu amor. Em luto, Oscar quase revelou tudo a Agnes e Ada, o que teria sido um escândalo para a época e uma libertação pessoal poderosa. A tensão entre o segredo e a verdade foi palpável.
Noutra frente, as damas da alta sociedade nova-iorquina mostraram que também sabem disparar – socialmente. Assim, lideradas por Mrs. Astor, decidiram banir Ward McAllister depois da publicação de um livro revelador sobre os bastidores das suas vidas. Pouco importaram os pseudónimos usados: o veneno já estava nas páginas. Foi uma execução social em plena luz do dia.
E, claro, há sempre lugar para intrigas dentro da mansão Russell. A equipa de empregados, liderada com discrição e eficácia, desmascarou Miss Andre, a espiã infiltrada, com uma armadilha digna de Agatha Christie.
O final de Gilded Age
A temporada aproxima-se do fim com todos os elementos de um clímax digno de um romance de Edith Wharton temperado com thriller político. Mas, quem disparou contra George Russell? Terá sido Clay, o empregado que George fez questão de despedir junto do novo patrão? Será uma vingança ou apenas o reflexo inevitável de uma sociedade onde tudo tem um preço?
George sobreviveu? A HBO ainda não diz. Mas sabemos que a série já foi renovada para uma quarta temporada. O que quer dizer que o sangue derramado agora poderá ter consequências profundas nos salões da elite norte-americana. Portanto, a nova idade dourada parece estar mais próxima do chumbo do que do ouro.
Foste mais apanhado de surpresa pelo disparo contra George ou pelo acidente com John Adams? Qual destes momentos achaste mais trágico? Conta-nos nos comentários.