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Google Maps introduz finalmente funcionalidade pedida há anos pelos utilizadores

Google Maps está a trabalhar numa grande novidade. Assim sendo vais passar a conhecer os locais com mais histórico de acidentes.

O Google Maps prepara-se para testar uma nova funcionalidade na Índia que poderá transformar-se num padrão para aplicações de navegação em todo o mundo. Em parceria com a Polícia de Trânsito de Deli, a plataforma vai passar a assinalar “pontos negros” – zonas com elevado histórico de acidentes – diretamente no mapa, permitindo aos condutores redobrarem a atenção e reduzirem a velocidade nestas áreas críticas.

Esta medida resulta de um acordo firmado entre a Google e as autoridades indianas, anunciado em maio deste ano. O objetivo é claro: diminuir o número de acidentes em locais identificados como de alto risco. Os “pontos negros” são definidos a partir de relatórios oficiais e atualizados anualmente, com base em registos de colisões, condições deficientes da via ou sinalização inexistente ou danificada.

Em 2023, Deli registou 111 “pontos negros” onde ocorreram 1132 acidentes, causando 483 mortes. Estes locais concentram-se sobretudo em cruzamentos, mas também podem estar em trechos de estrada aparentemente simples, onde problemas estruturais ou de visibilidade aumentam o perigo.

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Como vai funcionar o alerta no Google Maps?

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© 9to5 Google

O Google Maps deverá integrar a base de dados oficial da Polícia de Trânsito de Deli já este ano. A aplicação indicará no ecrã, durante a navegação, quando o condutor se aproxima de um “ponto negro”. Embora os detalhes do design e configuração final ainda não estejam confirmados, a lógica será semelhante a outros alertas já existentes na aplicação, como obras, acidentes ou trânsito intenso.

Quando o sistema detetar a aproximação a uma zona de risco, poderá apresentar um aviso visual e sonoro, incentivando o condutor a reduzir a velocidade e aumentar a atenção. Este tipo de alerta, integrado diretamente no sistema de navegação, promete ser mais eficaz do que os sinais físicos colocados nas estradas, já que garante que a informação chega a todos os condutores, mesmo a quem não conhece a zona.

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Quais são as diferenças para o Waze?

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©Waze/©Google Maps

O Waze, outra aplicação de navegação pertencente à Google, já oferece alertas para estradas perigosas desde 2023. No entanto, o sistema baseia-se em dados de crowdsourcing, ou seja, informação enviada pelos próprios utilizadores. Embora útil, esta abordagem não distingue entre acidentes ligeiros e fatais e pode sofrer com falta de consistência nos registos.

O que distingue o projeto do Google Maps na Índia é precisamente o uso de dados oficiais, recolhidos e verificados pelas autoridades. Esta fiabilidade poderá levar outros países a seguir o exemplo, caso o piloto em Deli se revele eficaz.

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Muitos governos já dispõem de bases de dados semelhantes e assinalam fisicamente os “pontos negros” nas estradas. Integrar esta informação nas aplicações de navegação seria um passo lógico para reforçar a segurança rodoviária e reduzir a sinistralidade. Até ao momento, porém, nenhum outro país anunciou iniciativas semelhantes com a Google.

Num contexto como o de Deli, onde o tráfego é intenso e a sinistralidade elevada, esta solução pode salvar vidas. Segundo especialistas, avisos antecipados dão tempo para que os condutores ajustem a velocidade e mantenham distância de segurança, reduzindo o risco de colisões.

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Até que o Google Maps receba a atualização, o Waze mantém-se como a melhor alternativa para quem procura avisos sobre zonas perigosas, com notificações disponíveis em telemóveis, Android Auto e Apple CarPlay. No entanto, a entrada de dados oficiais na equação poderá elevar o nível de precisão e confiança, transformando o Google Maps numa ferramenta ainda mais valiosa para a segurança rodoviária.

Usas o Google Maps com frequeência? Ou só nas férias?

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