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YouTube lança nova funcionalidade com IA, mas causa polémica

YouTube está a usar Inteligência Artificial? Prepara-te, vem aí uma grande onda de controvérsia!

Sabemos que a tecnologia avança mais rápido do que conseguimos acompanhar, mas quem diria que o YouTube seria o próximo a fazer a “revolução” usando a Inteligência Artificial (IA)?

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O que é esta nova funcionalidade do YouTube?

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Em vez de confiar apenas nos dados básicos dos utilizadores (como a data de nascimento fornecida no registo), o YouTube começou a aplicar uma IA para analisar o comportamento dos utilizadores na plataforma. Isto inclui os vídeos que assistem, mas também os tipos de categorias que pesquisam e até a duração da conta. O objetivo? Aplicar as proteções certas, como filtros de anúncios ou medidas de segurança adicionais, com base na idade da pessoa.

Assim, a ideia por trás da novidade parece ser simples: garantir que todos os utilizadores, independentemente da idade, tenham uma experiência mais segura e personalizada. Em teoria, seria um mundo ideal, certo? Mas os factos complicam a realidade. O que parecia uma inovação agora está a gerar uma enorme controvérsia. E sim, já há uma petição online, com mais de 100.000 assinaturas (e a contar), a pedir para o YouTube voltar atrás com esta medida.

A grande preocupação? Privacidade, claro. Os críticos da medida alertam para o risco de a plataforma estar a criar um sistema de vigilância massiva que analisa todos os nossos comportamentos. E se o sistema se enganar?

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O que está em jogo para os utilizadores do YouTube?

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Imagine que o sistema de IA decide que tens menos de 18 anos, baseado no teu comportamento de pesquisa ou na conta que tens aberta há uns meses, estas são as consequências desta nova política do YouTube:

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  • Bloqueio de conteúdo “não seguro” para menores: Se a IA detetar que tens menos de 18 anos, bloqueia o acesso a vídeos já classificado como NSFW, sem te dar opção de visualizar mesmo se fores maior de idade.
  • Dificuldade para corrigir a classificação: Se o sistema te classificar erroneamente como menor de idade, terás de provar a tua idade com documentos ou um selfie, uma verdadeira dor de cabeça para quem não quer que os seus dados sejam expostos.
  • Regras confusas para criadores: Criadores com audiências predominantemente jovens vão ver a sua receita de anúncios despencar, mas não há uma explicação clara de como o sistema vai aplicar estas restrições sem prejudicar os próprios criadores.
  • Impacto em nichos jovens: Criadores de conteúdo em nichos como gaming, animações ou críticas de cultura pop correm o risco de perder uma fatia significativa da sua receita de anúncios, já que as audiências mais jovens não geram tanto lucro com a publicidade.

Mas a dúvida persiste: será que alguém tem o direito de vasculhar as nossas pesquisas e histórico para nos etiquetar desta forma?

As questão da privacidade

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Por um lado, temos os defensores da tecnologia a argumentar que é apenas mais uma maneira de garantir que as plataformas sejam mais responsáveis e ajudem a proteger os mais vulneráveis. Mas, por outro lado, temos os críticos a alertar para o risco da plataforma, mais uma vez, ultrapassar os limites da nossa privacidade.

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Assim, quando o YouTube começa a vasculhar a fundo o teu comportamento online para fazer uma suposição sobre quem tu és, isso levanta questões profundas sobre até onde estamos dispostos a ceder os nossos dados pessoais.

E o que vai acontecer quando um sistema como este se espalhar para outras plataformas? A IA pode até ser precisa na análise, mas quando começamos a falar em dados pessoais íntimos, a linha entre o “conveniente” e o “invasivo” torna-se ténue. Mas como é que nos podemos proteger? Para muitos, a única solução seria boicotar estas plataformas ou exigir uma maior regulamentação para garantir que os nossos dados não sejam usados sem o nosso consentimento.

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O que podemos esperar no futuro?

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Assim, com mais de 100.000 pessoas a exigir mudanças, é claro que a confiança do público está em jogo. Mas, se o YouTube quiser que esta funcionalidade seja bem recebida, vai precisar de muito mais do que apenas um aviso de consentimento. Logo, vai precisar de transparência, explicações claras sobre como os dados são usados.  Mas, acima de tudo, uma maneira de garantir que as pessoas têm controlo total sobre as suas informações.

Já te sentiste vigiado pelo YouTube? Achas que a plataforma está a ir longe demais? Deixa a tua opinião nos comentários e junta-te à conversa.

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