A edição de colecionador de Death Stranding 2: On the Beach para fãs de Hideo Kojima
Death Stranding 2: A edição de colecionador que desperta paixões e críticas.
Foi no mês passado que chegou o novo jogo de Hideo Kojima, “Death Stranding 2: On the Beach”, e nós já fizemos a nossa análise. O jogo tem vindo a dominar conversas e memes na comunidade gamer — e não apenas pelo seu universo distópico, narrativa emocional e grandes reviravoltas. A Edição de Colecionador, anunciada no painel da SXSW, já é assunto sério entre entusiastas e críticos.
Uma edição fantástica para um jogo marcante
A versão Collector’s Edition, disponível apenas via PlayStation Direct por 249,99 €, traz um lote impressionante: download digital do jogo com 48 horas de acesso antecipado, uma caixa de colecionador, uma estátua de 38 cm do Magellan Man, uma figura de 7,6 cm do Dollman, cartas de arte e uma carta pessoal assinada por Kojima. No plano digital, recebemos exoesqueletos dourados em vários níveis (Battle, Boost, Bokka), patches temáticos (Quokka, Felino Quiral, “Why Me?”) e até uma arma desbloqueável cedo: a metralhadora com balas MP Nível 1. Até agora, estamos a adorar esta edição!
No entanto, o que alimentou um debate aceso não foi o catálogo de extras — mas sim aquilo que falta: não há disco físico, nem cápsula metálica nem artbook. Apesar do preço elevado e do nome “colecionador”, este pacote depende exclusivamente de um código digital para o jogo. Sinceramente, percebemos a crítica, mas também percebemos que muitos jogadores nem têm uma PS5 com leitor de discos.
A crítica gira em torno de expectativas legítimas — numa edição premium, muitos esperavam um artbook físico, um disco ou, pelo menos, uma caixa metálica com arte exclusiva. A ausência destes itens, combinada com o preço, remete para um sentimento de que o nome “colecionador” foi usado à força.
Por outro lado, muitos entendem que a indústria está a seguir a tendência das consolas sem leitor de discos (como algumas PS5 Pro), e que a transição para o digital está cada vez mais acelerada. Ainda assim, o choque entre tradição e modernidade continua a dividir. De forma clara, esta é também a nossa crítica, mas é o único apontar de dedo a uma edição de luxo, principalmente nas estátuas que traz. O destaque vai para a estátua de 38 cm do Magellan Man, com um detalhe verdadeiramente impressionante. Confesso que já vi estátuas de jogos e de animes, com este detalhe, mais caras do que toda esta edição.
A isto junta-se o conjunto de 4 cartas de arte, que estão com uma qualidade de topo. Mas, no fim de tudo, em que ficamos? Adoração ou crítica? A Edição de Colecionador de Death Stranding 2 é um paradoxo. Traz objetos de valor simbólico — a estátua imponente, a carta de Kojima — misturados com extras digitais robustos, mas cai no erro de esquecer o mais tradicional: o próprio disco do jogo. É como se o próprio Kojima nos passasse uma mensagem de evolução para o digital, e se para uns não será um problema, para outros, fica a sensação de faltar algo.
Será este um novo rumo para as edições de colecionador? Ou um passo atrás no que toca ao valor tangível para os fãs? O certo é que esta edição já deixou a sua marca — mas se será uma marca de orgulho ou de frustração, isso já depende de cada gamer.
Do nosso lado, há dois fatores a ter em conta: em primeiro lugar, este jogo é fantástico. Será adorado por muitos, esquecido por outros, e claramente será um dos melhores jogos de 2025. Inevitável? Talvez, pois estamos a falar da genialidade de Kojima e poucos jogadores não ficarão emocionados com as últimas horas do jogo. Em segundo lugar, a edição vale a pena por tudo o que traz, mesmo que não traga tudo o que queremos. É só para fãs? Claro, tal como todas as edições de colecionador. Mas que vale a pena, sim, vale. E vale a pena jogar? Claramente!