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Fraude do Cartão Continente preocupa o Ministério Público

Como demos conta há duas semanas, agora Ministério Público (MP) lançou um alerta sobre uma nova campanha de phishing que tem como alvo clientes dos supermercados Continente. Ou seja, o esquema fraudulento, em curso nas últimas semanas, utiliza o nome e a imagem da cadeia de retalho para enganar consumidores e roubar dados de cartões bancários.

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Como funciona a fraude do Cartão Continente?

imagem ilustrativa de um ciberataque durante apagão geral
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De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), os criminosos estão a enviar mensagens SMS em massa, que aparentam ser do Continente, alertando para a expiração de pontos do cartão de fidelização. As mensagens incluem links que imitam a página oficial do cartão Continente, mas que redirecionam para sites falsos geridos por grupos criminosos.

Estas mensagens recorrem a técnicas de engenharia social para criar um sentido de urgência. O objetivo é levar os destinatários a clicar no link e a fornecer informações pessoais e bancárias, acreditando estar a resgatar pontos prestes a caducar.


Quais são os dados roubados?

google cibersegurança
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Na página fraudulenta, a vítima é induzida a introduzir progressivamente dados pessoais, começando pelo número de telefone, nome, morada e endereço de email. O processo culmina com a solicitação de dados bancários: nome impresso no cartão, número, data de validade e código CVV/CVC.

Na prática, os criminosos pedem todos os elementos necessários para utilizar o cartão de crédito sem autorização do titular. Assim sendo, conseguem realizar transações fraudulentas e causar prejuízos imediatos às vítimas.


Qual é o alerta do Ministério Público?

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A PGR esclarece que as mensagens não são emitidas pelo Continente nem por qualquer entidade autorizada. A sua origem está associada a números de telefone mascarados, cuja titularidade pertence a terceiros alheios ao crime. Esta técnica dificulta a identificação dos verdadeiros responsáveis e confere maior credibilidade à burla do cartão Continente.

Segundo o gabinete de cibercrime da PGR, este padrão replica outras campanhas anteriores que também exploraram marcas conhecidas para enganar consumidores. O uso de nomes empresariais legítimos reforça a confiança do destinatário e aumenta a taxa de sucesso da fraude.

Perante esta campanha em curso, o Ministério Público recomenda ignorar e apagar de imediato as mensagens fraudulentas, sem qualquer resposta. Por isso, caso já tenham fornecido dados bancários, as vítimas devem contactar o banco emissor sem demora e solicitar o cancelamento do cartão comprometido.


Quais são as medidas de segurança aconselhadas?

Segurança Palavra-Passe
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Além disso, a PGR sublinha a importância de não clicar em links incluídos em SMS ou emails suspeitos. Em caso de dúvida, deve sempre confirmar-se a informação diretamente junto da entidade oficial, através dos canais habituais de atendimento. As burlas de phishing têm como alvo vítimas indiscriminadas, explorando a confiança dos consumidores em marcas reconhecidas.

Para prevenir futuros ataques, especialistas em cibersegurança reforçam algumas medidas práticas:

  • Verificar sempre a autenticidade de links recebidos;
  • Desconfiar de mensagens que criem pressão ou urgência;
  • Nunca partilhar dados bancários através de links enviados por SMS ou email;
  • Instalar soluções de segurança que ajudem a detetar sites fraudulentos.

O Continente, frequentemente alvo de esquemas de phishing devido à popularidade do seu cartão de fidelização, já reforçaram a comunicação com os clientes. Da mesma forma a cadeia sublinha que não pede dados bancários por SMS ou email e disponibiliza toda a informação oficial apenas através dos canais institucionais.

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