The Summer I Turned Pretty Último Episódio – Análise
Jenny Han é, neste momento, a rainha das sagas de romance YA. Em 2018 popularizou-se após a sua série de livros “To All The Boys” ter chegado à Netflix, com três filmes.
Em 2022, estreou a série “The Summer I Turned Pretty” na Prime Video, também inspirada noutra saga de romance da autora. Esta série trouxe um conjunto de novos atores numa série que se tornou um verdadeiro fenómeno.
A história acompanha Belly (Lola Tung), uma adolescente que passa todos os verões na casa de praia da melhor amiga da mãe, mas há um verão que muda tudo. Assim, acompanhamos primeiros amores, dramas e problemas de família, enquanto nos vemos no meio de um triângulo amoroso.
“The Summer I Turned Pretty” sempre teve um público fiel mas com a última temporada, que estreou em junho, viralizou nas redes sociais e todas as quartas feiras era a série mais comentada em todo o mundo.
Uma temporada atribulada
Sou team Conrad e não acredito que haja mais alguma opção. Aliás, o Rotten Tomatoes corrobora essa teoria. A primeira temporada, focada no romance entre Belly e Conrad (Christopher Briney), conta com uma avaliação de 86%. Já a segunda temporada, em que o irmão Jeremiah tem um grande protagonismo, a série cai para os 60%.
Contudo, volta em força na terceira temporada com o que foi chamado nas redes sociais de “The Fall of Jeremiah Fisher”. A temporada que volta a colocar Conrad no papel principal conta com uma avaliação de 89% da parte da crítica.
Sem dúvida esta foi uma temporada atribulada, que nem sempre encantou os fãs. Passou demasiado tempo com Jeremiah e esse tempo poderia ser usado para desenvolver a personagem da Belly, que foi bastante irritante durante toda a temporada.
Assim, gostaria de ter visto um maior amadurecimento da personagem ao longo dos anos. Também para perceber o que a levou a escolher Jeremiah e a colocar-se entre os dois irmãos durante quatro anos. Foi uma falha que Jenny Han podia ter colmatado, mas talvez seja mesmo uma série em que não é necessário tantas respostas e que o mais relatable é ver estas personagens a falhar.
O que resultou em The Summer I Turned Pretty
Esta série alcançou um grande público por várias razões. A primeira, a que falei ainda agora. O que ressoa com a audiência é ver personagens reais, a falhar constantemente, como acontece num dia-a-dia normal. A isso, acrescentar um bocadinho de drama que todos gostamos de acompanhar.
Em seguida, foi o triângulo amoroso. Este é um trope que não é tão utilizado atualmente como foi no início dos anos 2000, com séries e filmes como “Twilight”, “The Vampire Diaries”, “Dawson’s Creek” ou “One Tree Hill”.
A utilização do triângulo amoroso nesta série colocou todos os fãs a falarem sobre isso nas redes sociais e a partilharem a sua team no tiktok, o que criou um grande engagement com a série.
A novidade e a química dos atores também foi um plus. Jenny Han escolheu utilizar atores pouco conhecidos na altura, o que permitiu começar uma história do zero e ligar muito os atores às personagens em si. São todos ótimos atores e conseguiram criar uma grande química, que transparece no ecrã.
A escolha musical
Além dos tópicos que falei acima, a escolha musical também foi extremamente inteligente. Desde a primeira temporada que “The Summer I Turned Pretty” se aliou muito a Taylor Swift, com as suas músicas a fazerem parte da série.
Ao longo das restantes temporadas o reportório expandiu-se para artistas como Noah Kahan, Harry Styles, Sabrina Carpenter, Gracie Abrams e Billie Eilish. Além de utilizarem músicas muito populares, a produção conseguiu aliar muito bem a letra e significado dessas músicas com as cenas e momentos da série.
O episódio final
Esta não foi, de todo, a minha temporada favorita. Foi messy, lenta em certas partes e apressada noutras. Com uma Belly muito pouco responsável e um Conrad constantemente injustiçado. Contudo, Jenny Han conseguiu mesmo acertar no episódio final da série.
A mudança para Paris foi uma ótima escolha para uma mudança de ares e um ambiente mais mágico e romântico. A Belly pareceu realmente mais amadurecida após aquele ano em Paris e o corte de cabelo ficou on point.
Ao longo das três temporadas, a personagem do Conrad foi a que teve mais desenvolvimento. Na terceira temporada era já uma personagem muito mais madura, que esteve constantemente a ser deitada a baixo. Assim, acho que falo por todos quando digo que adorei ver a forma como foi a Belly que o seguiu e se declarou. Agora resta esperar pelo filme anunciado pela Prime Video, que terminará a série.