Google Drive recebe funcionalidade pioneira contra ransomware
O Google Drive tem sido o nosso companheiro fiel, ali guardamos fotos de família, documentos da empresa, projetos da escola, e é quase natural pensar que “lá, está seguro”. Mas e se eu te dissesse que essa segurança tem uma nova camada, imediata e inteligente, adicionada agora, para proteger os teus ficheiros?
Qual é a nova função do Google Drive?
O Google Workspace acaba de anunciar que o Google Drive for desktop, para Windows e macOS, passará a ter deteção de ransomware movida a IA. Esta funcionalidade opera ao detetar padrões suspeitos, como tentativas massivas de encriptação ou corrupção de ficheiros, o serviço suspende automaticamente a sincronização desses ficheiros com a nuvem.
O utilizador do Google Drive recebe uma notificação tanto no próprio ambiente de trabalho (desktop) quanto por e-mail, e pode restaurar os ficheiros comprometidos a uma versão anterior num par de cliques. Para além disso, administradores de TI em organizações também recebem alertas via consola de gestão, permitindo-lhes monitorizar incidentes e consultar logs detalhados.
A novidade está disponivel em beta aberto desde 30 de setembro de 2025, e estará presente, segundo o Google, em “a maioria dos planos comerciais do Workspace” sem custos adicionais. Mas atenção, esta funcionalidade do Google Drive não pretende substituir antivírus ou backups, mas agir como uma camada adicional que intervém quando uma ameaça já conseguiu ultrapassar outras defesas.
Por que é urgente essa proteção?
Nos últimos anos, os ataques de ransomware deixaram de ser notícias exclusivas de grandes corporações e começaram a atacar qualquer utilizador desprevenido. Trata-se de software malicioso que encripta ficheiros (ou corrompe) e exige um resgate para restaurar o acesso.
O grande problema é que, muitas vezes, o ransomware não é detetado até já ter causado dano, o antivírus pode falhar e a ameaça evolui. O Google admite que tratar ransomware só como problema de antivírus já não é suficiente. É necessário “parar” o ataque em curso, não apenas antes que ele aconteça.
Outro desafio, a sincronização entre computador local e nuvem. Se um ransomware encriptar ficheiros no teu computador que estão ligados a uma pasta sincronizada do Google Drive, essa versão cifrada pode ser automaticamente enviada para a nuvem, contaminando aquilo que pensavas estar seguro, um “efeito ricochete”. A nova funcionalidade aparece como resposta a esse dilema, usar IA para detetar atividades urgentes e “irromper” no momento crítico.
O que achas?
Claro que há limitações. Esta proteção só funciona para ficheiros que passam pela sincronização do Google Drive for desktop, ou seja, ficheiros fora desse ecossistema continuam vulneráveis. (WIRED) Também depende de VERSÕES anteriores dos ficheiros estarem disponíveis para restauração, o que pode nem sempre garantir recuperação total.
Esta atualização do Google Drive não é só mais uma funcionalidade, é um passo no jogo de gato e rato entre defensores e atacantes digitais. Mas não te deixes adormecer, nenhuma tecnologia é invencível. Portanto, continua a fazer backups independentes, revisa a tua segurança e fica alerta. Qual é a principal vulnerabilidade que te assusta mais, perder dados pessoais, profissionais ou algo ainda mais sensível?