© Corinne Cumming / EBU

Polémica e boicote instalado, irá haver Festival da Eurovisão 2026?

A Eurovisão vive o momento mais conturbado desde a sua criação em 1956. A decisão da União Europeia de Radiodifusão (EBU) de manter Israel na edição do próximo ano desencadeou uma vaga de boicotes inédita. Vários aíses historicamente ligados ao evento anunciaram que não irão participar no festival em Viena.

Lê Também:
Continente e Pingo Doce com mega desconto em todos os sets LEGO

Quais foram os países que abandonaram o concurso?

Israel Eurovisão
© Corinne Cumming / EBU

A assembleia-geral da EBU, realizada na Suíça, acabou por evitar uma votação direta sobre a participação israelita. Em vez disso, os membros aprovaram novas regras destinadas a limitar campanhas de promoção que possam influenciar o televoto. Ou seja, acabou por confirmar a presença de Israel.

Pub

Assim sendo o conflito político e humanitário na Faixa de Gaza voltou ao centro do debate eurovisivo. Espanha, um dos maiores financiadores do evento, lamentou o desfecho e acusou a organização de ceder a “interesses políticos e comerciais”.

A emissora espanhola RTVE afirmou que perdeu confiança na EBU. Além disso aponta para a ausência de medidas mais duras após suspeitas de manipulação no televoto a favor de Israel. Também Países Baixos, Irlanda e Eslovénia justificaram o abandono com motivos éticos.

Pub

Regras de votação mais rígidas

As críticas à influência indevida no televoto acumulam-se desde as últimas edições do concurso. A disparidade evidente entre o voto do público e o voto do júri nas pontuações atribuídas a Israel levantou suspeitas de campanhas organizadas e até de interferência estatal.

Em resposta, o Grupo de Referência da EBU aprovou um novo pacote de medidas. Entre elas, está a limitação da promoção externa dos artistas, a redução dos votos máximos disponíveis de 20 para dez e o reforço da segurança para detetar votação fraudulenta.

Pub

Qual é a posição de Portugal?

NAPA Eurovisão 2025 Globos de Ouro
© Corinne Cumming / EBU

Portugal não se juntou ao boicote. A RTP votou a favor das novas regras e considera que elas garantem maior clareza e equidade no processo de votação. Assim sendo, confirma a presença em Viena, onde a final está marcada para 16 de maio de 2026.

O país, que participa desde 1964 e venceu pela primeira vez (e único até ao momento) em 2017, junta-se ao grupo de emissoras que defendem a continuidade da competição apesar da crise.

Pub

Há mais países de saída?

A instabilidade não termina aqui. Islândia, Bélgica, Suécia e Finlândia ainda analisam as suas posições. Helsínquia já deixou claro que só participará se o número total de países se mantiver “razoável” e se os custos não aumentarem de forma desproporcional. Ou seja, a saída de Espanha, um dos maiores contribuintes financeiros, pode agravar o orçamento das restantes delegações.

Lê Também:
Estes são os melhores 10 sets LEGO para este Natal

No entanto, apesar dos danos reputacionais, a EBU mantém confiança na continuidade da Eurovisão. Com o regresso de Moldávia, Roménia e Bulgária, o número de países participantes poderá rondar os 35, segundo o diretor executivo do concurso, Martin Green.

Pub

About The Author


Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *