A Criada – Análise
“A Criada” é um dos filmes mais aguardados do ano, principalmente para quem é um apaixonado por livros. A história acompanha Millie, que após cumprir dez anos de prisão, consegue um trabalho como empregada de uma família rica e, aparentemente, perfeita.
Millie muda-se para a casa da família, mas rapidamente começa a perceber que há algo de muito errado naquela mansão. Este filme é, então, inspirado na obra do mesmo nome de Freida McFadden, que é um sucesso mundial.
Até à data, “A Criada” já vendeu mais de 3,5 milhões de cópias. Número que pode subir após a estreia do filme. Os thrillers da autora são muito populares nas redes sociais, o que já lhe garantiu a adaptação de, pelo menos, mais quatro livros.
“A Criada” é a sua primeira adaptação e chega aos cinemas portugueses, oficialmente, a 1 de janeiro. Contudo, existirão pré-estreias a 27 e 28 de dezembro. Os protagonistas deste filme são interpretados por Amanda Seyfried, Sydney Sweeney, Brendan Sklenar e Michelle Morrone.
A Criada é fiel ao seu material original

O realizador do filme é Paul Feig, conhecido também por “A Simple Favour” e “Bridesmaids”. Um dos pontos que os fãs mais tinham medo quanto à adaptação deste livro ao cinema era a fieldade que teria à história original.
Claro que não é possível colocar tudo o que está no livro dentro deste filme. É uma história densa, com muitos twists e revelações. E algumas coisas tiveram de ficar de fora, como uma menor presença da personagem de Michelle Morrone na história.
Contudo, o filme representa muito bem tudo o que é mais importante no livro, construindo um bom build up até ao ponto em que é revelado o plot twist. Essa foi uma das mudanças quanto ao livro. O final é diferente, mas igualmente bom. Assim, além de ser novidade para quem não leu, também há algo novo para surpreender os leitores do filme.
O absurdo do plot
O sucesso do livro de Freida McFadden também veio do exagero do plot, do quanto de absurdo que tem, num bom sentido. É uma história original, que surpreendeu e conquistou pela loucura das personagens e pela trama rebuscada.
Assim, tem plot twists que não conseguimos adivinhar e vai além do que podemos imaginar. Esta absurdez do plot foi muito bem traduzida para o ecrã, com o público que não viu o filme a reagir alto ao que era revelado.
O próprio realizador, Paul Feig, partilhou durante um screening, que quer que as pessoas falem e reajam ao filme enquanto o vêem no cinema. E este é o resumo da “Criada”, um filme entertaining, com suspense, divertido, rebuscado e que nos faz passar um ótimo tempo no cinema.
Amanda Seyfried rouba o protagonismo

Tecnicamente, a protagonista deste filme é Sydney Sweeney, que interpreta Millie, “A Criada”. E, apesar de fazer bem o seu papel, é Amanda Seyfried quem rouba a tela cada vez que entra em cena.
A atriz interpreta Nina, a mãe da família, que rapidamente vai de perfeita a louca, deixando Millie sem saber o que fazer e pensar. Amanda Seyfried está aterradora neste papel, que raramente costuma interpretar. É, ao mesmo tempo, engraçada, assustadora, louca e absolutamente icónica.
Conclusão
“A Criada” consegue cumprir aquilo que promete. É uma adaptação sólida, fiel ao espírito do livro e consciente do seu próprio exagero. Sem medo do absurdo e com um forte sentido de entretenimento, o filme aposta no suspense, nos twists e numa energia que resulta especialmente bem em sala de cinema.

