Novo tipo de fraude está a chegar às caixas de email dos portugueses
Uma nova tentativa de fraude está a circular por email e telemóvel em Portugal e utiliza uma estratégia cada vez mais comum. Ou seja, imitar comunicações oficiais do Estado para criar pânico e receio e levar ao pagamento imediato. Desta vez, o alvo são alegadas multas de estacionamento em atraso, associadas de forma enganadora à “Autenticação Gov”.
A mensagem apresenta-se como uma “Notificação de Multa em Atraso”, informando a vítima de uma coima no valor de 150 euros, supostamente ainda por regularizar. O tom é alarmista e procura pressionar quem recebe a mensagem, ameaçando com sobretaxas elevadas, aumento do valor da multa e até perda de pontos na carta de condução.
Como funciona esta nova burla?

O esquema segue um padrão bem definido e típico para este tipo de fraude. A mensagem começa com uma saudação genérica e não identifica o destinatário pelo nome, algo pouco habitual em comunicações oficiais. Em seguida, apresenta um valor concreto, uma “referência” e um prazo limite muito próximo, neste caso 30 de dezembro de 2025, criando um sentido de urgência. O ponto mais perigoso surge no botão “Efetuar pagamento agora”, que encaminha para um site fraudulento.
Como identificar este tipo de fraude?

Assim sendo, existem vários indícios que permitem identificar esta burla:
- Uso indevido do nome “Autenticação Gov”, que não envia notificações de multas;
- Linguagem genérica e erros subtis de formulação;
- Ameaças exageradas, como sobretaxas de centenas de euros;
- Botões de pagamento direto por email;
- Ausência de dados pessoais do destinatário.
Além disso, é de relembrar, que as autoridades portuguesas não notificam multas desta forma nem solicitam pagamentos imediatos através de links enviados por email ou SMS.
O que fazer se receber esta mensagem?
Quem recebe este tipo de comunicação não deve clicar em qualquer link nem fornecer dados pessoais ou bancários. A recomendação passa por apagar a mensagem de imediato. Sempre que surjam dúvidas sobre a existência de uma infração real, a verificação deve ser feita exclusivamente nos portais oficiais do Estado ou através de contactos diretos com as autoridades competentes.
No entanto, se alguém já tiver efetuado um pagamento ou partilhado dados sensíveis, deve contactar o banco imediatamente e apresentar queixa junto das autoridades para minimizar possíveis prejuízos.
É de relembrar que este tipo de fraude tende a aumentar em períodos festivos, quando muitas pessoas estão menos atentas. A melhor defesa continua a ser a informação e a desconfiança perante mensagens que apelam ao medo e à urgência.

