Eduardo Serra, o maior nome da direcção de fotografia. ©Cinemateca Portugues/Divulgação

A Luz Discreta de Eduardo Serra Ilumina o Verão da Cinemateca

Nome maior da direção de fotografia portuguesa, Eduardo Serra é homenageado com um ciclo que começa na próxima terça 8 de Julho na Cinemateca Portuguesa  em Lisboa e percorre a sua carreira entre Lisboa, Paris, Londres e Hollywood.

Eduardo Serra, o mais internacional dos diretores de fotografia portugueses está de regresso aos ecrãs da Cinemateca Portuguesa. Em julho, Eduardo Serra nomeado duas vezes para o Óscar, colaborador de Claude Chabrol, Patrice Leconte e M. Night Shyamalan, e responsável pela imagem dos últimos Harry Potter é celebrado com o ciclo “Interpretar um Texto com Luz”.

Eduardo Serra em "O Delfim"
Eduardo Serra em “O Delfim”. ©Madragoa Filmes

A mostra apresenta 16 filmes que atravessam quase quatro décadas de trabalho e inclui sessões especiais com realizadores como Fernando Lopes (“O Delfim”), João Mário Grilo (“O Processo do Rei”) e Luís Filipe Rocha (“Amor e Dedinhos de Pé”) ou José Fonseca e Costa (“Sem Sombra de Pecado”).

O ciclo arranca com três raros documentários realizados pelo próprio Serra, incluindo “Um Aniversário,” filmado no Alentejo logo após o 25 de Abril.

Eduardo Serra, em a Rapariga do Brinco de Pérola
Eduardo Serra, dirigiu a fotografia de “Rapariga do Brinco de Pérola”.©Pathé

Nascido em Lisboa mas feito profissionalmente em Paris, Serra iniciou a sua carreira nos anos 70 como operador de câmara, formando-se à sombra de mestres como Nestor Almendros.

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Em 1982, estreia-se em Portugal como diretor de fotografia com “Sem Sombra de Pecado”, de José Fonseca e Costa, filme que será obviamente exibido ao ar livre na esplanada da Cinemateca.

Eduardo Serra em Sem Sombra de Pecado
“Sem Sombra de Pecado”, de José Fonseca e Costa ©José Fonseca e Costa

Trata-se da segunda grande retrospetiva dedicada a Serra em Portugal, após a homenagem em 2005. Uma oportunidade rara para redescobrir, na sala escura ou sob as estrelas, o olhar de um homem que sempre preferiu iluminar os outros e que, ao fazê-lo, ajudou a escrever a história do cinema contemporâneo.

O arranque do Ciclo Eduardo Serra, “Interpretar Um Texto Com Luz” está agendado para o próximo dia 8 às 19h, na presença de Hélène Serra e Gabriel Serra (esposa e filho do diretor de fotografia) e alguns dos seus companheiros de cinema, numa sessão em que serão exibidos três filmes raros recentemente recuperados pelo ANIM em que Serra deixou de lado a direção de fotografia para se sentar na cadeira de realizador.

JVM

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