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Este é o eletrodoméstico mais perigoso deste verão

Incêndios, calor e um aparelho doméstico que todos achamos inofensivo. O verão esconde mais do que bronzeados e gelados derretidos.

Com os termómetros inegavelmente a subir e as casas portuguesas a fervilhar de calor, há um eletrodoméstico que entra silenciosamente em cena — e, com ele, um risco que muitos ignoram. A verdade é que nem sempre os maiores perigos do verão vêm dos incêndios florestais. Às vezes, eles começam dentro de casa, sem aviso, alimentados por um aliado que julgamos inofensivo, mas que pode transformar-se num verdadeiro inimigo. Bem-vindo ao lado sombrio do conforto doméstico.

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Os perigos do ar-condicionado no verão

Ar Condicionado
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Apesar da sua reputação de salvador do calor, o ar-condicionado (sobretudo os modelos portáteis e de janela) é o principal eletrodoméstico associado a incêndios domésticos durante o verão. Segundo a Consumer Reports, milhares de incidentes por ano têm origem neste aparelho. Em média, os sistemas de ar e ventiladores causam cerca de 7.400 incêndios domésticos anuais só nos EUA, com dezenas de vítimas mortais e centenas de feridos.

O risco aumenta quando os aparelhos são mal instalados, operam com fios danificados ou funcionam horas seguidas sem descanso. O London Fire Brigade chegou a emitir um alerta público após vários incêndios iniciados por unidades de ar-condicionado. “Muitos aparelhos são esquecidos durante meses e, quando voltam a ser usados no verão, acumulam poeira e sobreaquecem rapidamente”, disse um dos responsáveis pelos bombeiros londrinos. A combinação entre negligência e calor extremo é explosiva.

Em Portugal, o problema não passa ao lado. Com a intensificação das ondas de calor no verão, o uso prolongado do ar-condicionado torna-se inegavelmente um fator de risco. Assim, as casas com instalações elétricas antigas ou sobrecarregadas são particularmente vulneráveis. Além disso, o aumento das temperaturas médias e o envelhecimento do parque habitacional português tornam o país cada vez mais propenso a este tipo de acidentes domésticos.

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Portugal já recomendou precaução

chicago fire
Chicago Fire © NBC

Durante o plano nacional de poupança energética lançado em 2022, o governo português aconselhou os cidadãos a limitar o uso do ar-condicionado a temperaturas acima dos 25 °C e a desligar os aparelhos sempre que não estivessem a ser utilizados. Assim, segundo o Idealista, estas medidas não eram apenas ecológicas — eram também preventivas. “Evitar o sobreaquecimento dos sistemas elétricos é fundamental em tempo de calor extremo”, alertavam os peritos.

Estes riscos são agravados em casas mais antigas no verão, onde o sistema elétrico não foi pensado para suportar o consumo moderno. Utilizar extensões, adaptadores múltiplos ou ligar o ar-condicionado em tomadas partilhadas com outros aparelhos são erros comuns — e perigosos.

A falta de manutenção regular também pesa. Assim, muitos portugueses só ligam o ar-condicionado nos dias mais quentes, esquecendo-se de limpar filtros ou verificar ligações. Isso pode resultar em acumulação de pó, má ventilação e superaquecimento — as condições inegavelmente perfeitas para um incêndio elétrico. Um pequeno investimento em revisões técnicas pode fazer toda a diferença entre um verão fresco e uma tragédia.

Já sabias deste perigo ou alguma vez tiveste um susto com um eletrodoméstico no verão? Partilha a tua experiência nos comentários



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