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Festival de Cannes 2025: Todas as críticas e notícias da nossa equipa em direto

O Festival de Cannes 2025 arrancou no dia 13 de maio e a MHD está presente nesta edição. Este é um dos festivais de cinema mais cobiçados do Mundo. É sinónimo de elegância, brilho, passadeiras vermelhas e muito cinema.

O cinema tem diferentes formatos e todos estão presentes no grande festival da riviera francesa. Desde exposições imersivas, a visionamentos de filmes, passando por conversas com atores e realizadores, apresentamos os highlights dos primeiros dias do Festival de Cannes 2025.

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Uma conferência marcada por temas fraturantes

Robert De Niro
Foto de Família da Cerimónia de abertura. ©Sammer Al-Doumy/AFP

Com tantos conteúdos para ver em pouco tempo e com bilhetes que esgotam rapidamente, temos de ser sábios na escolha do que vamos ver durante o festival. Contudo, não poderíamos perder a conferência de imprensa do júri da competição, que abre o festival.

Em 2025, o júri é, então, formado por Juliette Binoche, Halle Berry, Payal Kapadia, Alba Rohrwacher, Leïla Slimani, Dieudo Hamadi, Hong Sangsoo, Carlos Reygadas e Jeremy Strong.

Assim, durante a conferência, os jornalistas puderam fazer as suas questões aos jurados deste ano. Falou-se de cinema e do entusiasmo dos membros do júri com a seleção de 2025. “Carreiras são feitas neste festival”, falou Halle Berry à audiência.

No entanto, esta press conference acabou por ficar marcada pelos temas fraturantes que abordou. Nomeadamente, os conflitos na Faixa de Gaza e as novas tarifas de Trump, referentes ao cinema estrangeiro. Neste departamento, a francesa Juliette Binoche declarou: “Nós temos uma comunidade forte de cinema na europa. Quanto mais entramos neste caminho perigoso, mais precisamos da arte”.

Como não poderia deixar de ser, também houve referência às novas regras de guarda roupa do festival, incluindo o cancelamento de vestidos com grandes caudas e peças transparentes. O júri mostrou estar de acordo com as novas direções.


Cerimónia de abertura do Festival de Cannes

Leonardo DiCaprio e Robert De Niro
Robert De Niro recebe das mãos de Leonardo DiCaprio a Palma Honorária. ©Sammer Al-Doumy/AFP

Isto pode não ser um elogio, dada a falta de qualidade da gala de março deste ano mas, a cerimónia de abertura do Festival de Cannes, foi melhor do que os Óscares 2025. Houve momentos de humor, uma homenagem emocionada a David Lynch e uma Palma de Ouro Honorária para Robert De Niro.

Foi Leonardo Dicaprio quem apresentou este prémio de homenagem a Robert De Niro. O ator partilhou pela primeira vez a tela com Robert De Niro em 1993, com apenas 16 anos. Leonardo Dicaprio partilhou que foi Robert De Niro quem o escolheu para o filme, num casting com muita concorrência.

Assim, Leonardo Dicaprio agradeceu ao ator por ter lançado a sua carreira. Robert De Niro, visivelmente emocionado, mesmo estando contido, como sempre, abraçou e agradeceu várias vezes a Leonardo DiCaprio. E como já é característico nos seus discursos, usou algum do seu tempo para mostrar o seu desagrado quanto à política americana atual.

Por fim, não poderia faltar o grande entertainer Quentin Tarantino, que apareceu na cerimónia de abertura de surpresa, apenas para dar início ao filme de abertura, da forma efusiva e divertida que o destaca.

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“Partir Un Jour” de Amélie Bonnin em Cannes

Partir un Jour
Dominique Blanc, interpreta a mãe de Cécile. ©2025TopShot Films-Les Films du Worso-Pathé Films-France3 Cinéma

O Festival de Cannes já tem a fama de não escolher bons filmes para a sua abertura. Desta vez, o escolhido foi “Partir Un Jour”, de Amélie Bonnin. Até poderia ser um bom filme de abertura, caso o público fosse inteiramente francês.

É uma comédia romântica e, ao mesmo tempo dramática, que acompanha Cécile, uma chef de cozinha que volta à sua terra natal para ajudar no restaurante dos pais quando o seu pai tem um ataque cardíaco.

É um filme divertido e ao mesmo tempo humano, pelos temas que aborda neste regresso de Cécile. Não é um musical, mas é um filme com música. E essa música está utilizada de uma forma inteligente, sem coreografias, o que torna estes momentos quase naturais. É como mergulhar na mente das personagens para perceber o que sentem.

No entanto, este é um filme muito francês. Faz referência a um programa de cozinha francês, o “Top Chef”. Tem inside jokes que só os franceses podem reconhecer. E todas as músicas que utiliza são francesas.

Sim, falamos de um Festival de Cinema francês, mas é tão popular e tão internacional, que precisa mesmo de se globalizar. Não faz sentido ter uma cerimónia de abertura inteiramente em francês, sem legendas, enquanto é possível observar uma grande quantidade de atores americanos, ingleses e de outras nações, com uns pequenos auscultadores nos ouvidos, onde ouvem a tradução para inglês.


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