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Homem vs. Bebé (Netflix) – Primeiras impressões

Estreou ontem, 11 de dezembro, a nova série da Netflix com Rowan Atkinson “Homem vs. Bebé” (2025, Rowan Atkinson e William Davies). O ator está de regresso ao formato que melhor sabe fazer: uma comédia bastante expressiva.

A obra de cariz natalício, continua a história de Trevor Bingley (Rowan Atkinson), personagem introduzida em “Homem vs. Abelha” (2022, Rowan Atkinson e William Davies). Nesta nova narrativa, Trevor volta ao seu trabalho de cuidar de uma casa, ao mesmo tempo que cuida de um bebé.

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Qual a narrativa de Homem vs. Bebé?

Homem vs. Bebé
© 2025 Ana Blumenkron/Netflix

“Homem vs. Bebé” é uma sequela direta de “Homem vs. Abelha”, ainda que não seja oficialmente considerada como uma segunda temporada. Ou seja, os criadores da série preferiram alterar o título fazendo desta uma segunda minissérie com a mesma personagem: Trevor Bingley.

Em “Homem vs. Abelha” Trevor cuidou da mansão de luxo do casal Christian e Nina Kolstad-Bergenbatten (Jing Lusi e Julian Rhind-Tutt) enquanto eles se ausentaram para umas férias. Trevor trabalhava para a Housesitters Deluxe, uma empresa especializada no serviço de cuidar de casas. A certo momento, uma abelha entra inadvertidamente na mansão e começa uma luta difícil entre Trevor e a abelha porque ele não a consegue matar. Os donos pretendem processá-lo pelos danos e ele acaba preso. No entanto, no final da narrativa, descobrimos que Christian pagou para assaltarem a sua casa e ganhar dinheiro do seguro com isso. Trevor é, então, posto em liberdade.

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Agora, em “Homem vs. Bebé” Trevor deixou o trabalho na Housesitters Deluxe e trabalha há 7 meses numa escola como contínuo. A dias do Natal, a escola faz uma peça de teatro no qual ele é responsável pela produção da mesma. O bebé que faz de menino Jesus fica esquecido na escola e Trevor procura devolvê-lo à mãe. Ao mesmo tempo, ele recebe uma chamada dos novos donos da Housesitters Deluxe para tomar conta de uma casa por 10 mil libras. Começa uma corrida contra o tempo…

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Mais tempo igual a melhor densidade narrativa

Homem vs. Bebé
© 2025 Netflix

Uma das grandes vantagens de “Homem vs. Bebé” face à minissérie que lhe antecede é a duração dos episódios. Ainda que sejam apenas 4 episódios e não 9 como em “Homem vs. Abelha”, na verdade, agora temos episódios com uma média de 27 minutos cada em vez de uma média de 12 minutos cada.

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Só nesse aspeto, “Homem vs. Bebé” é já uma aposta vencedora da Netflix porque ganhamos maior densidade narrativa, algo que faltava na série de 2022 onde sentíamos que os episódios acabavam por ser rápidos demais.

Por outro lado, com este primeiro episódio que vi, parece que a comédia vai ser mais ‘requintada’ e não vamos rir tanto às gargalhadas como na série de 2022. Rowan Atkinson está mais velho (tem agora 70 anos) e já não quer fazer a mesma comédia física que fazia antes. Ainda assim, “Homem vs. Bebé” remete-nos claramente ao episódio “Cuida do Bebé, Mr. Bean” (1994), onde a personagem interpretada por Rowan Atkinson ficava a cuidar de um bebé que não fazia a mínima ideia de onde tinha vindo. Isto em plena feira popular!

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Da fama à pobreza

Homem vs. Bebé
© 2025 Netflix

Depois de se tornar um herói local e receber uma recompensa de 5000 libras no final de “Homem vs. Abelha”, Trevor encontra-se agora praticamente na miséria. Continua divorciado de Jess (Claudie Blakley) e, com a filha Maddy (Alanah Bloor) a ser aceite numa universidade em Paris, vê-se prestes a ficar ainda mais desligado da filha.

Trevor fica também sem o emprego de contínuo após 7 meses de trabalho e com pouco mais de 100 libras na sua conta. Ao mesmo tempo, as propinas da universidade da filha são de mais de 9000 libras. Como irá ele poder contribuir para isso, sem emprego?

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Felizmente, durante a peça da escola, recebe um telefonema para voltar a tomar conta de uma casa: um penthouse em Londres que lhe irá render 10000 libras.

Este primeiro episódio de “Homem vs. Bebé” tem, portanto, o clima de comédia bastante equilibrado e pontuado, face à desgraça de Trevor.

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O início do episódio com vídeos caseiros

O episódio começa de uma forma muitíssimo apelativa com a passagem pelos vários Natais da família de Trevor, pontuado com uma música natalícia. É claro que, logo aqui, há alguns disparates com a árvore de Natal e com as vestimentas, de forma a despertar interesse ao espectador na narrativa.

Contudo, a troca da atriz que interpreta a filha de Trevor (em “Homem vs. Abelha” era India Fowler, agora é Alanah Bloor) provoca alguma estranheza no espectador, sobretudo porque, entre o penúltimo vídeo de Natal em 2021 e o último em 2024, é usada a mesma atriz. Ou seja, em 3 anos não há qualquer mudança física na personagem e, além disso, na série de 2022, a personagem é mais nova do que é aqui no vídeo reportado a 2021? Uma falha de continuidade que podia ser facilmente corrigida se não usassem a mesma atriz em dois vídeos com 3 anos de diferença…

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A desgraça de Trevor é-nos logo introduzida na primeira cena após o genérico quando vemos que ele mora numa casa velha e sem aquecimento que lhe obriga a dormir vestido com bastante roupa… Para piorar, apesar da saudável relação que mantém com a ex-mulher e com a filha, a mulher Jess liga-lhe a dizer que não poderão passar o Natal juntos porque o namorado dela as convidou para passarem o Natal em Barbados. Trevor recebe ainda do carteiro várias cartas com avisos de falta de pagamentos. Perante as dificuldades, ouvimos uma música melancólica a ambientar a cena. Embora a presença da música não fosse fundamental, a mesma não é distrativa e apela ao sentimento do espectador.

A caminho do seu trabalho na escola, Trevor tenta, agora, ser mais avançado tecnologicamente. Depois dos falhados voice-mails que enviava à filha, agora, Trevor grava-lhe um áudio a desejar boa viagem.

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Homem vs. Bebé na escola

Man vs. Baby
© 2025 Ana Blumenkron/Netflix

Na chegada à escola, a professora Diana (Nina Sosanya) pede-lhe tarefas em ritmo acelerado. Trevor não tem a vida facilitada e algo pode correr mal… Entretanto, a diretora Pamela (Rosie Cavaliero) chama-o a dizer que têm de celebrar. Porquê? Porque vão dispensá-lo… Mais desgraça?

Para a peça, a mãe de uma das crianças, June (Rosie Akerman), iria trazer o seu bebé para fazer de menino Jesus. Assim, Trevor encontra um bebé na porta das traseiras mas… abandonado.

O bebé é, então, usado na peça e Trevor fica responsável por todo o trabalho técnico de som (com divertidos efeitos sonoros) e luzes. Entretanto, ele recebe um telefonema para tomar conta de uma penthouse por 10 mil libras. Trevor deixa cair a estrela da peça com o espanto. Não é um elemento de comédia física mas tinha de acontecer e foi bem conseguido.

Trevor fecha a escola e começa uma corrida contra o tempo para estar em Londres às 17h. No entanto, June não vai buscar o bebé. Efetivamente, o bebé não é dela e foi abandonado. Trevor tenta deixar o bebé com os Serviços Sociais mas não consegue pois o bebé ‘desaparece’ provocando algumas gargalhadas no espectador devido ao desespero de Trevor e com o funcionário dos Serviços Sociais Neil (Darren Strange) a achá-lo maluco e que não existe qualquer bebé. Lá terá ele de seguir com o bebé para Londres…

O que virá nos próximos episódios? Que aventura vai Trevor ter com este bebé? Com a boa relação que estabeleceu com ele a cantar alegremente e a jogar às escondidas, há uma boa premissa em jogo… Tomar conta de um bebé e de uma casa? O que pode correr mal?

Trailer de Homem vs. Bebé

Ficaste curioso com a série “Homem vs. Bebé”? Espreita o trailer aqui em cima e vê os quatro episódios da minissérie já disponíveis na íntegra na Netflix para passares um Natal divertido e ternurento.

Homem vs. Bebé

Conclusão

  • “Homem vs. Bebé” começou de forma apelativa e traz algum amadurecimento no humor face à antecessora “Homem vs. Abelha”.
  • Neste primeiro episódio a comédia ainda é subtil mas promete vir a ser maior nos episódios seguintes.
  • A sequência inicial, apesar de bem conseguida, traz falhas de continuidade.
  • Há um buraco na narrativa entre a minissérie de 2022 e esta onde não sabemos o que aconteceu a Trevor para chegar àquela situação, embora pelas suas características, não seja surpreendente a pobreza em que agora vive.
  • A maior duração dos episódios traz, de forma positiva, mais densidade narrativa.
Overall
7/10
7/10
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