Participação de Israel com vários problemas na Eurovisão 2025
O maior evento musical da Europa já começou mas sem deixar as polémicas de lado. Nesse sentido o público está contra a representante de Israel.
A primeira semifinal do Festival Eurovisão da Canção 2025 decorreu esta terça-feira à noite em Basileia, na Suíça, marcando o início oficial do evento que culminará com a grande final no sábado, 17 de Maio. Quinze países subiram ao palco da St. Jakobshalle, numa noite repleta de energia, diversidade musical e atuações memoráveis.
Nesse sentido, entre os dez apurados para a final, está Portugal, representado pelos NAPA com a canção “Deslocado”. A banda madeirense protagonizou uma performance muito emotiva, arrancando aplausos efusivos do público e gerando grande entusiasmo nas redes sociais. Contra as previsões iniciais, os NAPA garantiram um lugar na final, levando Portugal de novo à derradeira etapa do concurso.
Juntam-se aos portugueses os representantes da Islândia (Róa – “Væb”), Polónia (Gaja – “Justyna Steczkowska”), Estónia (Tommy Cash – “Espresso macchiato”), Ucrânia (Ziferblat – “Bird of Pray”), Suécia (KAJ – “Bara bada bastu”), Noruega (Kyle Alessandro – “Lighter”), São Marino (Gabry Ponte – “Tutta l’Italia”), Albânia (Shkodra Elektronike – “Zjerm”) e Países Baixos (Claude – “C’est La Vie”). No entanto, a segunda semifinal promete polémica, depois do que aconteceu nos ensaios de Israel.
Yuval Raphael evita problemas com o público da Eurovisão 2025
Assim sendo, o ambiente festivo tem sido marcado por tensões políticas em torno da participação de Israel. Yuval Raphael, representante israelita e sobrevivente do ataque do Hamas de 7 de Outubro de 2023, revelou que tem ensaiado ao som de gravações de assobios, antecipando possíveis reações negativas do público.
No entanto, a artista, que interpretará a canção “New Day Will Rise”, tem sido elogiada pela resiliência, tendo partilhado publicamente que ainda transporta estilhaços no corpo desde o ataque no festival Nova. Apesar disso, mantém o foco na mensagem de esperança que deseja transmitir.
A presença de Israel na competição tem gerado protestos e debates. Durante o desfile de abertura, um manifestante pró-Palestina terá feito um gesto ameaçador à delegação israelita, levando à intervenção da polícia. Vários artistas e entidades, como a emissora irlandesa RTÉ, manifestaram-se contra a participação de Israel, apelando à exclusão do país devido ao conflito em Gaza. O diretor da Eurovisão, Martin Green, lembrou que o evento não pode ignorar o que se passa no mundo, reforçando que o mote deste ano é “Unidos pela Música”.
Israel devia seguir os mesmo passos da Rússia na Eurovisão?