Isto Acaba Aqui, com Blake Lively e Justin Baldoni, chega finalmente à nossa TV
Blake Lively estreia finalmente num dos papéis mais desafiantes da sua carreira com “Isto Acaba Aqui”, um filme que promete emocionar.
Há histórias que nos agarram pelo colarinho e se recusam a soltar. Não são apenas narrativas; são espelhos — alguns embaciados, outros dolorosamente claros — daquilo que tememos ou desejamos. E se, num desses reflexos, vislumbramos o rosto de alguém que jurámos ter deixado para trás? “Isto Acaba Aqui“, o filme que dividiu plateias e alimentou polémicas, chega finalmente à televisão, trazendo consigo uma tempestade de emoções, dilemas morais e uma pergunta incómoda: até onde iríamos para quebrar um ciclo de dor?
Blake Lively divide plateias e desafia convenções
Baseado no romance de Colleen Hoover, o filme é inegavelmente um estudo sobre padrões repetidos. Com Blake Lively e Justin Baldoni nos papéis principais, a produção tornou-se um fenómeno global, não só pelo seu conteúdo cru, mas também pela batalha legal que opôs os seus protagonistas, um detalhe que só acrescentou lenha à fogueira da sua relevância cultural. “Isto Acaba Aqui” acompanha Lily Bloom, uma mulher que, após uma infância marcada pela violência doméstica, tenta reconstruir-se em Boston. O encontro com Ryle Kincaid, um neurocirurgião carismático, parece ser a tábua de salvação que sempre esperou — até que os seus demônios ressurgem, e Lily se vê perante um espelho familiar: o do abuso que jurou nunca repetir. A mensagem é clara: “Ou quebramos o padrão, ou o padrão quebra-nos”.
O filme, realizado por Justin Baldoni (que também interpreta Ryle), não se limita a explorar o romance tóxico; ele escava as suas raízes. A violência doméstica é retratada sem edulcorações, mas também sem sensacionalismo, o que valeu à produção tanto elogios pela sua ousadia como críticas pela sua intensidade. Blake Lively, numa atuação aclamada, traz uma Lily vulnerável mas resiliente, enquanto Baldoni oferece uma interpretação perturbadoramente convincente do encanto que esconde perigo.
E, no entanto, o verdadeiro impacto de “Isto Acaba Aqui” talvez esteja no que ele provoca fora do ecrã. Assim, a disputa legal entre Lively e Baldoni — cujos detalhes permanecem envoltos em rumores — tornou o filme um ícone de discussões sobre arte versus ética. Será possível separar a obra do seu contexto? Ou, como Lily, devemos confrontar as contradições de frente?
Este filme não é só entretenimento
Mais do que um drama, “Isto Acaba Aqui” é um convite à autorreflexão. Quantos de nós repetimos, inconscientemente, os erros dos nossos pais? Quantas vezes confundimos amor com posse, ou perdão com submissão? O filme não oferece respostas fáceis, mas força o espectador a perguntar-se: “O que eu faria no lugar dela?” Essa é a sua verdadeira força — e o motivo pelo qual continua a gerar debates acalorados.
A adaptação de Hoover para o cinema manteve a essência crua do livro, algo raro em produções do género. A química entre Blake Lively e Brandon Sklenar (Atlas) é palpável, criando um contraste deliberadamente doloroso com a relação de Lily e Ryle. E, ainda assim, o filme evita o maniqueísmo fácil. Ryle não é um monstro; é um homem falho, produto de seus próprios traumas. Atlas não é um salvador; é uma possibilidade. Lily, no centro deste turbilhão, é quem deve escolher — e é aí que a história ganha universalidade.
Assim, com estreia marcada para 4 de abril, às 21h30, no TVCine Top e TVCine+, “Isto Acaba Aqui” promete ser muito mais que uma noite de cinema. Será um teste. Um daqueles raros filmes que, depois de vistos, deixam marcas.
Qual é a tua opinião da controvérsia entre Blake Lively e Justin Baldoni? Partilha a tua opinião nos comentários.
Também do teu Interesse:
About The Author
