© Universal Pictures (Editado por Vitor Carvalho, © MHD)

Jon M. Chu revela mudança surpreendente em Wicked: Pelo Bem

Em 2025, Wicked: Pelo Bem promete encerrar a saga iniciada pela adaptação cinematográfica do famoso musical da Broadway, e o realizador Jon M. Chu (Crazy Rich Asians, In the Heights) já garantiu que vem aí uma mudança significativa.

A boa notícia? A correção de um dos maiores defeitos da peça original. A má? Vai dar muito que falar, especialmente entre os puristas de Oz.

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O que vai mudar em Wicked: For Good?

Ariana Grande e Cynthia Erivo em Wicked.
Wicked © Universal Pictures

Segundo o próprio Jon M. Chu, numa entrevista à Entertainment Weekly, o grande problema da peça da Broadway sempre foi estrutural: no segundo ato, Glinda e Elphaba praticamente não se voltam a ver. O que, convenhamos, é um pequeno detalhe… se o musical não fosse literalmente sobre a amizade das duas.

No palco, depois do icónico momento “Defying Gravity”, Elphaba voa (literal e narrativamente) para fora da história, e Glinda fica relegada a comentários políticos e remorsos cantados em falsete. Chu admitiu que isso nunca lhe soou bem: “Percebemos que era simples: ‘É sobre as raparigas, estúpido!’”, confessou o realizador. “Sempre que uma delas está a passar por algo, há algo que aprendeu com a outra. O filme é sempre sobre elas — ou sobre o que falta quando uma delas não está.”

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Por isso, Wicked: Pelo Bem vai juntar Ariana Grande (Glinda) e Cynthia Erivo (Elphaba) bem mais cedo do que o musical original, acrescentando novas cenas entre as duas bruxas. Mais diálogo, mais química, menos hiato emocional. O realizador quer que a relação que conquistou o público no primeiro filme tenha continuidade e não desapareça como uma bolha de sabão no vento encantado de Oz. É uma escolha lógica e emocional.

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Mas mexer na fórmula de Wicked é um feitiço perigoso?

Wicked
© Universal Studios

As adaptações são um território minado. Qualquer fã de Harry Potter sabe o arrepio que vem quando um realizador diz: “fizemos algumas mudanças.” E Wicked, um dos musicais mais amados e lucrativos de sempre, não é exceção.

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O original de Stephen Schwartz e Winnie Holzman (baseado no livro de Gregory Maguire) é um fenómeno: redefiniu o ponto de vista do Feiticeiro de Oz e transformou Elphaba numa anti-heroína trágica. Logo, a relação com Glinda, parte rivalidade, parte amor, parte espelho moral, é o coração da história. Retirá-las uma da outra durante metade da narrativa foi uma escolha teatral ousada… mas talvez não cinematográfica.

O  musical funciona porque os dois atos são vistos no mesmo serão: o público ainda sente a presença da amizade mesmo quando uma das personagens desaparece. No cinema, porém, há um intervalo de um ano entre Wicked (2024) e Wicked: Pelo Bem (2025). Além disso, Jon M. Chu parece querer aproximar a narrativa das linguagens emocionais modernas. Mais introspeção, mais conexão, menos distanciamento teatral.

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O que esperar desta sequela?

Assim, os ingredientes estão todos na panela: Ariana Grande e Cynthia Erivo juntas novamente, Jonathan Bailey (Bridgerton) e Michelle Yeoh a reforçar o elenco, e Jeff Goldblum como o feiticeiro mais excêntrico. Mas o verdadeiro desafio será emocional, Wicked: Pelo Bem precisa de encerrar a história sem trair o seu legado teatral. Se conseguir equilibrar o espetáculo com o coração poderá transformar-se num clássico moderno, não apenas de fantasia, mas de humanidade.

O público português terá de esperar até novembro de 2025 para ver o resultado nos cinemas, mas o feitiço já começou a agir: as discussões online multiplicam-se entre fãs e curiosos sobre se esta “reconciliação antecipada” é um acerto ou um erro. Mas seja qual for o resultado, uma coisa é certa: Wicked: For Good não vai passar despercebido. Achas que Hollywood deve reescrever as adaptações ou há histórias que devem permanecer, para sempre, a desafiar a gravidade?

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