Taylor Swift © Brian Friedman via Shutterstock, ID 2003958017

Lisboa revela a logística monumental do concerto da Taylor Swift

Taylor Swift nunca chega sozinha. Ela traz um exército silencioso, uma coreografia invisível que transforma estádios em reinos efémeros. 

Quando a artista norte-americana aterrou em Lisboa em 2024 para dois espetáculos no Estádio da Luz, poucos imaginavam a logística titânica por trás daqueles três horas de magia. Não se trata apenas de uma cantora no palco, mas de uma operação planeada, onde cada segundo conta e cada gesto é coreografado. A grandiosidade do espetáculo de Taylor Swift não reside apenas nas luzes ou nas notas musicais, mas na engrenagem perfeita que faz tudo desaparecer tão rápido quanto surgiu.

Diogo Marques, diretor da promotora Last Tour e do festival Meo Kalorama, desvendou alguns dos segredos desta máquina bem oleada no Posto Emissor. E, acreditem, é tão fascinante quanto a própria performance.

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90 camiões e uma hora para desaparecer

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Taylor Swift | © 2024 TAS Rights Management

A logística dos concertos de Taylor Swift é digna de um filme de Missão: Impossível. “Ela trouxe 90 e tal camiões”, revela Diogo Marques. Não são apenas instrumentos e figurinos: é um mundo inteiro a ser transportado, montado e desmontado num piscar de olhos. “Só em mão de obra para montar e desmontar, tínhamos 350 pessoas ali à espera do ‘go’, explica.

E quando o “go” é dado, é uma corrida contra o tempo. “Corre, desmonta, embala, mete na palete, da palete para o empilhador, do empilhador para o camião, arranca!” Uma coreografia invisível ao público, mas essencial para que o espetáculo seguinte de Taylor Swift noutro país aconteça sem falhas. “Uma hora depois de acabar o show, já estávamos com camiões no Alentejo”, conta Marques, como quem descreve uma operação militar.

A eficiência é tão impressionante que quase parece ficção. Cada elemento, desde as luzes às passadeiras do palco, tem um lugar pré-definido, um destino imediato no mundo de Taylor Swift. Não há espaço para improvisos. E, no entanto, tudo flui com uma naturalidade que só é possível graças a anos de experiência e uma equipa que trabalha como um único organismo.

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O legado de Taylor Swift

Stock Foto ID: 235861966 LONDON, ENGLAND - DECEMBER 02: Singer Taylor Swift performs on the runway during the 2014 Victoria's Secret Fashion Show on December 2, 2014 in London, England.
©Shutterstock – Stock Foto ID: 235861966

Os concertos de Taylor Swift em Lisboa não foram apenas um momento musical—foram uma lição de logística, planeamento e execução. Enquanto o público saía do estádio ainda a cantarolar “Love Story“, centenas de profissionais já estavam em ação, a desmontar um império que, horas antes, parecia eterno.

Este nível de exigência não é exclusivo da artista, mas é um exemplo perfeito de como os mega espetáculos modernos funcionam. Assim, a indústria musical transformou-se num ballet de precisão, onde o palco é apenas a ponta do iceberg. E, como nota Diogo Marques, Portugal provou que está inegavelmente à altura destes desafios, com equipas capazes de responder a pressões que fariam tremer muitos promotores internacionais.

Agora, com o Meo Kalorama 2025 no horizonte, Marques e a sua equipa aplicam as mesmas lições num formato diferente, mas igualmente ambicioso. Pet Shop Boys, Flaming Lips e FKA Twigs não trazem 90 camiões, mas exigem a mesma mestria na execução.

Consegues imaginar o que se esconde por trás do próximo grande concerto que vais ver? Deixa a tua opinião nos comentários.



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